25- Rafael

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Estávamos  todos animados pela apresentação dá Manu, ela simplesmente foi espetacular, eu nunca pensei que iria me sentir algo tão forte por uma garota, não é atração, desejo, paixão é algo puro que eu só sinto por meu irmão, Manu é diferente, ela é meiga na medida do possível, eu sinto como se devesse está ao lado dela.

Chegaram uns homens para falar com a Manu, não deu tempo nem de reparar direito no rosto dele, pois meu celular tocou e eu sair para atender.

Ligação on..

- alô - atende sem ao menos olhar pra ver quem era.

- meu menino, vem pró hospital o Guilherme ele ta morrendo, o meu menino vai morrer - falou a Maria desesperada.

Ligação off.

Eu não aguentei e desliguei sem ao menos falar uma palavra, o meu irmão? Ele morreu? Eu não tô conseguindo raciocinar direito.

Corre para junto dos meus amigos, eu já estava em desespero, eu não posso ficar sem meu pequeno eu só tenho ele.

- Meu irmão morreu - falei em lágrimas e todos ficaram estáticos.

Quando nossos pais me emaciparam, me deixaram com a guarda do Gui, pois ele tem câncer e de acordo com aqueles hipócritas ele não é digno de viver.

- O Gui? Aquele Garotinho? - perguntou o Alex de olhos arregalados.

- Não, mentira ele só era uma criança - falou Manu.

O Gease correu para o meu e me abraçou.

- Desculpa Manu, mas eu tenho que ir - falei e sair correndo.

Percebe que tinha alguém correndo atrás de mim, parei e olhei e era ela.

- Eu vou contigo - falou a Manu com os olhos cheios de lágrimas.

Eu não tava com cabeça pra nada, eu simplesmente acentir, e pegamos um táxi que passava, por sorte o acampamento onde estamos não fica muito longe do hospital dá cidade.

Não demoramos muito e chegamos, eu sair rapidamente do táxi e nem esperei a Manu.

Entrei e encontrei a Maria sentada chorando.

- Meu irmão - falei chegando perto com a voz fraca.

Ela ergueu a cabeça e me abraçou forte.

- meu menino - chorou - o médico disse que não passa de hoje - suspirou - o câncer agravou muito e não podemos fazer mas nada - falou abaixando a cabeça.

- COMO? - gritei- COMO NÃO PERCEBERMOS QUE ELE TAVA MAL? COMO EU NÃO PERCEBE QUE MEU IRMÃO TAVA MORRENDO - Cai de joelhos - MEU DEUS, POR FAVOR EU NUNCA FUI UM CARA DE FÉ, MAS POR FAVOR ME LEVA NO LIGAR DELE - Chorei.

Sentir alguém do meu lado, não precisei olhar para saber que é a Manu, ela não falou nada simplesmente me abraçou fortemente como se tentasse arrancar toda a minha dor.

- eu tô aqui - susurrou no meu ouvido.

A dor é tão grande, eu nunca tinha sentido algo assim, o dr. Gean chegou.

- Eu sinto muito - falou suspirando - O Guilherme está nos seus últimos minutos de vida - falou com os olhos triste.

Ele cuida do meu irmão desde que descobrimos sobre a sua doença, e como o Gui é tão especial ele encantou o médico e viraram amigos.

- você pode entrar para vê - lo, mas ele tá muito fraco, e a hora dele infelizmente tá chegando - falou por fim.

Eu assentir e fui em direção ao quarto, chegando lá, o vi tão pálido tão sem vida e meu coração se apertou.

- o maninho, como eu daria tudo para esta no seu lugar - suspirei - Eu te amo tanto meu irmão, eu não sei como vou conseguir viver sem poder ter você comigo - não aguentei e as lágrimas caíram.

- não chola rafa, vovó malia disse que eu vou pala o céu, e lá eu vo ta com Deus, mai semple vou ta te observando- falou com a voz fraca - Eu amo cê, poque cê é o meu irmão e papai - Falou fechando os olhos

Aqueles barulhos que eu tanto temia que começasse a apitar "piiiiiiiiiiiiiii" começou e naquele momento eu soube que eu nunca mas iria ter o meu irmão correndo pelo jardim do prédio.

- NÃO, ACORDA GUILHERME, ACORDA VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR, VOLTA, VOLTA - Gritei desesperado.

Meu irmão, minha vida tinha acabado, eu vivia para esse garoto, por que Deus ? Por que tem que ser assim?

- EU IMPLOREI DEUS, IMPLOREI PARA O SENHOR ME LEVAR, POR QUE ELE? POR QUE? - Gritei balançando meu irmão com a esperança dele acorda.

O doutor Gean entrou no quarto com a Manu e viu meu estado.

- se acalme Rafa, eu sei que é duro, mas se acalme por favor - pediu o doutor educadamente.

Eu não quis saber, continuei gritando e balançando o meu irmão, até que eu sinto algo no meu braço, demorou uns minutos e eu fui me acalmando até que apaguei...

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Esse capítulo me partiu o coração, eu chorei muito escrevendo..

O Melhor Amigo Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora