Prólogo

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-VOCÊ É UMA INÚTIL!! - ele gritava enquanto me agredia. Nunca tinha o visto assim antes.

-Para com isso pai! Por favor! - eu tentava me defender, mas era inútil, meu pai era mais forte que eu.
- EU QUERO QUE VOCÊ MORTA!! - ele gritou e começou a me enforcar. Eu me debatia toda, tentava lutar contra ele, mas tudo em vão.
Meu pai não era assim, nunca foi. Mas hoje por algum motivo ele saiu de casa cedo, e só voltou agora pela noite, completamente bêbado.
Ele e minha mãe começaram uma discussão, Eu do meu quarto estava ouvindo tudo. Até que pareceu que ele iria agredir ela, sai o mais rápido que consegui do meu quarto, não podia deixar isso acontecer, é minha mãe.
Entrei na frente dela para a proteger, meu pai não se importou, me vez de estar batendo nela, batia em mim.
Eu sabia que ele estava fora de si, sabia que seus atos era todos por conta da bebida e que quando elw estivesse em consciência iria se arrepender de tudo.
Não podia negar, estava decepcionada com ele. Sempre foi o pai perfeito, tentava sempre me dar do bom e do melhor e hoje se transformou nesse monstro.
Eu podia entender o lado do meu pai, ele estava bêbado. Mas e minha mãe? Por que ela nao me ajudava? Ela olhava assustada a cena, mas não fazia nada, só balançava a cabeça negativamente enquanto lágrimas caiam pela sua face. Se eu falasse que entendia o lado dela eu estaria mentindo. Poxa, eu defendi ela, por que ela não podia me defender também?

Meu pai continuava a me enforcar, estava perdendo o ar já, tudo estava ficando escuro e em questão de segundos eu apaguei.

                             *
Acordei estava em uma sala toda branca, deduzi ser um hospital. Minha cabeça doía. Olhei pro lado e vi que eu tomava soro na veia. Virei a cabeça para o outro lado e vi minha mãe.
-Você ficou maluca ou o que? - ela começou a falar e eu fiquei sem entender nada.
-Quem mandou você se meter? O negócio era entre mim e seu pai! Não tinha que ter se metido em nada! - era perceptível que ela tentava controlar a voz pra nao gritar. Puxei um pouco na memória e me lembrei do ocorrido. Mas perai,  por que ela tava brigando comigo?

-Você foi burra! Não pensou em nada! Agiu sem pensar! - ela dizia tudo me olhando com...nojo?
-Sabe...nao sei porque esta viva, você deveria ter morrido! Imprestável! - ela cuspiu as palavras na minha casa e eu chorei.
Por que isso estava acontecendo comigo? Por Que? O que eu tinha feito de errado? Ouvir das pessoas que eu mais amo nesse mundo que elas me querem morta é horrível!

-Finalmente acordou! - um cara vestido todo de branco entrou no quarto. Deveria ser o médico.
-E ai? Como se sente?  - tentei lhe responder mas as palavras não saiam da minha boca.

-Belinda? Está tudo bem? Pode falar comigo! Sou seu médico, dr. Eduardo. - tentei responder mais uma vez, mas nada saía.
O doutor me olhou assustado e eu fiquei desesperada...

Desse dia em diante não saiu mais nenhuma palavra ou som da minha boca.

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