Capítulo 16 - Rude

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Anahí: Como é? - Perguntou novamente atônita.

Maite: Anahí, pensa. Faz uma semana que você anda enjoada, reclamando de cansaço, agora a gente chega da loja e suas medidas aumentaram um pouco, você passa mal.. Isso não é a toa. - Esbravejou.

Anahí: Eu não estou grávida, Maite. -Falou, séria.

Maite: Como você sabe? - Cruzou os braços esperando.

Anahí: Eu sei que não estou! Pare com isso. - Levantou da cama emburrada caminhando a suíte de Maite.

Maite: Ok, então já que não está, faça o teste. -Anahí se virou impaciente. Maite ergueu a sobrancelha pra ela esperando.

Anahí: Ok,Maite. Eu faço o teste. - Revirou os olhos, ignorando-a. Essa Anahí mais arrogante era totalmente novo para alguns. - Você vai ver que não vai dar nada. - Falou mostrando certeza. Maite a observou de braços cruzados ainda, e saiu do quarto, indo pegar um telefone para pedir o teste.

Três. Essa foi a quantidade de testes que Maite pediu, Anahí arregalou os olhos pra ela pois não era necessário três testes, mas a morena insistiu para ela fazer todos.

Anahí: Você quer que dê positivo? - Perguntou estranhando.

Maite: Não,Anahí, eu quero apenas que você faça a porcaria dos testes. Você está me deixando nervosa. Abra a porta do banheiro só quando tiver feito os três. - Anahí fechou a porta deixando-a de lado.

Ela encheu os três palitinhos com urina e começou a ler a caixa de uma delas. Tinha que aguardar 3 minutos. Uma linha significava negativo e duas significa positivo. Ela sentou na tampa do vaso esperando. Maite com certeza devia estar lá no quarto aguardando ansiosa. Anahí balançava os pés esperando até que um apareceu, e logo em seguida os outros dois.

2 linhas nos três.

Ela estava grávida. Ela arregalou os olhos, e olhou para sua própria barriga, colocando a mão. Não era possível. Isso não era possível de forma alguma. Tudo bem que eles não tinham se protegido nenhuma vez, mas ela tinha 20 anos! Ela não havia nem começado a faculdade direito, ela era nova demais para assumir uma responsabilidade tão grande. Pensou em Alfonso. Será que ele ficaria feliz em ser pai?

E então ergueu o rosto e encarou a si mesma. Um sentimento intenso se apoderou dentro dela e ela nunca na vida se sentiu tão perdida. Nem quando seus pais faleceram ela havia sentido isso. Agora além de não saber o que fazer, ela sentia mil coisas juntas, entre elas, o que ela mais conseguia sentir, era amor. Ela já amava aquele pedacinho dela com todas as forças. Iria protegê-lo, cuidá-lo, lhe daria todo seu amor. Não importava o que o mundo pensava, seria seu filho, a pessoa que nunca te abandonaria, seria seu bebê, uma criança que nasceria dela, que teria talvez, muitas de suas características. Ela respirou fundo se abraçando emocionada até que ouviu Maite bater na porta. Uma lágrima pesada caiu sobre seu rosto e ela abriu a porta com os olhos marejados.  

Maite a olhou por alguns segundos ao vê-la chorando, mas ela já havia percebido que havia dado positivo. A abraçou forte, acariciciando seus cabelos. Esperou Anahí sensível como era, recuperar um pouco, e as duas sentaram na cama.

Maite: Como você está se sentindo com isso? - Perguntou paciente, totalmente diferente da Maite de minutos antes.

Anahí: Eu não sei. Eu estou totalmente perdida. -Confessou.

Maite: Você sabe que eu vou estar aqui com você e por você sempre não é? - Pegou suas mãos, segurando-as.

Anahí: Eu não faço a menor ideia de como falarei isso à Alfonso. - Falou sem jeito.

Intensity - 1° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora