Verdades

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O doutor o levou calmamente até a porta, mas antes de atravesá-la, o anjo se virou, em direção a Luce, a fitando por alguns instantes, parecendo pensar.

-Me dê um último momento com ela; antes de irmos.

Richard nem se quer pensou em negar, ele só abaixou os olhos, autorizando, e Castiel foi caminhando lentamente até ela. Ele não poderia negar algo do tipo, se não o estado de Castiel pioraria. Ja ouvira falar de casos do tipo entre anjos, só que com outros anjos: quando existia rsse tipo de amor entre eles, se um estivesse mal, automaticamente o outro sentiria o impacto. O doutor só não esperava que aconteceria nesse caso.

Castiel se ajoelhou na beira da cama, a olhou por um breve momento e...A beijou leve e longamente. Foi nada mais do que um gesto de carinho e amor.

Depois, ele apenas se afastou de perto, mas ainda ajoelhado, abaixou a cabeça, em direção aos lábios da garota.

Richard acompanhava toda a cena, e não iria acreditar no que ocorrera em seguida, se os seus próprios olhos não registrassem: Luce acabara de abrir os olhos, e nem se quer chegou a respirar.

Antes de se quer pegar fôlego, o anjo parecia notar os movimentos, levantando firmemente a cabeça em seguida, em direção á ela.

Aqueles instantes, de troca olhares de olhares, seguidos de enormes trocas de sorrisos, ficariam gravados na memória de não só deles, mas do próprio doutor, que ainda se encontrava perplexo.

Ele já ouvira falar de casos como esse em seu mundo, mas em relação a anjos e só entre eles. Casos, por exemplo, de algo quase impossível de acontecer com anjos, ferir um deles, e sua outra parte (como alguns de lugares distantes falavam em outros tempos), não souber suportar, e como se algo místico e majestoso acontecesse, com um simples ato de adrenalina misturado com amor, o anjo se recupera, se renova, mas isso graças, a sua "outra parte".

E eles ainda estavam ali. O anjo ainda abraçava aquele outro ser, que nada mais era que a filha do Rei do sub-mundo. E ela estava, mais viva do que nunca. Isso ninguém poderia negar, e oor consequência, Castiel se encontrava em seu melhor aspecto também, nem se quer precisando de cuidados médicos, muito pelo contrário.

-Preciso anunciar algo á todos. -Richard apareceu, depois de tudo estar mais calna, como de surpresa e todos que estavam no salão principal o olharam, aflitos e inquietos.

Loki engoliu mais do que em seco.

-O que houve? Alguma melhora? Me diga que sim; Richard!

O doutor apenas sorriu, abrindo espaço para Luce caminhar, ainda um pouco pálida e lentamente, com o apoio de Castiel, no meio do salão.

Não se soube descrever o alívio e satisfação de todas as pessoas que estavam ali quando viram a cena. Cada um deles conhecia Luce, de guardas a cozinheiras: e todos estavam aguardando por notícia, porque afinal, Luce não era como um pessoa ingrata e orgulhosa, desde pequena, foi ensinada por seu pai a prezar cada pessoa (apesar de o poder de Loki o subir pela cabeça algumas vezes).

Soltaram vivas e alegrias. E e a população do Reino (que também conhecia o tipo de pessoa que era Luce, e a adorava),  ouviram a movimentação e logo perceberam o que havia acontecido, ficando eufóricos.

A alegria veio e ainda continuava. Loki foi o primeiro a sair de onde estava automaticamente, dando-a um enorme abraço, dizendo o quanto estava feliz por ela ter acordado, mas ele nem precisava dizer: todos viam estampado em seu rosto, e nunca viram seu representante tão formidável e contente.

Todos que puderam, depois, foram até a gorota e a abraçaram, um por um, e ela os recebeu com um sorriso enorme e coração aberto, apesar de ainda estar se sentido um pouco tonta e com enjoos.

Mundos Opostos/ Amor ConvergenteOnde histórias criam vida. Descubra agora