Capítulo - 39

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Acordo com um embrulho no estômago, vou até o banheiro mas não ha nenhum remédio, desço para falar com minha mãe mas ao que parece ela saiu. Procuro pelo meu irmão que esta tomando café da manhã.

- Irmão, venha tomar café da manhã comigo.
- Estou com o estômago embrulhado, você tem algum remédio para isso.
- Devo ter, vou pedir para Sara trazer.

Ele pega o celular e manda uma mensagem para Sara, uau parece que essa casa ficou tão grande que agora as pessoas se comunicam por mensagens, 2 minutos depois ela esta na sala de jantar com duas cartelas de comprimidos diferentes.

- Aqui irmão.
- Onde está nossa mãe?
- Não sei, ela acordou mais cedo que eu.
- Entendi.

Meu irmão me passa os comprimidos e bebo os dois, volto para o quarto e me deito na cama acabo dormindo novamente. acordo com um barulho insuportável, é minha mãe tocando piano, parece que ela voltou de bom humor de seja lá onde ela tenha ido. Tento voltar a dormir mas parece que ela toca mais e mais alto, sou obrigado a sair dá cama e ir ver o que está acontecendo, chego na escada e vejo ela sozinha na sala de jantar.

- Eu posso saber o motivo dá barulheira?
- Ah filho eu te acordei?
- Sim.
- Me desculpe é que hoje eu quis tentar uma coisa diferente para te tirar do quarto.
- affs.

Começo a subir as escadas de novo e dois seguranças param no topo impedindo que eu volte para o meu quarto.

- E agora qual é o motivo?
- Você passou o dia dormindo, nós vamos jantar daqui a pouco e quero que você se vista melhor.
- Ah minha roupa te desagrada? Eu pensei que nesse mundo as pessoas eram livres para escolher se querem jantar de Samba-canção ou não.
- Elas são mas você não é, entenda querido que hoje será uma noite especial para mim e quero que você esteja vestido apropriadamente.
- Por que?
- Porque eu quero, agora de você voltar para aquele quarto e não voltar com uma roupa decente eu farei com que os seguranças façam isso por você.
- Nossa eu não sei o que é pior, você de bom humor ou de mal humor.
- Você não vai querer saber, agora faça o que mandei.

Os seguranças abrem passagem, volto para o quarto e minha vontade é de quebrar tudo que tem nele. Eu saí de um Hospício e fui para outro, coloco uma das várias roupas sociais que ela me comprou, desço para jantar e já estão todos a minha espera.

James - Dessa vez resolveram me esperar? Voltei a ser dá família?
Jefferson - Mamãe fez com que todos se vestissem assim e ficassem a sua espera.

Minha mãe aponta para o lado dela na mesa indicando que é ali que eu devo me sentar.

Verônica - Esse é um jantar especial.
James - O que tem demais nele?

Um dos seguranças vai até ela é cochicha alguma coisa que não consigo ouvir, logo depois ela acente com a cabeça e ele sai.

Verônica - Uma visita surpresa.
Jefferson - O quê?
Verônica - Emma como é bom te ver, a que devemos a vossa presença?

Olho para o lado e lá está ela, parada em frente a mesa exigindo falar comigo. Eu ha encaro em silêncio, eu mal consigo expressar uma reação, eu passei tanto imaginando como seria ver ela de novo e ela está aqui mas tem algo errado, minha mãe sabia que ela viria e isso não é uma coisa boa.

Emma - Sinto muito mas não estou aqui para falar com você, meu assunto é com seu filho.
Verônica - Bom eu tenho dois filhos, você vai ter que ser mais especifica.
Emma - Você sabe muito bem de qual filho eu falo.

Minha mãe a encara friamente, em seus olhos a um misto de raiva e satisfação. Algo nesse jantar não está certo.

Verônica - Claro, James.
Emma - Podemos falar lá fora?
James - Eu não posso sair.
Emma - Por que?
Verônica - Ah querida deixe-me explicar, ele não pode sair por sua causa, para te proteger do monstro adormecido no interior dele.
Emma - Eu não preciso da proteção de ninguém e eu gostaria muito que você deixasse ele responder por ele mesmo já que você não deixará ele sair para falar comigo.
Verônica - Olha só quem resolveu ficar arisca.

Eu não estou entendo o porque ela está agindo deste jeito, e nem o porque minha mãe está tratando ela desse jeito.

Emma - Você sabe pelo que eu passei quando você sumiu? E depois que você me ligou? Você acabou com a minha vida, me fez pensar que eu gostava de você e depois me abandonou sem mais nem menos. Eu vim aqui para te dizer tudo que ficou guardado comigo durante esses meses, você é cruel e persuasivo e ainda por cima é um completo imbecil mas eu acho que sei de quem você herdou a personalidade narcisista.

Ela olhou para minha mãe com ódio nos olhos, essa não é a Emma que eu conheci, ela está diferente, está confiante. Acho que muita coisa mudou nesses últimos meses.

Emma - Você não me deve nada mas mesmo assim eu vim aqui para te dar a chance de corrigir o que fez comigo. E fui induzida a mentir para todos que eu amo para que você não fosse preso mas acho que isso não é mais necessário afinal parece que você já conheceu o diabo.
Verônica - O que você quer dizer com isso senhorita Emma?
Emma - A você sabe muito bem o que eu quero dizer com isso, todos esses seguranças não são atoa, você está mantendo ele preso aqui como castigo por não ser o filho perfeito do qual você ficava se gabando. Aposto que aquele jantarzinho que teve aqui ontem era exatamente para que todos vissem o seu filhinho perfeito continuava mais perfeito que nunca. Eu me pergunto onde foi que você escondeu ele todos esses meses.
Verônica - Isso não é da sua conta e além do mais você deveria estar feliz já que eu não deixei que ele fosse atrás de você, não seja um garota ingrata.
Emma - Oh eu não sou ingrata, Muito obrigado por trancar ele seja lá onde trancou mas no entanto você devia ter deixado eu enfrentar o demônio sozinha já que em momento algum eu pedi sua ajuda.
Jefferson - Emma você está sendo grosseira, minha mãe só fez ajudar meu irmão.
James - Deixa ela Jefferson, ela tem o direito de dizer o que pensa essa é uma das melhores qualidades dela.
Emma - Faça-me o favor eu não preciso que você me defenda, na verdade eu não preciso que ninguém me defenda. Eu vim aqui só pra dizer que eu não quero nunca mais ver você, eu não quero que você se aproxime de mim ou dos meus amigos e muito menos dos meus Pais, se você o fizer eu vou acabar com a sua vida do mesmo jeito que não acabei a alguns meses atrás.
Verônica - Você não estaria louca, se você fizer qualquer coisa contra o meu filho eu vou garantir que você e seus amigos e seus Pais sofrem de uma maneira que você nunca imaginou.
Emma - Isso é o que veremos.
James - Emma por favor.
Emma - Por favor o que James? Você está sendo patético, admita, agora você é um cachorrinho que obedece tudo que a "Mamãe" diz.
James - Não é bem assim.
Emma - Ah não? Me mostre que estou errada.
James - Você não entendo.
Emma - É claro que não entendo, o James que eu conheci não deixaria ninguém mandar nele, mesmo que esse alguém fosse sua própria mãe.
Verônica - Por favor garota, agora é você que está sendo patética, sai-a da minha casa agora.
Emma - Com muito prazer, já fiz o que vim fazer aqui. Adeus James.
James - Emma espere.

Ela anda para a saída, tento ir atrás dela mas ao atravessar a porta ela some na escuridão e os seguranças dá minha mãe trancam a porta para que eu não vá atrás dela, grito para que ela volte mas ela não volta. Sinto uma tristeza agonizante e um ódio avassalador, minha mãe fez tudo aquilo de propósito só para me ver sofrer dessa maneira.

Verônica - James volte para a mesa agora.
Jefferson - Mãe ao que se deve todo esse escarcéu?
James - Ela fez tudo isso para me deixar com raiva e me levar a cometer algum deslize.
Verônica - E pelo que parece você está mantendo o controle muito bem, isso foi um teste e se você não voltar para está mesa eu vou te trancar naquele quarto novamente.
James - É claro.

Volto para mesa e passo o resto do jantar em silêncio, depois do jantar ouço gritos vindo do quarto dá minha mãe, pelo que parece meu pai está colocando ela no lugar dela. Ouço boa parte dá conversa, parece que meu pai resolveu tomar as rédeas dá situação. Está noite irei dormir vitorioso já que meu pai deu um jeito na situação por mim.

***

O Psicopata e a Suicida (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora