Capítulo - 42

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Acordo e vejo James na poltrona ao lado dá minha cama, tento sair do quarto sem que ele perceba mas como eu pensei o sono dele é bem leve.

James - Onde você pensa que vai?
Emma - Eu estava indo fazer o café dá amanhã, queria te compensar por passar o resto dá noite comigo.
James - Nem pensar, seus pontos podem abrir se você ficar fazendo esforço e eu não quero que isso aconteça.
Emma - Tá bem.
James - Sério? Você não vai discutir e nem me xingar? Ou ser irônica?
Emma - Eu não ia mas se você quiser eu posso mudar de ideia.
James - Não, não, já estou indo fazer o café dá manhã.

Vou com ele até a cozinha, ele abre a geladeira em busca de ovos e Bacon. Ao encontrar ele abre um sorriso e coloca os ovos numa vasilha e começa a bater, começo a rir quando ele o faz.

James - O que foi?
Emma - Eu lembrei de uma coisa engraçada que eu fiz a algumas horas.
James - E o que seria?
Emma - Aquela hora eu chutei suas bolas.
James - Fala sério, por que você lembrou disso?
Emma - Você está batendo ovos, e eu bati nas suas bolas, saco a referência?
James - Eu acho que você ainda está bêbada isso sim.
Emma - A você não tem senso de humor.
James - Tente ter senso de humor quando alguém te dar um soco nos seios.
Emma - Aí, eu já levei e dói muito.
James - E quem foi que fez isso? quero dar os parabéns.
Emma - Hahaha, Foi meu amigo Mike, enquanto ele estava me ensinando Jiu-Jitsu
James - A então foi com ele que você aprendeu a ser agressiva?
Emma - Não, eu aprendi a me defender, agressiva eu me tornei com os meses de Terapia intensiva.
James - E por que você estava fazendo Terapia?
Emma - Porque eu tentei me matar de novo.
James - Quando foi isso?
Emma - Um dia depois que você me ligou.
James - Mais uma coisa da qual eu sou culpado.
Emma - Não espere que eu passe a mão na sua cabeça dizendo que nem tudo é culpa sua, porque a culpa é sua sim, se você não tivesse me ligado eu não teria tentado suicídio.
James - Eu não espero que você faça nada por mim Emma, pelo contrário eu quero fazer algo por você.
Emma - Você não acha que já fez coisa demais por mim?
James - Fiz coisas ruins, eu quero fazer coisas boas.
Emma - Por que?
James - Porque eu quero ser bom para você mas não se engane eu ainda estou com muita vontade de matar aquele tal de Kai.

Vejo um sorriso brincar em seus lábios e percebo que talvez ele esteja realmente brincando ou está se divertindo com a ideia de matar o Kai.

Emma - Se você quer mesmo ser bom pra mim você vai deixar ele em paz.
James - E por que você acha que eu não fui atrás dele ontem? Eu estou lutando contra a minha vontade de arrancar cada membro do corpo dele. Eu não suporto a ideia de que ele tocou você.
Emma - Você sabe que eu não sou uma propriedade sua né?!
James - Pode até não ser mas nada me impede de te tratar como tal.
Emma - Acho que você está mais louco que antes.
James - Talvez, ou talvez eu só tenha ficado obcecado por você, e você sabe do que uma pessoa obcecada é capaz?
Emma - De atrocidades.

Ele coloca os ovos e o bacon no meu prato enquanto ele luta contra meu Liquidificador tentando fazer suco. Não conseguindo ele coloca leite em uma caneca e adiciona o achocolatado.

Emma - Por que você acha que eu vou beber isso?
James - Porque se eu tentar usar seu liquidificador de novo eu vou jogar ele na parede.
Emma - Eu posso te ajuda.
James - Nem pensar.
Emma - Nossa, você consegue ser mais chato do que meus pais quando eu fico doente.
James - Não quero me parecer com o seus país, até porque minha intensões com você são bem diferentes.

Aquelas palavras me fazem estremecer por um instante, mas o sorriso em seus lábios me conforta.

Emma - E por que você acha que eu vou deixar você ter qualquer tipo de relação?
James - Eu não disse isso.
Emma - Então o que foi que você disse?
James - Eu disse que minhas intensões com você são outras.
Emma - E quais são?
James - Se você souber acaba com meus planos.
Emma - Não envolve tortura né.
James - Depende do seu ponto de vista.

Não sei porque mas essas palavras transmitiram uma malícia. Ou eu estou ficando louca ou ele está mesmo me fazendo pensar em sexo essa hora dá manhã.

Emma - Devo confessar que você está diferente mesmo.
James - Você só percebeu isso agora?
Emma - Não, eu percebi isso ontem depois do seu ataque de ciúmes.
James - Eu não tenho ciúmes.
Emma - A claro, eu que tenho.
James - Eu não que te vi com ciúmes mas com certeza não deve ser nada agradável ainda mais do jeito que você anda se comportando.
Emma - Como assim?
James - É que você tem sido num tanto agressiva.
Emma - Isso não quer dizer que eu teria uma reação violenta por causa de ciúmes, que nem você teve essa madrugada.
James - Se você estivesse na minha situação também sentiria raiva.
Emma - Depende.
James - Do que?
Emma - Você ficou com aquela louca psicótica que me atacou ontem?
James - Não, eu estava ocupado demais tentando voltar para o seu lado.

Término de tomar meu café dá manhã e tento procurar uma resposta para as últimas palavras dele.

Emma - Você mandou eu esquecer você e foi exatamente o que eu fiz, você não deveria ficar bravo por isso.
James - Eu pedi para você me esquecer quando eu estava no hospital psiquiátrico, não quando eu já estava em casa.
Emma - Não é a mesma coisa? sua mãe te prendeu em casa.
James - Prendeu mas meu pai deu um jeito nela.

Fico assustada com a afirmação mas logo ele me tranquilizo.

James - Calma, ele só conversou com ela, não é como você tá pensando, não somos uma família de assassinos psicóticos.
Emma - Talvez.

Sua expressão é de divertimento, eu nunca vi ele sendo tão espontâneo e tão cuidadoso, talvez ele esteja mesmo apaixonado por mim. Alguém bate na porta e James vai atender, é Claire.

Claire - Você está bem? O que foi que aconteceu? Eu recebi sua mensagem e vim o mais rápido que eu pude.
Emma - Mas que mensagem?
James - A mensagem que eu enviei para ela, eu passei a noite toda cuidando de você, agora acho que você precisa dá sua melhor amiga.

Claire me olha com ternura, James se despede de nós e vai embora. Está sendo muito difícil para mim acreditar que ele está mudando desse jeito por minha causa. Eu não consigo me lembrar em que momento eu penetrei tão fundo nos sentimentos dele.

***

O Psicopata e a Suicida (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora