Tudo isso que se passou na cabeça de Anahí, passou- se em cerca de alguns segundos.
Maite, que ouviu as risadas altas de fora da casa já que não estava tão longe assim, imediatamente entrou dentro de casa com um pressentimento ruim. Viu Anahí ali, humilhada, olhando para frente, como se nada ao seu redor estivesse acontecendo. Ela andou até ela a passos largos, duros e com muita raiva. Ela mataria o desgraçado que fizera isso com sua melhor amiga.
Parou na frente de Anahí e a trouxe pela mão rapidamente lhe tirando dali.
Lhe machucou ver que assim que saíram do palco inúmeras pessoas riam e apontavam para a amiga. Pessoas imaturas e idiotas.
Maite chamou um táxi assim que saiu dali. A única coisa que se conseguiu ouvir de uma Anahí que chorava, foi um endereço que ela dizia. Não era de sua casa, era um outro endereço. Maite pediu para que esse fosse o destino sem perguntar nada à amiga.
No final, estavam numa loja enorme. Maite reconheceu, era a Bianucci,mas pouco entendeu. Anahí bateu na porta fechada ainda chorando, e Maite já ia protestar quando Antonello abriu. Assim que abriu, ele se espantou ao ver como Anahí estava.
Sem dizer nada, ela o abraçou. Abraçou com toda força que tinha. Ele a abraçou de volta perguntando para Maite pelas costas de Maite o que havia acontecido.
A morena de braços cruzados negou com a cabeça com os olhos levemente marejados.
Anahí chorou. Por Deus, ela chorou por horas. Acabou que Maite ligou para seus pais e para tia de Anahí para informar que não iriam embora. Pouco explicou, mas disse que estavam bem. Anahí se negou a sair do lugar.
Antonello lhe deu colo, e deixou ela chorar, molhando sua camisa. Ela ainda estava com tinta, mas ninguém se importava com isso.
Os três acabaram dormindo ali.
Antonello, sentado numa cadeira almofadada com Anahí em seu colo em outra cadeira, apoiando em seu peito. Maite ressonava numa poltrona encolhida, dormindo.
Anahí acordou e já era quase 8h. Acordou pelo mal jeito que dormiu, com o corpo pregando tinta e sentindo-se horrível.
Antonello se despertou com ela saindo de seu colo.
Antonello: Querida, você pode me contar o que houve para você estar assim? - Perguntou, sereno.
Anahí: Eu preciso tomar um banho em casa e logo voltarei para cá e te conto. - Decidiu.
Antonello: Não. Aqui há um banheiro com chuveiro. Eu lhe entrego uma toalha e roupas limpas e você me diga o que aconteceu para você chegar assim daquele jeito ontem. - Anahí deu de ombros. Tanto lhe fazia, ela não se importava com mais nada.
Anahí tomou um banho diga-se longo, pensando em tudo que acontecia à sua vida nos últimos meses. Pensou no quanto estava sendo idiota, no quanto acreditou em Alfonso quando afinal, ele não a queria, ele não se importava com ela, nunca se importou. Pensou em seu bebê.
Ela derramou mais lágrimas que foram confundidas com a água do chuveiro.
Acariciou sua barriga, pensando que no final, quem estava com ela sempre era apenas seu filho. Ele estava ali com ela sempre. E ela nunca sentiu um amor tão grande em toda sua vida. Não importava Emily, não importava Alfonso, ninguém importava mais. Ela daria o mundo por aquela criança. Ela faria de tudo para que nada lhe faltasse, para que ele nunca sofresse.
Ela estaria sempre por perto e se certificaria cada dia que seu filho estaria feliz, que ele não tivesse que passar por nenhuma dificuldade. Ela queria poder dar à seu filho tudo o que ela não teve.
Ele teria a melhor educação possível, teria todo o amor, e ele nunca sofreria. Ela derramaria seu sangue e faria qualquer pessoa sangrar para que nada lhe atingisse.
Uma nova pessoa começava a nascer dentro dela ali desde então.
Passou o sabonete pela pele tentando fazer com que esquecesse os toques de Alfonso, que esquecesse que ele a tocou, que ela a deixou ser dele. Sua pele pálida estava vermelha no final.
Sentiu-se um pouco melhor depois que tirou o grude que estava em seu corpo.
Vestiu uma camiseta e um moletom, penteando os cabelos com força.
Antonello lhe aguardava sentado em uma sala com vários provadores. Era domingo, a loja não abriria.
Ela hesitou em tocar no assunto temendo que ele lhe desse uma bronca, mas ele a olhava sereno.
Anahí: Eu fui uma idiota. Eu nem sei como começar. - Deu de ombros, sentando-se ao lado de Antonello.
Antonello: O que de fato, aconteceu? - Pediu, segurando suas mãos.
Anahí: Eu estava apaixonada. Minhas visitas à você diminuíram pelo fato de que as vezes eu saía com ele, ou me prendia no quarto pensando nele. Eu corria atrás o tempo todo, e ele sempre me ignorava quando havia seus amigos e pessoas do lado. Ele apenas me tratava verdadeiramente bem quando éramos apenas nós dois. Num dia, nós passeamos, e eu… Eu me entreguei a ele. - Confessou, observando as reações de seu amigo. Ele no entanto, apenas esboçou surpresa. Ele fez um sinal para que ela continuasse, e ela respirou fundo continuando. - Ficamos algumas semanas bem, no de sempre, saíamos à noite, esqueciamos do mundo, e no dia seguinte, ele fingia que eu não existia. Maite chegou a me perguntar se eu não iria falar com ele sobre compromisso. Eu falei, mas ele mudou de assunto. - Ela enrolava até conseguir chegar ao ponto que mais temia sua reação. - Eu não sei como lhe dizer isso. - Murmurou, quieta. Ele franziu o cenho confuso. Não entendeu o que ela queria lhe falar.
Antonello: Anahí, me conte o que há. - Falou hesitando o que ela diria.
Anahí: Eu estou grávida, Antonello. E eu nem sei como fazer isso. Eu ia contar para ele ontem à noite, esperava por isso. Mas quando isso ia acontecer, a namorada dele me humilhou na frente de todos, ela disse que ele estava comigo por pena. Por eu não ter mais meus pais, por ser pobre. Ele não tomou nenhuma reação, ele não foi lá na frente negar nada do que foi dito porque ele sabia que tudo era verdade. - Foi dizer isso que ela desabou. As lágrimas presas começaram a cair sob seu rosto, e ela já começava a soluçar. Antonello a abraçou sem dizer nada, sem julgá-la.
O quão Anahí amava Alfonso para sofrer desta maneira?
Passou-se minutos que Anahí ficou chorando, abraçada à Antonello. Ele acariciava seus cabelos úmidos, lamentando o quanto via seu sofrimento. Ela era sensível, doce, era normal que ela não conseguisse ser tão forte assim.
Aos poucos, ela se acalmou, e apenas lágrimas saiam de seu rosto.
Antonello a olhou então, decidido e com os olhos marejados.
Antonello: Eu irei cuidar de seu filho, Anahí. -Decidiu.
Postando antes porque sou um amor não é HAHAHA?
Laura
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Intensity - 1° Temporada
RomanceEssa não é uma história de contos de fadas. Não é uma história difícil de se encontrar por aí mas também não é uma história que acontece todos os dias. Mas é uma história única, talvez pela personalidade de seus personagens ou talvez pela intensidad...