"A desistência é o primeiro passo para o fracasso, jamais desista de quem esteve a seu lado nos piores momentos, mesmo que ela esteja passando por uma crise de loucura."
Elise ficaria internada por um curto período, em observação, então voltei para a minha habitação, receosa do que estava à minha espera naquele recinto, sempre cheio de surpresas, ao entrar em casa, aquele peso invisível se apoderou de meu corpo, o ar pesado e espesso de sempre ainda pairava por ali, subi até meu quarto e, ao chegar, meus olhos se focaram diretamente no diário, ele estava aberto em cima de minha cama, peguei-o analisando por um instante, e comecei a ler a página que me olhava de volta cheia de segredos obscuros.
Segunda feira- 04/04/1994
Hoje aquela maldita mulher veio me contar de sua gravidez indesejada, nós dois sabíamos de quem era a criança, aquele seu marido imprestável não poderia ser o pai, ela me veio com essa notícia logo ao amanhecer, minha esposa ainda dormia em nosso quarto, tivemos uma briga na cozinha, onde era a área de serviço de Belina, ela me disse que não queria nada, só que eu soubesse o que eu havia colocado aquilo dentro dela, eu precisava manter as aparências, e tinha que me aliviar com alguém enquanto minha esposa dormia. Na noite em que o marido dela viajou, eu a visitei, e ela bem que gostou, pedia para parar mas eu sabia que era só charme, ela estava adorando, e seus filhos dormiam no quarto ao lado enquanto sua mãe tinha uma noite com um homem de verdade.
Ao ler aquela página, levei as mãos a boca, sufocando meu grito de horror e repúdio pelo homem que havia dado início à minha família, meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração se apertou, eu não podia acreditar que um homem que não aparentava ser nada, além de um fazendeiro feliz pudesse fazer uma coisa tão abominável. Eu não sabia se queria continuar a leitura, eu precisava esquecer aquela página, então, fui para a saleta boquiaberta e com náuseas.
Eu já esperava algo totalmente horrível, mas havia sido pior do que eu imaginava. A noite logo chegou, já estava tão intensa e presente quanto as entidades que viviam em minha fazenda e hoje eu sabia disso, eu sabia que a garota que as vezes aparecia para mim era Mariel, mas ela não morreu ao desaparecer ela aparentava ser bem mais velha, eu teria que ler o diário para saber o que havia acontecido com ela antes de morrer, eu tinha certeza que ali continha todas as abominações da vida daquele homem.Enquanto eu subia as escadas em direção ao meu quarto, ouvi barulhos de louças quebrando na cozinha, desci as pressas para ver o que era, os cacos de vidro já alcançavam o chão da sala, e Mariel estava ali parada em frente a pia, com muito odio em sua expressão, ela apontava insistentemente para a porta principal.
" Você não me quer mesmo aqui não é?"
Ela balançou negativamente a cabeça e reforçou o dedo apontando para a saída.
" O que aconteceu com você Mariel?"
Ela não respondeu, continuou ali parada me olhando, de repente ela correu na minha direção, gritando com ódio, eu desviei de seu caminho e ela desapareceu dentro das paredes, fui até o banheiro, liguei a torneira da pia e joguei uma boa quantidade de água em meu rosto, para clarear as ideias, ao me olhar no espelho vi o quanto aquela situação havia me destruído, eu estava pior do que quando fui morar ali, meus olhos estavam fundos e cansados, meus cabelos estava ralos e sem vida, me perdi naquela imagem que me olhava de volta por alguns minutos, e fui até o chuveiro tomar um banho quente, eu estava embaixo da água quente que quase queimava minha pele, quando as luzes se apagaram repentinamente, saí do chuveiro as pressas, e o pavor começou novamente a tomar conta de mim, a aquela altura o instinto de sobrevivência falava mais alto, eu corri até meu quarto peguei o celular e liguei a lanterna, passos fortes se faziam presentes ao meu redor, ele estava andando em circulo, me observando, me apavorando, eu parecia estar sendo caçada, a toalha que eu segurava em torno do corpo havia caído, eu estava nua em um frio congelante e com uma ameaça presente, me caçando como um animal selvagem, quando olho para um canto escuro, um rosto de mulher chega a centímetros do meu completamente ensanguentado, gritando "SAIA", eu gritei de pavor como nunca antes, desci correndo as escadas peguei as chaves do carro e saí rapidamente dali, a neve queimava meus pés descalços, eu corri um pouco até chegar ao carro, eu dirigia como louca naquela estrada perigosa que a neve cobria, os flocos cobriam todo o parabrisa, ela caia intensa, meu corpo estava congelado, os pingos de água do meu corpo havia virado gelo, meu cabelo estava duro e pesado, eu cheguei correndo ao hospital, e caí desmaiada no hall de entrada, vi quando me levaram a um quarto e me encheram de cobertores, e eu começava a me esquentar, e ali apaguei completamente.
***
Acordei atordoada, minhas vistas estavam embaçadas, varios aparelhos ligados a meu corpo, ao lado de minha cama estava Elise em pé olhando para mim, seus olhos pareciam vazios, sem alma, ela tinha um travesseiro nas mãos, Elise segurou firme o travesseiro e o colocou sobre o meu rosto, minha respiração foi cortada e eu lutava para respirar, e tirar suas mãos de cima de mim, mas ela tinha uma força demoníaca, eu já estava quase perdendo a conciência quando alguns médicos entraram para conter Elise, ela gritava como se estivesse sentindo uma dor imensa de dentro para fora, sua cama começou a chacoalhar e os médicos depois de amarra-la a cama se afastaram chocados com o que viam, a cama estava levitando, os objetos da sala estavam todos chacoalhando freneticamente, os médicos começaram a sufocar, e de repente, tudo parou, o silêncio se fez presente, e tudo se acalmou, Elise estava desacordada jogada na cama, as veias de seu rosto pulsavam como se quisessem saltar para fora.E AÍ ESTÃO GOSTANDO DA TRAMA?
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BEIJOS E BONS ARREPIOS.
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Os Fantasmas De Amely Williams
HorrorNÃO DEIXEM DE VOTAR E COMENTAR, PARA ME DAR UM INCENTIVO E CRIAR MAIS HISTÓRIAS HORRIPILANTES. Amely é uma garota brasileira que perde os pais e vai de encontro ao seu pior pesadelo em Darkening City na província de Alberta, Canadá onde nada é o que...