Pouco a Pouco

31 1 0
                                    

Estava no mais profundos dos pensamentos, que é chamado de sonho, pois nos prende a atenção, e tira do sério a falada realidade, nem se quer tinha aberto os olhos e já nem queria faze ló mesmo, só queria curti aqueles doces momentos dentro de minha cabeça, porém não tinha como se esconder pois logo o dever iria me chamar, então me despedi daquele momento, e procurei guarda lo na memória para que sempre que possível revelo é ter pra mim novamente todas aquelas imagens que vinham a cabeça, que me faziam sentir, de qualquer maneira fiz aquele bom é velho joguinho com o sono, mendigando os tão duradouros e desejados "dez minutinhos" , infelizmente não há espaço para negociar outros como esse, só restava rolar de um lado a outro apertando o cobertor e acariciando o travesseiro, mas o som dá tristeza logo chegará com o despertador do celular, como uma basílica e o monstruoso som do bater de seus sinos assim fora o som que invadia meus ouvidos, despertei para meus afazeres domésticos segui a extensão de minha casa cumprindo com o desejo matinal, depois disso me lancei ao mar dá rotina, com todas aquelas bobas e tão superdimensionado preocupações do tal "dia-a-dia" , isso subia aos deveres de auto satisfação fazendo essa ideia se perde no meio dá loucura que corria atrás de se seus loucos, mas sempre houve espaço para fulga, mesmo que momentânea, e nessa exatidão a descoberta, mesmo que talvez não sendo surpreendente mas que acaba surpreendendo até os mais atentos, logo que atravesso a avenida, me deparo com algumas ruas, me vêem algumas lembranças e depois de alguns passos me deparo com um praça, lembro que ela era morada de minha junventude, é nem faz tanto tempo pois não sou tão velho assim, naquele sorriso para o nada percebo que os locais não envelhecem mais sim seus freqüentadores, nunca tinha percebido que as histórias eram guardadas pelos bancos e árvores de lá, muitas delas até esquecidas pelos seus contadores, mas nunca para os miúdos que as ouviam.

Depois de viajar um pouco naquele local, voltei ao meu habitual caminho, me apressei um pouco pois queria chegar um pouco mais cedo para apreciar um belo de um café na varanda já que nesta época do ano minha cidade ardia no gelo, por mais estranho que isto possa soar mais é verdade, cheguei ao trabalho fui ao meu armário guarda minhas vestimentas e alguns pertences, me dirigi a salinha onde ficava o café alguns outros petiscos por assim dizer, peguei um copo e fui a varanda dei gole no café e olhei as horas no relógio, então vi que me restavam pouco mias que dez minutos, assim como em minha acontecerá em minha cama mais cedo aqueles míseros minutinhos me perseguiam no entanto dificilmente pretendia desperdiçar isso com outras coisas, então eis que uma fina garoa começará a cair, como enxurrada em tempestades elas vão me proporcionando tantas coisas sem palavras que por de baixo disso tudo só me restarão algumas dúvidas, nossa como era lindo cara, que vista, então vou a beirada dá sacada e nos poucos fiasco que me seguram me preparo para o ato, o suicídio, sei que me jogar de lá seria um tarefa complicada, mas por que seria diferente ? Todas as manhãs fazia a mesma rotina e nunca havia me jogado mesmo, é talvez a morte já tenha entrado para a rotina, e perderá seu sentido, ou eu tenha perdido minha motivação, minha razão, meus sentimentos, nada poderia me para, mas tudo me impedirá, para que ? Para continuar levantado e carregando aquilo que não queremos, queria ser submissos as minhas próprias razões e não as alheias, mas não importava mas qualquer dessas coisas, dar tempo para a intromissão alheia não era bom para aquela prática, mas talvez fora o que ele quisesse, poderia fazer as diversas e mais diversas motivações mas nunca iria forma a solidez que precisava, irá se destruir e sumir no tempo sendo esquecida por qualquer um devaneio sem nem mesmo ser importada ao coração, é quer saber já acabou meu tempo mesmo vou para meu trabalho, pois das obrigações não consigo fugir, e assim como todos os outros dias ele se via na mesma rotina nunca consegui cumprir praticamente nada demais, além do que suas palavras permitiram, de todo modo era normal pois era fiel a elas, sabia que era melhor que precisava ser pois não sabia o que precisa, mas em dia frio como nos demais ali no mesmo local daquele mundo estava certo de que seus dez minutos iram passar e nada iria acontecer, bom hoje a garoa está mais forte mas não faz tanto frio, dava até para ver as crianças brincando no parque enquanto os pais conversavam sobre as escolas das mesmas pois estavam fardadas, é não pensei que meu café acabaria tão rápido, mas relaxa ainda me resta um pouco de tempo para duvidar de mim e do que eu ando fazendo, então coloco o copo na varanda e faço o mesmo ritual de ir a beirada só que dessa vez me sinto um tanto diferente, minha cabeça não estava uma confusão, meus pensamentos estavam bem quietos e o medo não estava dando tanto medo assim, não era costume, não era rotina, era apenas eu, finalmente apenas eu, sem nenhuma obrigação, no poucos passos que me restam olho o céu e vejo como é belo, é imagino que a vida também seja, então num ato de coragem recheado de dor e amargura o medo me mata, me jogado do 10 andar, é por mais irônico que possa parecer, em tão poucos segundos a nunca me senti tão vivo com todas os sentimentos entrelaçados, com a razão já se despedindo, tudo termina na eternidade de um momento único, um instante chamado morte.

A tristeza dá cena a reação, o desespero vão ao alto, os grupos, a sociedade se choca no enorme peso dá incerteza que poucas coisas podem trazer, depois dá concretizado, as pessoas choram e lamentam, procurando entender, mas já se era tarde para entender alguma coisa, pois já se tinha perdido mesmo, na vida as vezes que se pode fazer nada é nada se pode fazer, ela é tão bela e simplificada e que não sabemos lidar, perdemos, ganhamos mas nunca nos satisfazemos, as conquistas vem, mas a satisfação nunca, nessa estrada não se para de caminhar, é quando se para, é apenas para se atirar do penhasco, na perca daquele homem a vida lhe ensinou que "A vida é um equilíbrio entre apreciar o que se tem ou admirar o que se quer e o que se deseja".
Naquele momento quando uma vida encontrou seu fim, eis que os céus ficaram negros e dá terra nascerá uma flor branca, que pouco a pouca será tingida das mais diversas cores e sentimentos.

Pouca a PoucoOnde histórias criam vida. Descubra agora