KELI
Passei o resto do dia evitando Liane e até mesmo a Keila, procurei colocar a minha mente em ordem eu precisava disso. Deitada em minha cama eu fixei o olhar em um ponto no teto procurando ser racional e tentando me convencer que eu fiz o certo não me envolvendo ainda mais com Felipe, mas só o que me vinha a cabeça era as lembranças da noite anterior, Felipe mexeu tanto comigo de um jeito que eu não queria aceitar.
Meus pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta e Keila entra logo em seguida.
— A mamãe saiu, e vim ver se você não quer dar uma volta comigo.
Sentei na cama e peguei o meu celular para ver as horas, eram pouco mais das três da tarde.
— Pode ser. Onde vamos?
— Bem eu estava pensando em fazermos uma caminha daqui até a praia, isso levará uns quarenta minutos.
— Parece uma ótima ideia — Murmurei.
— Ótimo. Vou vestir algo mais confortável e já vamos!
Eu também vesti outra coisa, coloquei um biquíni e me cobri com um macaquinho jeans da cor preta, era um pouco curto, mas que aliviava foi que ele ficou bem larguinho e solto em meu corpo.
Eu e Keila saímos poucos minutos depois, andamos devagar e no começo ficamos cada uma perdida em seus próprios pensamentos até que em um tempo depois ela diz algo que me pegou totalmente de surpresa.
— Sabe Keli, eu estava pensando de nó duas alugarmos um apartamento e moramos juntas, o que acha?
— O que?
— Não sei porque eu não fiz isso ainda, devo confessar que isso não havia me passado pela cabeça, deixar a casa da nossa mãe agora, mas desde quando você falou de ir embora eu não tiro isso da minha cabeça. Eu sei que você vai acabar indo, então porque eu não ir junto?
— Ah.... Eu não sei... será? — Sussurrei incerta.
— Vai dar certo, Keli. Eu tenho o meu emprego, logo você arruma algo também... será legal!
Parei os meus passos, e olho pensativa para ela, bem acho que não teríamos nada a perder.
— Certo. Eu topo. Mas não será fácil arrumar nada barato por aqui você sabe. Alugueis no litoral são os olhos da cara.
Keila solta uma risadinha confiante, passou o braço em meus ombros me arrastando de volta para a caminhada.
— Nós vamos conseguir. Nem que tenhamos que procurar cada imóvel disponível dessa cidade.
Chegamos ao calçadão da praia e seguimos caminhando pela orla, Keila estava empolgada fazendo vários planos quando enfim tivéssemos morando em um lugar só nosso, e isso me fazia quase esquecer da minha batalha interna para não pensar em Felipe e naqueles olhos verdes sedutores. Só de pensar em fitar aqueles olhos novamente me causava um certo medo, excitação e algo inexplicável se contorcia dentro de mim. Parecia com saudades. Pensei em seus beijos, seu toque que me deixou de pernas bambas, inalei o ar como se pudesse senti-lo e procurei seu cheiro no meio do vento e da maresia, lembro do seu cheiro perfeitamente, estava cravado em meus sentidos de como ele era cheiroso, viciante e masculino, e o corpo dele, belo, grande, e musculoso. Me entregar a ele pareceu tão certo, tão natural. Mesmo eu achando que agora era o mais sensato era ficar longe dele, eu sentia que Felipe seria muito perigoso para mim, tinha que preservar os meus sentimentos a todo custo e se eu o deixasse dominar, saberia também que não teria mais volta, Felipe me dominaria para sempre. Mas mesmo assim eu sentia a sua falta e procurei negar veementemente que não era tarde demais, que eu não poderia ter me apaixonado por ele tão rapidamente..., mas algo dentro de mim, em meu peito parecia rir e debochar de que eu era uma boba, tapada e sem noção, que Felipe Manzitti já tinha entrado em mim se embrenhando fundo em meu ser de um jeito que ninguém e nem mesmo eu tivesse força ou poder para arranca-lo.
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LOUCA OBSESSÃO
RomansQuando Felipe Manzitti colocou os olhos na beleza da loura que saía apressada de sua empresa, ficou obcecado por ela como nunca tinha ficado por ninguém. Aquela mulher foi como uma droga, uma potente adrenalina que correu depressa em suas veias. E n...