1º Cap.

4 1 0
                                    

Em um quarto grande, de uma casa grande com toda mordomia possível morava um garoto mesquinho que iria aprender com a vida como tudo funciona neste mundo onde o sofrimento e a dor não manda aviso prévio.
Deitado, em sua cama com cobertores caros, acordou e de cara já gritou Ruty, uma senhora que trabalhava para a família a muito tempo.
–Ruty! Ruty! Traga meu café sua velha surda!
Gritava com toda a arrogância impregnada em cada palavra.
– Já estou indo Elli, não precisa gritar!
–Não me chame assim Ruty, sabe que detesto ser tratado assim.
–Sim, claro Eliot.
Eliot, este era o nome dele, porém , depois da morte da mãe ele nunca foi o mesmo, tornou-se frio, arrogante como se tivesse perdido o amor, o dom de ver a beleza das coisas. Ruty já se aproximava de sua cama com a bandeja do café, com cereais, algumas frutas e uma xícara de leite.
– Eliot, precisa superar isto, sei que só sua mãe o chamava assim, mas precisa continuar a viver, não pode deixar que o mundo perca a cor.
– Você não sabe nada sobre mim! Você não sabe nada sobre minha mãe. Não ouse repetir isto. Saia já!
– Me perdoe, já estou saindo.
Ruty saiu do quarto cabisbaixa e com pena de Eliot que tentava esconder sua angustia e sofrimento por baixo da capa de rancor.
Começava o ano letivo do ensino médio para Eliot, que por vez estudava na melhor escola da cidade.
–Eliot, o motorista esta te esperando, vai chegar atrasado.
–Já estou indo Ruty, não precisa me chamar de novo!
Desceu as escadas, vestindo seu uniforme caro e levava uma mochila de marca.
– Nossa, como esta lindo Eliot. Seu pai vai ficar orgulhoso de você!
– Não! Não vai sabe, ele só pensa em trabalho e não tem tempo para coisas idiotas. Agora saia da frente que preciso sair.
A cada dia que passava, Eliot se perdia na sua própria frieza, e não sentia mais sentimento por nada. Mas isto estava prestes a mudar.

O mistério do ConhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora