Vampiros do além

Onde tudo começou- 1*

.Era em uma tarde ensolarada em um passeio para Miami. Meus pais e eu estávamos muito felizes, não sabíamos o que seria de nossa família, duas horas depois de passar pela ponte. Antes de contar o que aconteceu com meus pais,vou apresentar a vocês toda a Família. Eu sou Valentina, tenho 16 anos e sou filha única.
Bom, meus pais se chamavam Marcos e Rita, eles tem, ou melhor, tinham bastante preconceito com pessoas que gostavam de outras do mesmo sexo (acho que deu pra entender) por isso eu evitava muito falar sobre o assunto. Então, acho que já terminei de apresentar minha família. Bom, agora vamos ao ponto. Eu perdi minha família em um passeio para Miami, estávamos quase no final da ponte, quando um carro desgovernado bateu ao traseiro do carro em que eu e minha família estávamos, fazendo com o que meu pai perdesse completamente o controle, e caísse da ponte. Ao chegarmos na água, senti um calafrio na espinha, e meus olhos se fechando lentamente.
          Acordei em um lugar bastante claro, onde incomodava meus sensíveis olhos verdes. Minha visão estava completamente embaçada, olhei para os lados, só conseguia ver pequenos vultos do que se passava ao meu redor. A minha frente, tinha uma pessoa, nada familiar. Forcei um pouco os olhos tentando enxergar o que se passava, quando alguém bate na porta quebrando todo o silêncio. Um homem que aprecia estar com roupas brancas, provavelmente um médico. Ele sussurrou para a pessoa que estava sentada:

-Infelizmente, o casal que há acompanhava não resistiu á falta de oxigênio.

Nesse momento, me deu vontade de gritar, espernear, sai correndo, mas era impossível. Eu tentava falar algo, mas a voz não saia. Parecia que tinha uma bola de sinuca entalada em minha garganta, que empatava a voz.
Então, soltei pequenos gemidos para se tocarem que estava acordada.
Vi pelo seu vulto, que o médico vinha em minha direção, trazendo com ele, um aparelho para medir os batimentos dos meus pulsos, e conferindo a respiração.

-Parece que ela está consciente. Vamos fazer algumas perguntas para você, okay?!- assenti com a cabeça, ainda muito dolorosa.

-Tudo que eu disser, você responde com "sim" ou "não"... Você se lembra do que aconteceu a dois dias atrás?- disse sim, embora ainda não sabia que estava em coma a DOIS DIAS.

-Você tem mais familiares aqui?- disse não com a cabeça.

Eu ainda não acreditava que estava por ai, sozinha no mundo. Se soubesse que seria assim, preferia estar morta. Dei de ombros, e fiz não com a cabeça, deu a entender que eu não queria mais responder nenhuma pergunta. Parece que o médico entendeu, e deu um pequeno toque em meus pulsos conferindo novamente os batimentos.

Alguns dias se passaram, e eu estava trancada naquele quarto de hospital, só queria mesmo era sair dali, mesmo se eu não tivesse para onde ir.
Olhei para a janelinha que havia na porta, e vi que uma mulher loira, parecia me observar. Acenei com a mão, ela me parecia bastante familiar. Ela retribui-o com um sorriso meigo, e simpático nos lábios. Abrindo a porta de uma vez, vi que ela era muito linda, olhos verdes, assim como os meus, usava uma jaqueta preta, botas cano alto, pretas também. Me olhava fixamente nos olhos. Um vulto negro invadi-o o local, fiquei pálida, a moça que me observava, mudou sua expressão para assustada. Se aproximou de mim, e senti suas mãos frias quase congeladas em um dos meus braços. 

Senti um arrepio na nuca quando ela abriu sua boca para falar, e vi seus dentes afiados... Quando alguém bateu na porta, ela disse rapidamente- "Tenho que ir, desculpe-me, uma hora, eu volto..." E logo em seguida fez um sinal de silêncio em seus belos lábios rosados. "Shhi".

Quando olhei para a porta, vi a enfermeira entrar, e ao olhar para o lado da minha cama, a mulher já havia sumido.. Mas que droga, eu não lembrei de perguntar seu nome. A enfermeira me aplicou um tipo de "relaxante" que me fez dormir por algumas horas.

Acordei com uma dor fina na cabeça, ao lembrar de meu sonho, que pra mim, era meio que NADA HAVER.