Alguns anos atrás
Décimo segundo anoPov. Cristina Oliveira
"Não acredito no que me estás a fazer, Alex" sussuro com lágrimas nos olhos. Ele não pode estar a falar a sério. Depois de tudo o que vivemos, ele diz que tudo não passou de uma aposta. Não... Não! Não! NÃO!
"Acredita no que quiseres Cristina. Esta é a mais pura verdade. Agora faz o que quiseres. Nós acabamos. Graças a Deus, acabamos" replica ele sem nem um pingo de piedade. Como pode ele ser tão cruel comigo? Depois de tudo o que fiz por ele? De tudo o que vivemos?
"Como podes ser tão cabrão?" pergunto-lhe, já a chorar "Como consegues viver sem peso na consciência pelo que me estar a fazer, filho da puta?"
"Nem penses em insultar a minha mãe" diz ele, irritado.
"O menino está irritado porque insultei a mãe dele? Por favor, por tudo o que é mais sagrado, que eu não lhe tenha partido o coração como ele fez comigo!" respondi eu, num tom irônico, limpando as lágrimas "Queres saber uma coisa boi?"ele apenas assinte, apesar de estar, visivelmente, muito irritado "Eu quero que te fodas muito na vida. Que fiques bem lá no fundo. Até que a tua única opção seja eu. E eu vou-te espetar com um grande NÃO nesse focinho de cão mal abortado. Vou ver-te a sofrer como me estás a fazer a mim. E sabes uma coisa?" falo aproximando-me do ouvido dele "Eu vou adorar"
Começo a andar, passo por ele e ouço-o falar.
"Nunca vou precisar da tua ajuda"
"Veremos" apenas digo isto continuando o meu caminho sem olhar para trásAtualmente
Pov. Cristina Oliveira
"Filho da puta" murmuro baixo.
Ele continua parado no mesmo sítio.
"Ah...pois... quer dizer...ah..." Fantástico. Nem falar ele sabe agora. Okay, Cris, calma! Respira fundo. 1...2...3...
"Prazer em conhece-lo" falo estendendo o meu braço para lhe dar um aperto de mão. Este, muito atrapalhado, aperta a minha mão. Foda-se, nunca o vi tão atrapalhado. Foda-se, até o aperto dele continua o mesmo. Foda-se, foda-se e foda-se.
"Pode sentar-se na cadeira para darmos início à entrevista"
Ele senta-se na cadeira, enquanto eu só me encosto à mesa de vidro.
"Pode começar por me dizer o seu nome, idade e estado civil" falo-lhe aquilo que ele deve logo por me falar em primeiro lugar. No entanto, ele olha para mim com um ar gozão.
"Como se já não soubesses isso" responde-me ele com o seu característico tom arrogante. Não estou para o aturar.
Dou a volta à mesa, enquanto falo
"Bom, parece que já acabamos aqui, pode ir-se embora. Não se preocupe, nós não lhe vamos ligar"
Ele rapidamente levanta-se da cadeira
"Okay, espera. Eu prometo que serei o mais profissional possível" diz ele, muito atrapalhado. Nota-se que quer o emprego. Interessante.
"Muito bem. Mas não é como se o senhor fosse muito bom em promessas." recruto irônica "Responda ao que lhe perguntei"
"Bom..."-----------------------------------
*Algum tempo após*
-----------------------------------Acabo todas as perguntas que tenho programadas para fazer.
"Pelo que me apercebi durante a entrevista, o senhor é o melhor candidato até agora. O emprego não é seu senhor Braga" digo num tom irônico, vendo a cara dele mudar de feliz e realizado para estupefato e confuso.
"Então, se eu sou o melhor candidato, porque o emprego na é meu?" pergunta ele incréduloAtualidade
Pov. Alexandre Braga
"Então, se eu sou o melhor candidato, porque o emprego na é meu?" pergunto incrédulo
"Fácil. Não te estás a recordar da conversa que tivemos no décimo segundo ano, amigo?"responde a Cristina irônica.
Que conversa? Foda-se não me.... ah... aquela merda de conversa, onde estraguei tudo... merda eu sabia que ela ainda me odiava!Alguns anos atrás
Décimo segundo anoPov. Alexandre Braga
"Não acredito no que me estás a fazer, Alex" sussurrou ela com lágrimas nos olhos. Está-me custar tanto fazer-lhe isto. Não posso parar agora. Comecei, vou acabar. Concentra-te Alex! Sem lágrimas.1...2....3...
"Acredita no que quiseres Cristina. Esta é a mais pura verdade. Agora faz o que quiseres. Nós acabamos. Graças a Deus, acabamos" replica eu tentando para parecer cruel. Pelo que parece consegui, pois ela ficou bem pior. Está-me a custar tanto desfazer tudo o que vivemos até agora. Mas tem de ser. Ela não merece um gajo como eu. Merece muito melhor. É para o bem dela, não o meu!
"Como podes ser tão cabrão?" pergunta-me, já a chorar. Merda! Não chores. "Como consegues viver sem peso na consciência pelo que me estar a fazer, filho da puta?"
"Nem penses em insultar a minha mãe" digo eu, irritado, não só por ela me ter chamado filho da puta, como também por ter de lhe fazer isto.
"O menino está irritado porque insultei a mãe dele? Por favor, por tudo o que é mais sagrado, que eu não lhe tenha partido o coração como ele fez comigo!" respondi ela, num tom irônico, limpando as lágrimas. Bem, acho que mereci esta"Queres saber uma coisa boi?" apenas assinte, apesar de estar muito irritado com toda a merda que lhe estou a fazer. É preciso! É preciso! É preciso! "Eu quero que te fodas muito na vida. Que fiques bem lá no fundo. Até que a tua única opção seja eu. E eu vou-te espetar com um grande NÃO nesse focinho de cão mal abortado. Vou ver-te a sofrer como me estás a fazer a mim. E sabes uma coisa?" fala aproximando-se do meu ouvido. Não te aproximes mais. Ela está a deixar-me exitado. Merda! "Eu vou adorar"
Ela começa a andar, passa por mim, mas eu ainda falo.
"Nunca vou precisar da tua ajuda" não vás. Fica!
"Veremos" ela apenas diz isto continuando o seu caminho sem olhar para trás. Foda-se! Agora tenho de ir à casa de banho resolver um problema. Cabra gostosa!Atualidade
Pov. Alexandre Braga
Não acredito que ela ainda se lembra dessa porcaria de conversa. Foda-se! Caralho! Puta que pariu!
"Pode sair, por favor!" disse ela, apontando para a porta, vendo que eu nao lhe respondia.
Não posso perder este emprego, por uma valente porcaria que eu fiz no passado. Vou conseguir este emprego!
Aproximo-me dela lentamente e com o meu famoso sorriso sedutor. E, ao contrário do que eu esperava, a Cristina nem se mexe, continuando com uma expressão de indiferença. Isto está a matar-me! Aproximo-me do ouvido dela e sussurro
"Tens a certeza que me queres mandar embora" falo, enquanto passo a mão pelo seu braço "Podiamos nos divertir muito. No teu escritório. Na casa de banho. No estacionamento. Numa reunião"
"Sabes que mais?" diz ela com um sorriso feliz. Boa! Consegui! "Vai-te fuder" continua ela, ainda com um sorriso no rosto, enquanto eu fecho o meu. Vai ter de ser vou ter de lhe suplicar. Onde cheguei!
"Por favor, Cristina. Preciso mesmo do trabalho. Eu faço tudo o que tu quiseres." suplico eu, quase de joelhos.
"Tudo?" pergunta ela
"Sim" falo, abaixando a cabeça.
"Desampara-me a loja"
Vendo que não ia conseguir, dirijo-me à porta e saio da sua sala. Foda-se! Que merda! Estou tão fudido! Mãe, que faço agora?
"Alexandre! Alexandre!" ouço alguém a chamar por mim, desesperada. Olho para trás e vejo a Rita. "Que fizeste com a Cris?" olho para ela confuso.
"De que estás a falar?"
"Do que fizeste para conseguir o emprego?" espero o quê? Consegui o emprego? Isto só pode ser mentira!
"Emprego? Conseguir?"
"Sim, começas, amanhã às 9:00. Parabéns" olho para ela super hiper mega feliz.
"Obrigada"
Com um sorriso no rosto, saio da empresa. Fantástico!Atualidade
Pov. Cristina Oliveira
Espero não me arrepender. Bem, pelo menos, posso começar o meu plano de vingança.
Mando uma mensagem para as meninas: Hoje, vamos todas ao bar onde a Isabel trabalha. Tenho novidades e das grandes.
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|| A Cave ||
RomanceUma mulher sem sentimentos. Não ama. Mata! Um rapaz que não quer saber das mulheres. Usa-as! O que acontece se estes se juntarem? Quem predominará? A mulher fria ou o rapaz mulherengo? Ficam ou vão? Amam ou matam?