Deixei a casa de Yuki e fui caminhando contente para casa, pois sabia que estava com o garoto que tanto amava. Enquanto caminhava pela rua até minha casa pude ver ao longe duas pessoas de mãos dadas. Eram o mesmo casal gay que tinham me apoiado no dia que eu pedi para Yuki sua mão.
Toda vez que me lembrava daquele momento eu ficava corado um pouco ao saber que teria feito aquilo de forma tão séria e com dedicação, com amor e com paixão. Cheguei à porta de casa e então movi a maçaneta entrando nela e vi meu pai, que estava na sala.
— Boa tarde. —Disse e fui direto para meu quarto, passando friamente por ele.
—Ei Samuel! — Seu tom era grosseiro como de sempre. Ele teria saído do hospital há pouco tempo o que me deixou contente, pois meu pai não corria mais risco. Porém em compensação ele voltaria a me irritar com suas piadas e me matar aos poucos com as palavras — Você não me disse para onde foi" — Me virei e respondi
— Falei que ia sair com um amigo.
— Isso eu sei, mas era a outra pergunta. Ele é gay?
—Por que insistir nesta pergunta? Não sei a sexualidade do garoto, eu só quero fazer amizades.
—Entendi... — Sua voz diminuía, porém ainda continha um pouco de rigorosidade em cada palavra que era pronunciada – Sua irmã passou aqui há pouco tempo chorando, sabe o que houve com ela?
—O senhor que é o pai e não eu. — Me retirei da sala irritado, pois ele nunca se importou com a Lory, Ele ainda chamava meu nome e sumi de vista dele entrando no quarto e o trancando.
Deitava na cama por um tempo até receber uma mensagem de Yu, logo a seguir respondi e ficamos conversando por um longo tempo. Notei que o sol já tinha saído de cena e deixara apenas a lua brilhando de maneira clara e ampla na escuridão. Apenas me despedi de meu garoto amado e então fui banhar deixando o celular em cima da cama.
Quando sai, uma mensagem nova tinha chegado,eu a olhei e paralisei no mesmo momento. Ali do outro lado estava o garoto que destruíra minha relação com meu pai... Daniel teria mandado mensagem e pedindo para sair comigo. Apenas ignorei, ele teria estragado a minha vida e agora do nada estava pedindo para nos vermos novamente? Aquilo foi completamente ridículo. Não respondi e apenas visualizei. Fui procurar algo para comer e depois fui dormir, amanhã iríamos fazer um encontro de casal no cinema.
No outro dia acordei tarde, era por volta do meio-dia, apenas segui caminho para o banheiro e fazer toda higiene pessoal. Logo depois abri a janela do quarto e uma brisa bastante gelada teria passado.
Iria fazer frio hoje então vesti uma blusa laranja e nela estava escrito Acampamento Meio-Sangue. Eu havia comprado no dia em que teria pedido Yuki em namoro. Coloquei uma calça preta e um tênis vermelho, penteei o cabelo e coloquei meu casaco de "atleta" vermelho com um A nas costas grande.
Fui para a cozinha e minha irmã tinha feito o almoço. Ela estava com uma blusa com desenhos de flores e as pétalas formavam o nome Love, estava com um casaco leve por cima da roupa de tom rosado e utilizava uma calça jeans escura. Sua sapatilha tinha um tom dourado e em suas orelhas um par de brinco com corações. Almoçamos ao lado de meu pai e então ele disse quando terminamos.
—Vocês vão para onde?— Ele perguntou arqueando as sobrancelhas.
— Vamos ir ao cinema — respondi.
— Apenas isso? Duvido. Vocês dois indo juntos...
— Apenas isso, pai — respondi.
—Não sou seu pai... — Ele se levantou e tirou seu prato da mesa.
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Sofrer por Amor
Teen Fiction''Como produzir um conto inovador? Como mudar os tipos de história de amor? Muitas são clichês de mais, encontros propositais, não sei ao certo como escrever, por que a maioria teria que o amor prevalecer? Será real que todo amor no fim, a felicidad...