Longo Dia

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Acordei com o barulho do vento soprando a janela na qual esqueci aberta na noite passada.

O dia está nublado, mal dá pra ver nuvens.
Moro em Savanna Illinois, aqui é difícil de fazer calor.
A temperatura mais alta que tivemos foi de 24°graus.
Agora está exatamente 15°graus.
O vento sopra forte, o ar está gélido, consigo ver fumaças saindo dá minha boca quando eu falo.

-Agatha, você já acordou? Tá na hora de levantar e ir para a escola.-diz minha mãe encostada atrás dá porta do meu quarto.

- Já estou acordada mãe.-respondo levantando dá minha maravilhosa cama na qual eu passaria o resto dá minha vida.

Fui direto para o banheiro, tomei banho e fiz minha higiene pessoal.

Vesti minha calça preta rasgada, uma blusa de manga cumprida de um azul escuro, e meu all star preto de sempre.

Hoje o dia iria ser longo. Apos a escola eu voltaria para casa e iria para a casa dá minha tia Mariah em Seattle.

Peguei minha mochila e sai rumo a escola.

Ultimamente não vem acontecendo muitas coisas na cidade, esta tudo muito quieto.Nada de notícias chocantes no jornal.

Mas mesmo assim eu venho me sentindo estranha.
Não sei ao certo oque é.
Mas sinto que não é bom.

Eu venho ouvindo vozes
Vendo formas estranhas em coisas tão normais.
As vezes até sinto que não estou sozinha,sinto a presença de alguém.
Sem contar nas coisas estranhas que acontecem sempre que eu penso em algo.
Eu olho para um objeto e involuntariamente faço ele cair sem o tocar.

Já falei isso para minha mãe,mas ela diz que é coisa dá minha cabeça,diz que "os aparelhos eletrônicos estão afetando o meu celebro".

Depois de caminhar com a cabeça fervendo de pensamentos,eu finalmente chego na escola,a grande,velha,e antiga escola.

Essa escola existe a mais de 90 anos.
Quase todas as gerações dá minha família estudaram aqui.
E agora era a minha vez.

Me enfiei no meio dá multidão de alunos e fui em direção ao meu armário.

Sinto que há alguém atrás de mim.
Me viro e não vejo nada.
Mas a sensação continua.
Me sinto nauseada,tonta,tudo está girando,e de repente a escuridão toma conta.
Ouço vozes distantes mas não consigo entender o que dizem.

Sinto alguém me balançando.
Consigo abrir os olhos e vejo um garoto,um garoto incrivelmente lindo.
Sua pele é clara,seu cabelo tem um tom de preto sem fim,e seus olhos são de um azul intenso.
Sinto que já o conheço,que já o vi.

-Agatha?-Diz o garoto extremamente lindo a minha frente.

-Sim?-Digo ainda meio tonta e deslumbrada com a beleza do garoto.

-Esta tudo bem?Vem,levanta.

Ele estende a mão para me ajudar a levantar.

-Obrigada... É....Hum...Qual é o seu nome?-Digo já em pé meio envergonhada.

- Christopher.Meu nome é Christopher.Mas pode me chamar de Chris.-diz ele meio sem jeito

Fico parada a sua frente fitando-o dos pés a cabeça.Antonita.
Eu o conheço,não me lembro da onde,mas o conheço.

-Agatha?hey? você está bem?-Ele pergunta tirando-me dos meus pensamentos.

-Há,sim,sim,estou bem, obrigada.- digo sacudindo a cabeça para me livrar dos pensamentos.

Ele me devolve minha mochila,me encara por 5 segundos,vira as costas e sai andando.

Não entendi oque aconteceu.
Era como um déjà-vu.
Eu senti que já vivi aquilo.
Aqui.Exatamente aqui.

O barulho do sinal me tirou de meus devaneios.

Fui direto pra sala de biologia e sentei no meu lugar.
Ainda estava meio tonta e sonolenta.
Não tirava Chris da cabeça.
Não sabia ao certo porque pensava tanto nele.

As aulas passaram lentamente enquanto eu desejava ir pra casa me deitar e dormir muito.

O sinal da última aula tocou e eu saltei da cadeira pra sair o mais rápido possível.

Entrei no meio da multidão.Estava pensando se o encontraria de novo.
Meus olhos percorriam todo lugar mas eu não o via.
Então sai pelo portão e fui andando até em casa com fones de ouvido no último volume.

Entrei em casa e minha mãe estava terminando de arrumar algumas malas.
Meu pai tinha acabado de chegar do trabalho e estava terminando de se arrumar para partimos a casa da tia Mariah.

Terminei de pegar minhas coisas e fui pra sala.
Minha mãe e meu pai já estavam prontos então fomos para o carro.

Já era por volta de 17:30 da tarde e o céu estava escurecendo.
Eu estava no banco de trás ouvindo música,minha mãe no banco do carona e meu pai dirigindo.

Foi quando de repente uma luz forte no meio da estrada fez meus olhos  arderem.
Então foi tudo muito rápido.
Um cara todo de preto se jogou na frente do nosso carro.
Meu pai freiou e o carro derrapou na estrada e tombou pro lado.
Eu não via mais nada.
Estava tudo escuro e minha cabeça doía muito.

Depois de um tempo eu consegui abrir os olhos.
Meu pai estava preso no ferro do carro e sangrava muito.
Minha mãe estava totalmente inconsciente e com um corte profundo na testa.
Eu estava com alguns arranhões na testa e nos braços.

Eu estava chorando muito.Gritava pelo nome deles mas eles não me respondiam.
Procurei pelo meu celular mas não o achava.
Então chutei a porta do carro com todas as forças que ainda me restavam e cai no chão da estrada.

Foi aí que eu o vi.
Ele era alto, magro.
Mas não conseguia ver o rosto,ele estava de máscara.
Estava andando na minha direção.
Eu estava em pânico.

E quando ele estava a 2 passos de mim eu gritei e levantei minhas mãos contra ele.
E então ele voou para o meio dos matos.
Eu não tinha ideia de como tinha feito aquilo.
Mas aproveitei para levantar e correr.
Olhei dentro do carro de novo e meus pais não estavam mais lá.
Tinha sumido.
Do nada.
Em um passe de mágica.

Eu chorava.As lágrimas desciam pelo meu rosto.
Eu corria desesperadamente sem saber pra onde ir e oque fazer.





Espero que gostem do livro ❤
Até o próximo capítulo!❤

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora