ALL STARS

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"nenhuma situação (cena) descrita e/ou personalidades encontradas nos personagens desse conto, refletem a realidade, pois está é uma obra de ficção. E por se tratar de uma fanfiction, não tem qualquer relação com a imagem real, personalidade e/ou atitudes do atleta descrito no conto."



ALL-STARS

"Tell me pretty lies,

Look me in the face,

Tell me that you love me,

Even if it's fake..."

FLASHBACK

-RAUL, EU TÔ FALANDO CARAMBA, OLHA PARA MIM...- ela gritava dentro do nosso quarto pela enésima vez. Sabe quando a cena toda é tão surreal que é como se você estivesse vendo tudo de fora, como um mero espectador? É assim que eu estou me sentindo.

-OLHA NO MEU ROSTO, O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO COM A GENTE POXA?- ela continuava gritando e eu percebia sua voz tremer a cada nova sílaba pronunciada e seus olhos brilhando por culpa das lágrimas que ela estava segurando enquanto, literalmente, socava algumas roupas dela dentro de uma mala pequena.

-VOCÊ SABE QUE EU ABDIQUEI DE TUDO, TUDO....DEIXEI MEUS SONHOS, MINHA FAMÍLIA, MEUS AMIGOS, PRA SEGUIR COM VOCÊ OS TEUS SONHOS...- finalmente ela deixa de lutar com a roupa e se senta na cama de costas pra mim. Percebo que os ombros dela se movem mais rapidamente indicando que o choro já estava ali, mesmo que silenciosamente.

-Vamos conversar amor...er...você tá muito nervosa ultimamente. Respira e fica calma, pode ser? Vai tomar um banho, desfaz essa mala e a gente conversa mais tarde quando eu voltar do treino tá bom?- Tento ser o mais gentil e calmo possível diante daquela situação tão nova pra mim. Apesar de estar a alguns bons anos me relacionando com a Carol, era a primeira vez que a via assim "descontrolada" e gritando pela casa. Claro que durante esse tempo brigamos ou discutimos, mas nada tão marcante como essa agora.

-Só sai daqui Raul. Vai treinar logo, por favor, me deixa sozinha...- eu a obedeci e fui treinar. Só não sabia que aquela seria a última vez que a veria, porque quem me deixou sozinho foi ela.

END OF FLASHBACK

JANEIRO/2017

Nada como chegar em casa para descansar na minha cama depois de uma viagem com time até Detroit, para jogar contra os Pistons. Felizmente saímos com a vitória 110 para nós e 77 para eles. É um sentimento meio confuso voltar para casa depois que a Carol foi embora. É aquele sentimento de a house is not a home sabe? Pra falar a verdade, muita coisa não faz mais sentido desde que ela voltou pra casa dos pais dela no Brasil.

Acabo de fechar a porta de entrada e sou praticamente atacado pelo Pumba, meu labrador. A alegria dele em me ver é tanta que tenho que segurar alguns porta-retratos no aparador encostado à parede porque ele querendo pular em mim já consegue ficar quase da mesma altura do Isaiah Thomas.

- E ai campeão? Também estou feliz em te ver garoto, espero que tenha se comportado e não tenha feito bagunça. Nem aqui e nem na casa da senhora Thompson hein? – Digo enquanto me abaixo levando ele comigo e faço carinho nele, recebo alguns latidos em resposta e algumas lambidas também.

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