11. La Rèvolutionnaire

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Era a sensação de acordar de um sono profundo. Estava confusa, as memórias em sua mente pareciam estar embaralhadas. Antes de abrir os olhos, a garota esperou os sentidos voltarem por completo. Apenas se lembrava de uma dor absurda, a sensação da lembrança era tão fresca que parecia que ainda estava a sentindo.

Tess aos poucos foi percebendo o que havia acontecido, os monstros trazidos por Colins para a floresta quase tinham a devorado e o sangue que perdera a fez apagar completamente.

Ela abriu os olhos e sentiu um imenso assombro ao deparar-se com o céu estrelado e as copas das árvores altas. A garota podia sentir a terra molhada grudando em sua pele, junto com as roupas úmidas devido ao sereno da noite. Sentia sua boca e lábios secos, seu corpo inteiro estava dormente.

— Ainda estou na floresta? — ela murmurou percebendo que sua voz estava intensamente rouca.

Se sentando com dificuldade, percebeu vários pontos de dor retornando ao seu corpo. A garota observou que o sangue em suas roupas ainda estava fresco, logo, não havia passado muito tempo desmaiada. Em seguida, preocupou-se em checar a condição de seus ferimentos, porém, foi pega de surpresa ao ver que os cortes não sangravam mais, pelo contrário, as feridas profundas em seu braço, ombro e perna estavam quase se fechando, contudo o dano ainda era visível.

Sem entender, Tess aproximou o braço ferido de seu nariz sentindo um aroma único e adocicado. Néctar dos deuses. Alguém havia derramado a bebida em suas feridas.

— Colins... — murmurou ela recordando de suas claras palavras "A ordem é não matá-la".

A filha de Quione, ainda atordoada, olhou em volta notando Chàos caída em um canto distante à sua esquerda, e Eiríni, à direita. Ela se levantou com dificuldade, sua coxa ferida latejou quando se manteve em pé, alcançou as espadas da forma mais rápida que conseguiu e passou a encará-las com um olhar distante e cansado, apenas relembrando de como fora atacada mais cedo. Aquilo não foi uma luta. Ela não tivera a chance de se defender, quando notou, havia vários monstros em cima de seu corpo prontos para devorá-la. Nunca esqueceria daqueles minutos torturantes que passou, de como foi assustador.

O mais preocupante no momento era o fato de ainda está na floresta. As criaturas estavam espalhadas entre as árvores naquele momento, não fazia ideia de quantas, poderiam ser dezenas, mas a floresta estava cheia delas, tinha certeza. Tess passou a avançar pelas árvores o mais rápido que conseguia em busca da saída, sua perna pulsava de dor sempre que seu pé encostava no solo, mas ela não parou de seguir em frente até avistar a barreira luminosa que selava a floresta.

Quíron. Foi o que pensou. Ela precisava lhe avisar o que estava acontecendo, mas logo lembrou que o centauro e Dionísio não estavam no acampamento naquele momento. A garota ultrapassou a barreira caminhando com dificuldade pela grama, o local estava deserto e ainda podia escutar o som das músicas e risadas vindas do anfiteatro, evidenciando que a festa não tinha acabado. A garota parou por um instante para retomar o fôlego sentindo a dor novamente pulsar pelo seu corpo.

Por quê Colins a deixou na floresta? Por quê ele simplesmente foi embora, visto que agora a garota sabia de seu envolvimento com os ataques?

Ela não entendia e nem conseguiria raciocinar com toda aquela dor que estava sentindo, mas avistou os chalés de longe com sua visão ainda um pouco turva e seu olhar pousou na grande construção branca que se destacava entre os outros chalés, havia um placa onde dizia:

Chalé 01. Zeus.

— Hoffman — murmurou a semideusa. O filho de Zeus era a solução mais próxima que lhe veio a mente, pois havia sido deixado no comando pelo próprio Quíron, Tess poderia lhe contar o que aconteceu e ele entrar em contato com o centauro no mesmo instante.

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