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Eu só conseguia ouvir cantos de passáros e o som das folhas das árvores sacudindo. Como eu havia chegado ali? Eu estava assustado. Eu andei sem direção até que eu resolvi tentar chamar a única pessoa que poderia me explicar o que estava acontecendo:

-LYDIA!!! LYDIAAA!!

Nenhum sinal da garota misteriosa. Até que um vento forte me atingiu, trazendo consigo um bilhete que parou nos meus pés escrito:

                      Se lembre Stiles.

Quando eu tirei minha atenção do bilhete e olhei para frente, vi o hospital bem na minha frente. Como isso era possível?

Entrei no estacionamento e encontrei meu pai preocupado ao lado do carro. Quando ele me viu disse:

-Aonde é que você estava?

-Eu..eu realmente...é...

-Você vai mentir?

-Talvez.

-Você foi sequestrado?

-Não.

-Você foi assaltado?

-Não.

-Você está bem?

-Você quer saber se estou bem na parte da loucura ou na parte física?

-Sabe quanto é dificil te entender?

-Não.

-Entra no carro, Stiles.

No caminho de volta para casa, meu pai parou no farol em frente a uma loja de jóias. Na recepção, um rosto muito familiar estava lá, era Lydia.

O farol abriu e meu pai continuou o trajeto. Quando virou a esquina da rua de casa, ele quase atropelou uma menina que pelo susto, tropeçou e caiu no chão.

Meu pai parou o carro e saimos do veículo para ajudar a garota. Quando chegamos mais perto, vi que era a linda menina misteriosa com cabelos ruivos. Ajudamos ela a se levantar e meu pai disse:

-Você está bem?

-Claro! Eu que não prestei atenção ao atravessar a rua. Me descupe. - Ela respondeu parecendo estar um pouco tonta.

- Sua casa é muito perto daqui? - Meu pai perguntou

- Não. Ela é bem longe.

- Você quer ir para a minha casa tomar algum remédio ou tomar uma água? - Meu pai estava realmente preocupado

- Sim. Isso se não for incomodar.

- Claro que não. Vamos.

Meu pai ajudou a menina entrar dentro do carro e fomos para casa.

Chegando lá, o meu pai deu um copo de água para ela e disse que teria que trabalhar. Mais como eu iria ficar em casa meu pai pediu para que eu fizesse compahia a ela.

Após meu pai sair, fui para o meu quarto e logo depois Lydia parou na porta:

- Então...Stiles, não é mesmo?

- Não finja. Você sabe muito bem que esse é o meu nome.

Ela sentou na minha cama e eu sentei ao seu lado:

- Por que você está fazendo isso comigo? Por que não quer me dizer o que eu preciso lembrar?

Ela me observou com um olhar triste e disse:

- Você realmente não se lembra?

- MAIS DO QUE EU PRECISO LEMBRAR? - Eu me alterei

- Você. Precisa. Se. Lembrar. De. Tudo. - Ela disse essa frase pausadamente

Eu fiquei pensando por alguns minutos. Me levantei e desci as escadas em direção a cozinha. Lydia me seguiu e eu disse para ela:

- Dizer para mim lembrar de algo e não me dar detalhes do que é, não ajuda nem um pouco.

- Você poderia ao menos tentar! - Ela deu um passo para frente.

- Mais eu não posso tentar algo que eu não sei por onde começar. - Dessa vez, eu dei um passo para frente.

- Você me tem. Eu sou um começo. - Ela deu mais um passo adiante.

- Eu não te tenho. Você é só uma adolescente louca mexendo com a minha cabeça. - Agora eu dei um passo adiante.

Nesse instante, percebi que estávamos tão perto que podia sentir a respiração dela. Sem perceber, fomos nos aproximando cada vez mais e eu recuei:

- Eu preciso de ar. Essa coisa de mágia e lembranças não está me fazendo pensar direito em nada.

Eu sai pela porta da frente e comecei a andar pela rua sem noção de para onde ir, até que comecei a ouvir sussurros que faziam parecer que havia uma cidade inteira dentro da minha cabeça e todos falando ao mesmo tempo.

A menina da recepção [Stydia]Onde histórias criam vida. Descubra agora