Capítulo - 1

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   O vento soprava forte enquanto Jongin andava lentamente pelas ruas de Seul. Seu destino? A cena do crime: uma pracinha.
   Para Jongin, antes de entrar nesse caso, parecia improvável acontecer um sequestro à luz do dia em um lugar movimentado como aquele. Ele, entretanto, tinha que admitir que o feitor do crime era, de fato, muito perspicaz, ousava pensar; porém, nunca diria aquilo em voz alta, seria como jogar todo o seu emprego no lixo.
   Ao chegar na pracinha Jongin se sentiu nostálgico. Não era a mesma praça que brincou algumas vezes durante a infância, mas lhe traziam boas e más lembranças.

   "Mais alto, Nini, mais alto!" seu melhor amigo na época gritava animado. Era cativante ver duas crianças se divertindo com tão pouco.
   Jongin, mesmo sendo uma criança considerada problemática, conseguia ver graça e diversão em tudo, até mesmo nas situações ruins. Sua mãe o chamava de otimista, já seu padrasto, de idiota. O menino não entendia o porquê de ser considerado idiota por ser feliz. Era óbvio que ele não era feliz quando seu padrasto batia em sua mãe por ela não ter feito a comida o jeito que o mesmo desejava, ou até mesmo quando o homem que se auto-intitulava "pai de Jongin" levava seus amigos para "se divertirem entre homens". Jongin não gostava; era doloroso e o menino chorava baixinho quando a "brincadeira" acabava.
    Em meio às risadas divertidas de seu amigo, Jongin ouviu risadas maliciosas e maldosas vindo em sua direção. Estremeceu ao identificar de quem era a risada.
    "Ora, ora, se não são meus dois baitolas preferidos?" Heechul disse parando em frente aos meninos e cruzando os braços. Heechul era um menino mais velho e mais forte, e usava isso a seu favor para bater em crianças mais novas e mais fracas.
    "O quê quer, Heechul?" seu amigo perguntou já se levantando do balanço e encarando o adversário desafiador. A brincadeira já não tinha mais graça naquele momento.
    "Dar uma lição em vocês, oras. Viados não podem ficar andando por aí assim, foi o que meu appa disse." Disse e deu um passo na direção de Jongin que recuou assustado. O grupo todo caiu na gargalhada, ele parecia um gatinho indefeso. O menino odiava apanhar, tanto de seu padrasto quanto de crianças mais velhas como Heechul.
    "Não somos viados, Heechul, e mesmo se fôssemos não é de sua conta. Deixe Jongin em paz." O mais novo disse e fechou as mãos em punhos. Ele odiava quando a gangue de Heechul ameaçava Jongin, uma raiva animalesca tomava conta do menor.
     "Deixe-os, hyung, vamos embora." Jongin disse baixinho, só para seu hyung ouvir, não queria causar mais confusão com aqueles garotos; não queria ver seu hyung apanhar por causa de si.
    "Isso, fujam, é isso que viadinhos fazem." Heechul provocou e o mais novo quase partiu para cima, mas Jongin o segurou sussurrando um "por favor, hyung". Ele decidiu que não valia a pena brigar com aqueles garotos, só ficaria machucado e Jongin mais chateado.
    Os meninos seguraram as mãos e saíram do parquinho, com um Jongin assustado."

    Era tão bom para si lembrar-se das partes boas e alegres de sua infância, era uma pena não se lembrar do nome nem do rosto de seu amigo, seu hyung. Sua psicóloga uma vez lhe disse que algumas partes da infância do mesmo, sei cérebro apagou automaticamente, sem pedir permissão, por conta dos traumas sofridos pelo menino.
    Lembrava-se quando, certa vez, vazou a notícia pelo departamento que Jongin não era possibilitado psicologicamente para continuar seu trabalho, o que ele achou um absurdo, ja havia feito tratamento e estava completamente bem. Um pouco anti-social, porém bem. O que não faltaram foram colegas de trabalho tentando roubar seu emprego por essa condição.
    O Kim analisava cada detalhe da praça que no momento se encontrava completamente vazia e com fitas amarelas interditando a área.
    Sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando viu manchas de sangue pelo chão. Eram apenas crianças; crianças querendo se divertir. Quem as matou era definitivamente um monstro.
    Olhou para o relógio e constatou o que já imaginava: a hora de ir à prisão interrogar o causador da morte de crianças indefesas.

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Oioi heueheue eu sei que o cap ta pequeno mas quero ver se vai ter "audiência" e ir aumentando os caps gradativamente. Bom, eh isso eu acho, se nao flopar tanto vou tentar atualizar toda semana. Eu sei q esse cap ta meio coco e bla mas eh q eu nao quero soltar tudo de uma vez saca? vai ir indo devagarzinho e explicando os lance. bjinhos

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