Capítulo 18

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Os homens nos guia até o salão onde Ava lidera a floresta, não mudou nada desde da última vez que estive aqui, observo os detalhes da sala, a lua grande, soberana no céu estrelado logo atrás da cadeira de Ava, olho as três paredes cobertas de galhos e folhas, o grande círculo de madeira está intacto no chão - a cadeira de Ava é de madeira, mas na minha opinião, é a mais linda de todas as cidades - ela está em cima de alguns degraus e atrás está a árvore com folhas de borboletas, do seu tronco sai água que rodeia o círculo no chão, formando um espelho de água nas laterais do piso.
- Ava, precisamos de sua ajuda! - Eu falo enquanto caminhamos para o centro.
- Sra. Dawnay - ela levanta e desce um degrau, seus olhos de pretos ficam verdes cintilantes, as borboletas voam em minha direção, fecho os olhos enquanto elas fazem um redemoinho em volta de mim.

×××

- Katy!
- Katy, eu não tenho medo de você.
- Nunca precisou, mãe... - olho em seus olhos - E nunca vai precisar!
Deixo minha mãe no salão de luz e vou andando pelo longo corredor dos quartos, paro quando escuto a voz de Oliver e Vitória.
- Você fez ela matar Alice?
- Sim. A Katy faz tudo que eu mando.
- Ela sabia que Alice era sua mãe?
- Não, a idiota nem desconfia.
Lembro do meu primeiro contato com Alice, foi a meses atrás numa noite fria na ponte da divisão, estava com tanto medo, o brilho da lua não era forte o bastante para revelar seu rosto em baixo de um manto preto, a primeira vez que a vi por completo foi no campo de batalha, ela era quase idêntica à mim, os cabelos, a pele branca, os olhos. Cerro os dentes e entro no quarto.
Oliver está de costas para a porta, corro o mais rápido que consigo e soco ele nas costas.
- Seu monstro - aperto seu pescoço, meus dedos ficam vermelhos, minhas unhas vão entrando em sua pele branca - Eu vou matar você.
Vitória me empurra no chão, ele começa a tossir ainda no chão, enquanto eu levanto.
- Olhe isso, seu animal!
Estendo minha mão em direção a Vitória, lhe acerto com um raio bem no coração.
- Vitória! - ele levanta com as mãos no pescoço, ele corre em sua direção. Faço um escudo em volta de mim e Vitória, agora ele não pode mais correr para salvar sua amada.
- Agora ela é só minha! - posso sentir o ódio em cada letra, falo as palavras lentas e sorrindo.
Olho para ele, vejo a aflição em seu rosto, como ele queria ser forte o suficiente para quebrar minha parede invisível, quantas mentiras, como eu fui ingênua em acreditar em todas as suas mentiras, ele bate na parede implorando para que eu deixe Vitória em paz, engraçado, ele não pensou em como ficaria a minha paz quando descobrisse que matei aquela que me deu a luz, olho para Vitória, ele grita o mais alto que consegue quando ver a bola de fogo se formando em minha mão direita, olhando fixamente em seus olhos desesperados, jogo fogo no corpo de Vitória que ainda está desmaiado.
- Não! - ele grita enquanto soca a parede invisível, sangue escorre - Maldita... não... não. - ele se ajoelha enquanto rasga sua camisa.
- Eu vou destruir você - olho para ele, em seguida observo o corpo de Vitória queimando, vou até ela, quero ver seu rosto perfeito pela última vez, franzo o cenho pois não é Vitória mas Lauren que está queimando.
- Não... não... amiga... por favor! - tento apagar o fogo, o desespero toma conta de mim.
- Não, eu vou destruir você.
Oliver sussurra dando uma gargalhada assustadora no final, do seu lado está Vitória, Monks e James.
- Não... minha amiga! - sussurro me ajoelhando.

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