Capítulo 2 - Interrogatório

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  "Por quê?" Jongin perguntou a Do Kyungsoo, o homem que matou crianças indefesas. Olhar para ele lhe deixava desconfortável, estranhamente não era pelo fato de ele ter matado crianças, mas era porque sentia que o conhecia.
  "Não fui eu, já disse, vocês pegaram o cara errado." Do disse inflexível. Sua expressão era intrigante, o próprio Jongin que era considerado ótimo em decifrar expressões, não conseguia entender. Jongin se remexeu desconfortável na cadeira de ferro e decidiu se levantar para circular pelo cubículo que se encontravam.
   "Bom, já que não foi o senhor, senhor Do, me diga quem foi, estou muito interessado em saber." Jongin retrucou num tom de voz ameno. Odiava essa parte dos casos, sempre tinha um que botava outra pessoa que não tinha nada a ver com a história apenas para se safar.
   "Eu já disse quem foi, mas seus colegas parecem não ligar para isso, estão muito mais interessados em me fritar do que descobrir o real assassino." Kyungsoo disse e cruzou os braços. Já estava naquela prisão a dias e teve que aguentar todo tipo de tratamento: agressão tanto verbal quanto física. Ele suspirava irritado, era indignador ser preso por algo que nem ao menos fez. O mais engraçado de tudo é que eles pegam qualquer um que dizem ser o culpado e jogam naquele buraco sem nem ao menos constatarem.
   "Repita então, não fui notificado de nada sobre um segundo suspeito." Jongin disse e se aproximou do alvo.
   "Claro, provavelmente porque imaginam que estou inventando isso só para me safar, e você também, da pra ver no seu rosto. Enfim, vou ser sincero," Do disse e indicou para que Jongin chegasse mais perto para falar mais baixo. "eu sei que esses caras não vão muito com a sua cara, eu também não iria se tivesse que competir com o grande Kim Jongin, mas voltando, eles não estão nem ai para achar o cara, só querem botar qualquer coitado, que no caso sou eu, nisso e arquivar. Imagino que você queira resolver o caso, então, se você me ajudar a sair desse lugar, eu te ajudo a encontrar o seu cara, sei exatamente onde ele mora." ele finalizou e Jongin o encarava estático.
   Em seus anos de trabalho já conheceu todo o tipo de prisioneiro: os que o ameaçavam; os que assumiam crimes que nem ao menos tinham cometido; os que confessavam o crime mas logo tentavam barganhar sua inocência. Todo tipo de gente já foi interrogada por Jongin, mas alguém que dizia na cara de um policial que iriam jogar o caso nos arquivos e esquecê-lo por "preguiça", era novidade. Culpado ou não, Jongin tinha de admitir: Do Kyungsoo era muito corajoso.
   "E você acha que posso tirá-lo daqui assim? 'Ah vou tirar o prisioneiro daqui por que ele sabe o nome do verdadeiro culpado e ele vai me ajudar a achá-lo'? Felizmente as coisas não funcionam assim, senhor Do, e se funcionasse o país estaria em ruínas." Jongin disse presunçoso, dando um sorriso no final de sua fala mas que logo vacilou. Kyungsoo o olhava e sorria abertamente, era amedrontador.
   "E quem disse que não está?" disse e levantou as sobrancelhas, sorrindo mais ainda. A porta do cubículo foi aberta e olhou para a mesma em sinal de surpresa, não percebeu o tempo passar tão rápido. Com a mão direita apoiada na mesa e o corpo parcialmente virado para a porta, sentiu algo ser depositado por de baixo de seus dedos, encarou Kyungsoo interrogativo e o mesmo não tinha mais o sorriso ladino nos lábios. Sua expressão indiferente havia voltado, não tinha mais nada a ser falado.
   Viu um segurança indicar para que ele saísse do cômodo. Virou-se para a porta normalmente e depositou o papel no bolso de seu sobretudo discretamente. Às vezes era bom ninguém prestar atenção em você.

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   Ao chegar em casa, a primeira coisa que Jongin fez foi trancar a porta e fechar as cortinas. Se era paranóico? Poderia ser considerado, mas num caso como aquele todo cuidado era pouco. Era estritamente proibido trocar algo material com prisioneiros, tinha consciência disso, mas em suas mãos poderia estar a maior prova do caso. Poderia ser resolvido apenas se abrisse aquele papel e lesse o que lhe continha.
   Abriu o papel apressado e leu afobado as palavras escritas no mesmo.

    Me tire daqui o mais rápido que puder. Quando o fizer, farei o possível para te ajudar a localizar o alvo.



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AAAAAA eu sei eu sei, flopou, mas eu to gostando tanto de escrever ela que não resisti e tive que postar. Vai continuar flopando? Provavelmente. Mas não custa tentar ne?
Bom, espero q alguém leia (amém). O próximo cap devem ter algumas informações a mais do caso pras coisas não ficarem tão vagas quanto estão.
Então, era isso, espero q desflope e q vcs gostem. kisses.

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⏰ Última atualização: Apr 13, 2017 ⏰

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