A Carta E O Beco Diagonal.

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Capítulo 1
A Carta E O Beco Diagonal.

Uma forte chuva caía do céu escuro da noite. Trovões quebravam o silêncio de Londres e relâmpagos iluminavam o céu coberto por nuvens espessas. Eu estava sentada em minha cama, lendo um livro bastante velho, suas folhas estavam amareladas e um pouco sujas nas bordas, como se já foram molhadas ou algo do tipo. Eu estava bastante absorta nas palavras complexas quando minha mãe abriu a porta do quarto, com um sorriso animado estampado em seu rosto magro. Ela segurava uma carta em sua mão direita. Eu marquei a pagina em que eu estava com um marcador e fechei o livro, joguei-o na cama e fitei minha mãe, com uma expressão confusa, já que ela não ficava tão feliz assim normalmente.

—Chegou! Finalmente! – Ela disse, parecia que iria explodir de alegria. Eu soube ligeiramente sobre o que ela falava e saltei da cama, corri até ela e peguei a carta, li o papel no mesmo segundo. Na frente, estava escrito em uma letra cursiva manual.

Sra. F. Fernandes
O quarto no segundo andar
Rua dos Lírios

Eu rasguei o lacre e li o papel que estava dentro.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXA DE HOGWARTS
Diretor: Alvo Dumbledore
(Ordem de Merlim, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)

Prezada Sra. Fernandes, Temos o prazer de lhe informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de lista de livros e equipamentos necessários.
O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardaremos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.
Atenciosamente,
Minerva McGonagall, Diretora substituta.

Ao terminar de ler, eu gritei de felicidade e abracei minha mãe, e claro, ela retribuiu com um abraço mais forte ainda.
—É amanha! – Ela disse, sorrindo. -Eu mal posso acreditar que meu bebê está indo para Hogwarts! Ai meu Deus.
—Mãe! Eu não sou seu "bebê" – Falei um pouco embaraçada. —Mal posso esperar para saber de qual casa serei... Ou como vai ser minha varinha!

—Espero que seja uma lufana, assim como eu. – Minha mãe disse e pegou a carta das minhas mãos trêmulas. –Bem, você precisa dormir. Amanhã será um grande dia para você, querida.

—Mas mã— Ela colocou o dedo indicador em minha boca e fez um alto "Shhh".

—Vá dormir. Sairemos amanhã de manha. Bons sonhos. – Ela saiu do quarto e fechou a porta.

Após minha mãe sair, eu apaguei a luz do quarto e acendi meu abajur em forma de panda que ficava sobre um criado-mudo ao lado de minha cama. Deitei-me e envolvi os cobertores quentes em meu corpo. Porém, eu não dormi. Passei a maior parte da noite acordada, pensando em Hogwarts. Mas é claro, eu me distraí, ora eu lia livros, outra eu pintava. Aquela madrugada parecia não passar, era como se eu estivesse dentro de um vortéx, que impedia o tempo de seguir seu rumo natural. Mas, felizmente, era só impressão. Depois de três longas horas lendo um livro sobre mitologia Greco-Romana o sono chegou e eu, finalmente, consegui adormecer.

Às 07h00min, a porta do meu quarto se abriu num baque e eu saltei da cama, assustada. Era minha mãe. Ela já estava arrumada e segurando sua varinha.
-Mãe? – Esfreguei meus olhos e me levantei.
-Se vista logo. Vamos sair daqui dez minutos! – Ela saiu e eu caminhei até meu guarda roupa e vesti uma roupa decente. Desci até o primeiro andar e o café da minha já estava servido; Um pão em cada prato, um copo de suco de laranja ao lado e cookies no centro. Eu comi rapidamente e subi até meu quarto e minha mãe me acompanhou para arrumar meus cabelos.
-Mãe? Você vai ficar bem aqui sozinha?
-Ah querida... – Ela disse e começou a escova-los com um pente roxo. –É claro que eu vou. Vou sentir saudades, mas irei ficar bem. – Ela passava o pente com delicadeza em meus cabelos emaranhados, que agora, estavam bem mais bonitos.
-Apenas me prometa uma coisa? – Ela terminou de escovar os cabelos e olhou para mim. –Não se meta em confusão.
-O.K mãe. – Eu disse e ela se levantou. –Vamos, vou pegar sua mala.

Chegamos rapidamente ao destino. Minha mãe desceu do carro e eu fiz o mesmo. Caminhamos até chegarmos a um pequeno bar chamado "Caldeirão Furado" e entramos no local. Vários bruxos estavam sentados à mesa. Alguns bebiam drinks e outros conversavam. Mas minha mãe só conversou com o Garçom e não demorou. Caminhamos até um local do bar onde havia apenas uma parede de tijolos e uma lata de lixo. Minha mãe empunhou sua varinha e a bateu em certo tijolo que ficava um pouco acima da lata de lixo. De repente, um pequeno buraco se abriu ali e eu me afastei de susto, mas logo o buraco se expandiu e virou um grande arco de pedras.

-Vamos. – Ela olhou para mim, sorrindo e passou pelo arco. A rua do outro lado era estreita, e várias e várias lojas estavam instaladas aos dois lados. Varias pessoas passavam por ali, usando uma capa preta e alguns usavam chapéus cônicos de cor escura. No fim da rua, havia uma construção alta e branca chamada "O banco de gringotes". Minha mãe entrou em uma loja de roupas e havia crianças da minha idade sendo medidas por fitas métricas de vida própria. –Precisa de seu uniforme, querida.

Eu caminhei ao lado de minha mãe até chegarmos á frente do caixa, onde uma bruxa corpulenta e baixa estava segurando tecidos pretos. Ela olhou para mim e seus olhos brilharam.
-Hogwarts? – Perguntou, enquanto pegou sua varinha e apontou para mim. Fitas métricas começaram a me medir. Senti-me desconfortável de começo, mas logo me acostumei.
-Sim, Hogwarts. – Minha mãe respondeu educadamente. –Seu nome é Fernanda.
-Perfeito! – As fitas me mediram por mais algum tempo e a bruxa correu para uma porta atrás do caixa e quando voltou, segurava uma grande caixa marrom. –Aqui estão as roupas querida.

-Obrigada. – Eu disse e peguei a caixa, espiando por uma pequena fresta. Havia ali várias roupas pretas e brancas. Pude ver também luvas de couro, um chapéu pontudo, todos com meu nome estampado.
-Quanto é? – Minha mãe perguntou, retirando algumas moedas de ouro do bolso.
-Um galeão, senhora. – A mulher respondeu e minha mãe entregou-lhe o dinheiro. Saímos da loja e fomos direto para a biblioteca comprar os livros, que estavam listados.

- Livro Padrão de Feitiços, 1ª Série;
- História da Magia;
- Teoria da Magia;
- Guia de Transfiguração para Iniciantes;
- Mil Ervas e Fungos Mágicos;
- Bebidas e Poções Mágicas;
- Animais Fantásticos e Onde Habitam;
- As Corças das Trevas: Um Guia de Autoproteção.

Compramos todos os livros e saímos da loja e depois compramos o resto dos materiais. Faltava agora apenas minha varinha. Minha mãe me encaminhou a uma loja chamada Olivaras. Dentro era diferente de todas as lojas que eu visitara até agora. Milhares caixas estavam dentro de estantes e não havia ninguém ali. Apenas um velho que me olhava com certa curiosidade.

-Bem vindas à Olivaras, senhoras. – Ele disse com uma voz fraca. –Ela quem vai comprar a varinha? – Ele perguntou, falando com minha mãe.
-Sim, é ela sim. – Ele logo entrou em uma porta atrás do caixa e trouxe várias caixas compridas, cada uma mais empoeirada que a outra. Ele tirou de uma caixa uma varinha grande e fina e me entregou. -22 centímetros, carvalho, empunhadura de couro de dragão norueguês. Teste-a.
Eu o obedeci e girei a varinha e de repente, uma esfera saiu dela e atingiu um vaso de flores que estava sobre um criado mudo, explodindo-o.
-Não. – Olivaras pegou a varinha. Testamos muitas outras, mas apenas uma deu certo. Ela tinha 33 centímetros, era feita de salgueiro. A empunhadura era decorada com vinhas e folhas. Minha mãe pagou um galeão ao homem e quando estávamos saindo da loja, eu esbarrei em uma garota da minha idade. Tinha cabelos pretos.

-Desculpe. – Eu disse e a garota segurou meu pulso.
-Não há problema! Vai para Hogwarts?
-Sim, e você?
-Também. Meu nome é Ana, prazer.
-Fernanda. – Eu estendi a mão e ela apertou. –Desculpe Ana, mas eu tenho que ir.
-O.K.

Eu saí da loja com minha mãe e voltamos ao carro, com todos os materiais no banco de trás. Minha mãe girou a ignição e disse: -Pronta para conhecer a plataforma 9 ¾?

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⏰ Última atualização: Apr 13, 2017 ⏰

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