O Crime 4 - Harry Styles FanFic

Capitulo 11 - Mais informações.

Dirigi-me com o Liam até a casa para ir vestir outra coisa e trocar-me. Estava um dia muito bonito, e ainda bem, pois depois daquela tempestade já todos precisavamos de uma atmosfera alegre. O caminho todo viemos calados, apesar de o Liam ter tirado um minuto para falar ao telefone e dizer que me tinha encontrado. Eu ainda estava envergonhada pelo que aconteceu ontem à noite... isto é, o fato de eu nem ter conseguido chegar a minha casa para dormir. 

O portão abriu-se automaticamente e em 2 segundos já estavamos a abrir a porta para entrar.

- Milla! 

Harry gritou e correndo na minha direção, abraçou-me tão repentinamente que eu não tive tempo de não deixá-lo me tocar. Eu conseguia perceber pelos seus olhos e rosto cansado que nem ele nem ninguém ali presente tinha dormido, o que me irritou profundamente, pois eu estava a causar mais problemas do que devia. Eu devia estar chateada com o Harry! E em vez disso, estavam todos chateados comigo... 

- Desculpa-me, por favor! Eu fui tão burro! Eu.... eu só pensava.... Milla, tens toda a razão, mas eu vou mudar! Eu prometo que vou te contar tudo, tudo o que eu fizer a partir de agora! 

Ele separou-se de mim, e colocando as mãos na minha cara começou a falar sem paragem.

- Eu devolvo todo o dinheiro! Nem que seja preciso eu sair da Universidade e ir trabalhar para um sítio qualquer! 

- Harry, não digas disparates...

- Eu vou mesmo! E devolvo todo o dinheiro ao Liam e à Lara! Por favor, é só preciso que me perdoes... se soubesse o quanto eu tive medo que te tivesse acontecido à noite alguma coisa... estavas tão chateada... que eu... eu pensei que tu...

- Não. Eu não me ía matar ou algo do género pro causa de ti.

Ele olhou perplexo para mim.

- Eu não quis dizer isso! Mas estavas tão furiosa...

- E não era para estar?! Sabes, às vezes eu até acho que tu só estás comigo por causa do dinheiro.

Naquele momento, eu até tive a sensação que até o vento lá fora tinha-se silenciado com o choque do que eu acabei de dizer. O Harry provavelmente desejaria dar-me um estalo pro aquele palavras.... eu própria queria fazê-lo a mim mesma.

- Oqu-ee-?! Tu podes pensar o que quiseres de mim, mas não ponhas em questão aquilo que sinto por ti! Milla, já lá vão quase 2 anos que estamos juntos! Tu achas mesmo que é só pro causa do dinheiro?! Isto tudo para ti foi só um divertimento?!

- Para mim não foi de certeza!

- Então não te atrevas mais nenhuma vez a dizer uma porcaria dessas! Tu podes achar-te muito esperta mas por vezes, desculpa dizer-te, parece que não tens nada nessa cabeça!

- E tu tens!? Para ires gastar tanto dinheiro numa...

- Esquece o dinheiro! Eu já disse que devolvia! Mas se o dinheiro é mais importante para ti do que eu...

- Não é! 

Calamo-nos, zangados, a olhar um para o outro e eu preparei-me para subir as escadas e isolar-me de todos, mas o Harry agarrou a minha mão e não me deixou ir.

- Por favor, não penses nada disso que acabaste de dizer. Eu amo-te de verdade, como é que não entendes isso? - ele sussurrou-me ao ouvido enquanto colocava a sua cabeça perto do meu cabelo e encostava-me a si.

- Então porque é que às vezes és um verdadeiro idiota?! - ele riu-se ao perceber pelo meu tom de voz que eu não o estava a ofender de verdade.

- E porque é que tu às vezes és tão estérica? - ele perguntou-me mas eu não lhe respondi, porque não sabia o que dizer.. e porque ele tinha razão.

- Eu sei. Desculpa-me por aquilo que eu disse.. eu não queria.. eu só estou um pouco confusa.... Harry, eu preciso de pensar... - sussurrei-lhe de volta. 

Todos continuavam a olhar para nós curiosos. Só faltava um pacote com pipocas nas mãos deles... O Harry acenou-me com a cabeça e afastou-se de mim. Decidi sorrir-lhe, para tentar limpar um pouco a minha própria consciência e abdicar-me da culpa que sentia e ele fez o mesmo. 

- Temos umm coisa muito mais importante para resolver. Ele precisa da nossa ajuda. - falou o Harry e eu concordei com ele. Harry deu-me um beijo rápido na minha mão e largou-a, voltando-se para a minha mãe, o Liam e a Lara.

Os três sorriram por pensarem que já resolvemos tudo e começaram a conversar uns com os outros, como se nada fosse. E nesse momento eu lembrei-me de que a enfermeira Sarah queria falar conosco. Fui rapidamente vestir-me e depois de almoçarmos, às 14h e meia, fomos todos para o hospital, à excepção da minha mãe que tinha de tratar da transferência de uns medicamentos quaisquer. 

Decidi só por uma horita, deixar o assunto ''Harry'' de lado e concentrar-me naquilo que me trouxe a esta ilha. Por vezes, quando estamos fora de nós, isso ajuda-nos a pensar melhor. 

Chegamos ao hospital e rapidamente entramos dentro de uma pequena sala com cozinha e uma sala de estar, onde nas horas livres, os médicos e funcionarios passavam o tempo. Sarah era a única que estava lá, o que me deixou logo feliz por não termos mais olhos voltado para nós.. e talvez até ouvidos.

- Ah! Entrem. - disse ela, o Liam e o Harry sentamo-nos num sofá, virado para ela.

- Sarah, disseram-nos que tinhas uma informação importante para nos dar... - disse o Liam.

A Sarah olhou para o Harry e os dois sorriram um para o outro.

- Eu já sei de metade. - disse o Harry com os olhos a brilhar - Vocês não vão acreditar! 

Eu e o Liam instalamo-nos melhor e concentramo-nos nas palavras da enfermeira.

- Estava eu ontem a limpar a tal sala nº4, porque o diretor Wilson esteve a fazer lá uma coisas das quais eu não sei nada a respeito, até que quando olhei para a cama do paciente, a tal debaixo da janela, uma coisa surgiu na minha cabeça. - ela sorriu - e ai lembrei-me de uma coisa que tinha acontecido alguns dias atrás....

- Sim?

- O Dr. Yalt ainda era o diretor daqui, e o nº4 ainda não tinha fugido. Eu estava, como sempre, a limpar tudo isto... já viram , uma enfermeira tem que fazer tudo e mais alguma coisa!

- Sarah, continua por favor...

- Ah sim. E o Dr. Yalt estava na sala, era esta sala. - ela fez um gesto com a mãos para indicar que estava a falar da sala onde estavamos - E ele disse qualquer coisa acerca de um caderno.. Que uma tal Vera, presumo que estava a falar da Vera Sybill, uma das nossas pacientes, tinha visto o nº4!

- Oquê?!

- Eu lembro-me de achar aquilo muito estranho, mas depois acabei por me esquecer! Ele disse qualquer coisa que a Vera estava a passear pelo jardim, e o nº4, naquele dia, estava mais nervoso do que o costume e por isso nunca parava quieto...

- Com quem ele estava a falar?

- Com o médico do nº4, que descanse ele em paz, o George era um homem fenomenal! - ela olhou para o chau tristemente, mas logo recuperou o tema da conversa - E que a Vera, desde aquele dia começou a falar muito dele... a dizer as suas caracteristicas e por aí em diante... e apontava tudo num caderno! Em código! 

- E esse caderno? - perguntei-me. Mas quando a Sarah preparou-se para responder, já eu a tinha interrompido. - É aquele! O das músicas!!!!

Dei um grito e à velocidade da luz, corri até ao gabinete do Dr. Wilson, onde estava o tal caderno que eu não acabara de ler alguns dias atrás.