Capítulo 12

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Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal.

Deuteronômio 30:15

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Capítulo XII

– Adeus, John Woodberry!

Wade

Em um veículo atlante milenar, que tinha a capacidade de voar, dois homens distintos: Carter Wade e John Woodberry voltavam para casa. Os guardiões do Templo da Lua haviam finalizado suas missões com sucesso.

A primeira missão era a de treinaram o oráculo. A segunda foi a de passar adiante o mapa dos Quatro Animais Sagrados. A terceira seria a de cumprir a profecia de encaminhar o oráculo para que seu destino se cumprisse. E a última era a de ajudar o beato a livrar a casa do mal que a assombrava.

O que mais espantou Wade era o fato de haver um demônio invocando outras criaturas para o plano terreno. E justamente em uma fazenda abandonada, longe de qualquer suspeita. Por mais que pensasse, Wade não compreendia como toda aquela estrutura existia por debaixo da casa. Será que havia sido construída no decorrer dos anos? Será que o familiar manipulava o fazendeiro a ponto de fazê-lo criar um portal para que mais criaturas fossem invocadas do abismo?

Após algum tempo de viagem, Woody parou o veículo em pleno ar e pediu para que Wade assumisse a direção, disse estar cansado. Agora Woody dormia tranquilamente em seu lugar enquanto voavam.

Já era noite, quando Wade ouviu um som vindo de seu relógio. Então ficou contente, era a resposta de Scylla à sua mensagem.

Vovô,

Está tudo bem comigo. Acredito que em menos de dois dias chegaremos ao local indicado no mapa. Saudades de todos, inclusive da minha cama macia.

Scylla

– "Chegaremos"? Quer dizer que Scylla está acompanhada. – Refletiu Wade.

Ele ficou curioso, mas decidiu que seria melhor perguntar a ela sobre isso quando fosse de manhã. Então parou para se orientar, e por algumas vezes desceu até as rodovias para ler algumas placas. A noite era mais difícil conduzir o veículo.

Chegaram à vila por volta da meia noite. O lugar parecia estar em festa, pois as pessoas estavam na praça e havia música.

– "Pessoas normais vivendo suas vidas normais". – pensou Wade.

Então ele seguiu para a fazenda. Foi voando baixo e devagar sobre a estrada que levava para sua casa. E naquele momento, sentiu falta da sua neta. Ela sempre estivera com ele durante aquele percurso. Agora que ela partiu, Wade enxergava lembranças dela em cada uma das curvas daquela estrada.

Quando estava perto da ponte, ouviu Woody falar.

– Por aí não.

– Por quê? – questionou Wade.

– A barreira. Eu acho que isso... – e mostrou o braço direito. – ...não irá passar. Eu serei repelido, tenho certeza. Vamos para a caverna.

– Pode ser que tenha razão. – disse Wade, e mudou a rota. Saiu da estrada principal e sobrevoou o rio, seguindo seu curso.

Foram em direção aos limites das terras da fazenda, além da cerca aos fundos da casa de Jorge. Ali era seguro para Woody, visto que estariam longe dos limites da mágica barreira de proteção.

Os Quatro Guardiões - Livro 1 - O OráculoOnde histórias criam vida. Descubra agora