Sem parentes próximos ou namorado a jovem morena de vinte e três anos, estatura mediana, olhos cor de mel, cabelos negros como a noite, pesando aproximadamente cinquenta e sete quilos, é muito vaidosa e por onde passa chama a atenção, tanto de mulheres, quanto de homens. Dividindo um apartamento com uma colega da faculdade, onde cursam o último ano de medicina, elas se entendem muito bem quando é de pagar as contas, e em seu trabalho Amanda mantêm uma regra: não se envolver. Embora houvessem muitos pretendes e alguns até tentarem forçar a barra, sempre soube se defender e apenas uma única vez fora necessária a intervenção dos seguranças do local. Estudando a noite, trabalhando como dançarina e garçonete para ajudar nas despesas da faculdade, uma vez que sua bolsa não era integral, a vida tornava-se cada dia mais monótona e cansativa. Aquela coisa repetitiva que acaba por transformar-se em rotina e que na maioria das vezes, não percebemos. O dia-dia de Amanda era bem definido. Estudava de segunda a sábado, trabalhava de terça a domingo na boate e folgava toda segunda-feira. No entanto, nem nesse dia descansava e a correria continuava sempre. Numa quinta-feira, véspera de feriado ela chegou exausta da aula, indo tomar seu banho para em seguida ir trabalhar quando percebeu que não estava sozinha em casa ao assustar-se com a presença de sua colega e o namorado no maior amasso dentro do box. Desconcertada, rapidamente pediu desculpas e saía quando Meg a chamou: - Espera, Mandinha! Eu estava mesmo querendo falar com você. – Disse a amiga em tom descontraído. - Poxa, Meg! Quer falar comigo, tudo bem, mas custa ao menos vocês se vestirem? Poderia ter me esperado na sala, então. Isso é meio constrangedor! - Se fosse, quem deveria estar constrangida seria eu, Mandinha. Mas, não estou! Muito pelo contrário, isto me deu até mais tesão... – Disse Meg, deixando escapar um sorriso recheado de malícia. - Minha nossa! Você não presta mesmo amiga! – Exclamou Amanda. - Eu sei que não e justamente por isso que você me adora, Mandinha! – Falou a amiga, fazendo cara de sapeca. – Mas, deixa eu te fazer uma perguntinha rápida então. Não ficou nem um pouquinho excitada? - Não acredito que está me perguntando isso, Meg. Ainda mais na frente dele! Falou Amanda, apontando em direção ao namorado da amiga, que encarava-a da forma mais safada do mundo, despindo seu corpo com os olhos. - Mandy! O Alan está tão curioso para saber sua resposta quanto eu. Somos liberais e estamos há algum tempo querendo compartilhar nosso prazer com alguém e então, pensei em você e ele concordou!
Totalmente sem palavras, Amanda ficara sem reação, pois, a amiga a deixara pasma com aquela proposta e nesse instante a curiosidade havia se instalado. Mil situações passaram por sua cabeça e não poderia negar que ver os dois, despertara-lhe o desejo. "Contudo, aquela de dividir a cama não era muito sua praia". – Pensava ela, tentando convencer a si mesma, flagrando-se em meio ao pensamento: "Eu topo! ".
- Heeeeyyy, Mandy! O que foi? O gato comeu sua língua? – Meg exclamou à sua frente, estalando os dedos, com um ar de menina levada.
- Desculpe, Meg. Mas, estava ponderando as coisas e pensando em como lhe responder isso. Deixe-me ver..... Ah! Já sei! Não! E por favor, não toque mais neste assunto. Tenho que ir, pois, já estou atrasada para o serviço.
Batendo a porta atrás de si, Amanda saiu tão depressa que a amiga não teve tempo de argumentar. No caminho ela tentava, em vão, esquecer o que havia acontecido, resolvendo ligar o som do carro, buscando um conforto na música alta, para os pensamentos insistentes. As horas passavam tão lentamente quanto uma tartaruga e como não conseguia concentrar-se em suas funções, acabou pedindo para uma colega que a substituísse no momento da dança, mentindo que não estava sentindo-se bem, embora soubesse o que realmente acontecia consigo. Por mais que tentasse, não conseguia desviar os pensamentos na cena vista e na proposta feita por Meg. O fato de não querer ouvir os argumentos da amiga, não significava que era preconceituosa. De maneira alguma. Prova disto, era que já se envolvera com outra mulher, há mais ou menos um ano e meio ou dois. Suzane era seu nome e não fora exatamente um caso amoroso ou um relacionamento, estava mais para um caso de tesão mútuo, o qual nunca se arrependeu. Se conheceram numa balada e estranhamente nem uma das duas possuíam experiência com outra mulher, mas quando rolou aquele clima não teve jeito! Passaram a noite juntas no apartamento de Suzane e Amanda tem aquela noite como ótima e nunca teve problemas quanto ao sexo. Era uma mulher sempre aberta a novas experiências e Meg sabia disso. Conhecia todas as suas aventuras. "Ah, Meg! ". – Pensou ela. Sua amiga era realmente linda e atrevida. Loura de cabelos curtos, olhos verdes, boca perfeitamente delineada e um corpo de causar inveja a muitas modelos. Seios pequenos e firmes, um belo par de pernas, bem tonificadas, possuía menos curvas que ela, mas no quesito beleza, Meg não perdia em nada. Todos os homens babavam aos seus pés e ela tinha consciência disso. Pensando na amiga, Amanda mais uma vez se pegou imaginando como seria aceitar seu convite.... Lembrou-se de cada detalhe de seu corpo. Uma tatuagem de cereja que ela cultivava abaixo do quadril, sua cinturinha fina, o tom rosado de sua pele e até mesmo uma mancha de nascença na parte interna da coxa direita. Sem dar-se conta, imaginava-se embaixo do chuveiro, entre as carícias de Meg e Alan. Sentindo o toque de ambos, deslizando suavemente as mãos no peitoral bem definido dele, rasgando lentamente sua pele com suas unhas, fazendo-o suspirar de desejo por suas curvas sinuosas, enquanto Meg beijava-a na nuca, apertando seus mamilos, arrancando-lhe alguns gemidos. Suas divagações deixaram-na toda molhada, com o corpo inteiro pulsando, suplicando por novas sensações, descobertas.... Muito curiosa, Amanda adorava novidades relacionadas ao prazer, no entanto, tinha um grande receio de que essa nova aventura acabasse por estragar a amizade e sendo assim, decidiu de uma vez, mesmo querendo provar, que não aceitaria. Bruscamente, ela é despertada de seus devaneios pelo toque do aparelho celular:
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Tríade - Caminhos do Desejo.
Short StoryUm triângulo de prazer que o levará ao extremo! Por Anne Machado & Gérson Prado.