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• Barbara

Durante o caminho o caipira não dirigiu nenhuma palavra a mim, o silêncio as vezes me matava. Mas para eu não falar merda e nem escutar dele, até que estava bom. Chegamos em Round Top, a cidade era bem calma, não se via muitas pessoas na rua, as casas eram simples. Cidade ralezinha mas tranquila, agora entendo o porquê de minha mãe vir para cá, em Los Angeles ela sempre reclamava que o lugar era agitado de mais, que havia pessoas fúteis e que lá não era lugar, para se quer um dia de descanso.

Eu pensei que já havíamos chegado, mas não. Ele não havia parado o carro, ainda segui caminho saindo para fora dá cidade. Ali é Round Top, por que ele está se distanciando?

- Hey, acho que você indo para o caminho errado. - arqueiro as sombrancelha apontando para trás, onde deveríamos ter parado.

- Não. - diz seco.

- Cara, eu vou para em Round Top. Para onde está me levando? Ui... - o carro começa a balançar de um lado para o outro.

- Para tua mãe oras. - ele revira os olhos para mim.

E está porra de carro que não para de balançar, sinto que se não estivesse com o sinto de segurança. Já estaria lá fora. A estrada não me parecia boa, o ambiente agora não está me parecendo bom. Agora sim tenho certeza de que este é o fim do mundo e que ele está me levando para o abismo sem fim. Estamos no meio do nada, ele está seguindo uma estrada horrível e eu tenho a plena consciência de que me arrependo amargamente de vir parar aqui.

Maldito destino, você quer me ferrar? Meus parabéns.

- Porra, não vai chegar? - já estava impacientes.

- Vai. Olha ali. - apontou para frente.

Estávamos no alto, parece que desceremos a estrada, para chegar lá no fim. A visão era linda, uma enorme casa, em volta tinha a animais um pouco afastado da casa, mas para de trás dá casa uma floresta. Era muito verde a se ver, como nos campos de golf. Então deve ser aqui que minha mãe se refugia, nunca pensei que ela gostasse de fazenda.

- Wou. - digo uma pouco impressionada, aqui me parece uma lugar agradável, apenas para tirar os dias de descanso.

O carro passou pela portela, tudo bem arrumado, ele parou o carro em frente a casa. Fico mais aliviada por ter chegado, saí do carro e já fui até a entrada. Mas parei logo que vi uma grande cachorro na porta deitado me olhando. Este animal parece que vai me decepar, o cachorrão se levantou, eu sabia que iria me atacar, fiquei parada. Ele latiu, me deixando surda.

- Hey Scooby. - o caipira disse passando na minha frente.

O grande cachorro ficou mansinho perto dele, nem se quer latiu outra vez. É lógico Barbara, você é a estranha aqui e não ele.

- Deixe ele te cheira. - o caipira que antes passava a mão no cachorro diz.

- Que não, ele vai avançar em mim. Além do mas, estou com mau cheiro.

- Deixa de frescura. Ele só vai te cheira, para te conhece. Vai Scooby. - ele deixa o cachorro vir para cima de mim.

- Ahh. - dou um gritinho sentindo ele cheirar minhas pernas.

- Ele não vai te morder. - avisou o caipira.

Fiquei parada, até que o cachorro quase pula em cima de mim, suas patas estão em meus ombros. Ele é dá mesma altura que a minha. Sinto ele lamber meu rosto, que nojo.

- Tá bem Scooby, amiga. - ele puxa o cachorro de cima de mim.

Eu estava com uma babada no rosto, limpei antes que tivesse ânsia.

- Vamos entrar. Você já passou pelo teste de reconhecimento. - ele abriu a porta da casa, me deixando entrar primeira.

Dou de cara com a sala dá casa, era um lugar amplo organizado, com móveis modernos mais misturado com alguns mais antigos, bem decorado com imagens de paisagem, animais e retratos de pessoas.

- Liam. - uma voz feminina vem dos fundos.

- Trouxe sua visita Adélia. - ele foi entrando.

Eu fui atrás deste homem grande e costas largas, nada de minha mãe aparecer. Já estávamos em outro cômodo, sala de jantar com os móveis rústicos, mas bem conservados.

Hum, eu sentia cheiro de comida, assim que passei pela porta entrando na cozinha. Vi uma mulher, acho que empregada mexendo no fogão.

- Foi rápido. - não pode ser, minha mãe é a empregada.

- Mãe. - digo surpresa, ela estava irreconhecível. Está não pode ser minha mãe, ela está toda acabada. Que merda fizeram com ela?

- Minha filha. - ela larga suas panelas e vem me abraçar. - Minha bebê, que saudade.

- Eu também senti. - eu a aperto em meu braços também. - Mas mãe, você está horrível.

Olhei ela melhor assim que nós soltamos.

- Dona Adélia, eu não acredito que você saiu de Los Angeles, para viver está vidinha. Olha você mãe, cabelo desidratado, suas roupas surradas e a pele mãe. - toquei seu rosto, as rugas estavam ficando mais visíveis.

- A vida aqui é boa garota. Não fala o que não sabe. - o caipira murmurou.

- Não te perguntei nada. - torço o nariz para ele.

- Barbara, respeito. - recebo um tapa de minha mãe no braço.

- Muito nariz em pé e mau educada, tem certeza que é tua filha?

- Olha, caipira. Não se mete, tu não foi chamado na conversa, vai passear com o cachorro lá fora, vai.

- Não. - diz grosso.

Ele se sentou na cadeira alí, colocando os braços sobre a mesa, batucava os dedos distraído. Mas é muito curioso.

- Mãe eu preciso de um banho, roupas limpas. Sabia que me roubaram no caminho para cá? Este lugar é totalmente perigoso mãe, com pessoas perigoso e chatas. - joguei indireta para ser bem direta no ar.

- Não é filha, você só não deu sorte. Te levaram tudo.

- Sim, minhas malas, a minha bolsa com dinheiro, cartão e até meus documentos. Eu estou definitivamente na ruína. - digo escutando um riso baixo, ele está de provocação.

- Nem tudo está perdido minha linda, você vai encontrar suas coisas. Os bandidos não foram longe, já prestaram queixa do ocorrido?

- Não preferi vir até você primeiro, olha o meu estado mãe, estou deplorável. - sinto nojo de mim mesma.

- Calma, vou buscar uma toalha limpa, você vai ter que usar umas roupas de Liam que ele iria doar para a igreja, fica aí já volto.

Ela me deixa com este jigolor, ele se levantou, passando por mim indo até o fogão.

- É, ocê ficara um bom tempo até conseguir suas coisa de volta. - ele diz mexendo nas panelas.

- Infelizmente, tu vai ter que me aturar aqui.

- Filha vem cá. - minha mãe me chama do cômodo que havia entrado.

- Espero que nois de bem. - ele sorri falsamente.

- Acho difícil.

💜💜💜

O Caipira  || Liam Payne ||Onde histórias criam vida. Descubra agora