Arrogante e narcisista!

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Começo a tirar minhas coisas das malas assim que os criados as deixam no quarto, rapidamente todos os meus vestidos já estão guardados. Decido, então, sair do quarto para ver meus tios. Abro a porta e um garoto loiro de olhos, como definir esses olhos, são algum tipo de verde com azul ou... Isso não importa!

- Quem é você? – Pergunto.

- Meu nome é Victor Lefroy, senhorita, e estou aqui para acompanha-la. – Ele falou.

- Minha nossa! Deixe-me adivinhar, você é filho do Jim? – Jim, o mordomo que nos recebeu quando chegamos está aqui desde que minha mãe era pequena, embora ela não o cite muito, apenas fala como ele era incrivelmente irritante quando queria leva-la para todos os cômodos da casa, mas logo se tornou um grande amigo e depois que ela foi para Londres Jim casou com Eiva, era sua criada quando pequena e também uma de suas melhores amigas. Aparentemente eles dois tiveram um filho e ele se mostra ser igual ao pai.

- Sim, senhorita.

- Bom, eu não preciso que me acompanhe, já conheço cada canto da casa, afinal ela pertence ao meu avô.

- Senhorita isso não foi uma pergunta, terá que me acompanhar. – Falou de forma arrogante.

- Quem você pensa que é para falar comigo dessa forma? – Indago horrorizada.

- Sou o seu mordomo por obrigação, e não posso sair do posto. Então, por favor, me siga, porque querendo ou não estarei aqui todas as vezes que sair do quarto, e, infelizmente, não serei designado para outra pessoa. – Respondeu revirando os olhos, seguro no braço dele de mau grado e seguimos até a sala da lareira onde minha mãe conversa animadamente com tia Luna e tia Linara. A segunda me olha assim que chego ao ultimo degrau.

- Davina, querida, venha para cá! Minha nossa como cresceu desde a ultima vez que vi!

- Titia que saudade que senti da senhora. – Falo a abraçando. – Mamãe, preciso falar com a senhora.

- Pode falar, querida.

- Por favor pode pedir ao Jim para tirar o filho dele da minha porta? Conheço a casa, não preciso de alguém me acompanhando.

- Tudo bem querida. Jim pode vim até aqui, por favor?

- Sim senhora NymphWater? – Ele respondeu prontamente.

- Pensei que tivesse falado que não precisava de ninguém para acompanhar minhas filhas.

- E eu entendi senhora, mas seu pai insistiu para isso. – Então olhou para minha mãe com algum tipo de olhar de cumplicidade, e ela correspondeu.

- Então estamos decididos, Davina sinto muito mais o... – Faz sinal para que eu diga o nome dele.

- Victor. - Respondo.

- Victor continuará acompanhando a senhorita. Não vamos contestar o seu avô.

- Mas qual o motivo de ser acompanhada? – Pergunto tentando entender a cumplicidade dos dois.

- O senhor Adams afirma que a casa foi invadida.

- Podem, pelo menos, escolher outra pessoa? – Pergunto.

- Infelizmente não. Todos os outros garotos com idades similares a sua já foram designados para alguém, e preferimos não colocar homens mais velhos. – Explicou. – Mas senhorita poderia me informar o porquê desse problema com Victor?

- A principio ele foi extremamente grosso comigo.

- Querida, por favor, isso não vai se repetir. – Mamãe afirmou e minhas tias assentiram.

- Tudo bem. Pode chamar Victor para me acompanhar, adoraria fazer um passei pelo jardim.

- Sim senhorita NymphWater. – Jim respondeu e rapidamente trouxe o filho. Victor estendeu o braço e colocou um sorriso no rosto, e então partimos para o jardim.

- Pensei que não gostasse de mim. – Ele afirmou quando já estamos do lado de fora da casa.

- E não gosto, você é o garoto mais arrogante que já conheci. Mas, aparentemente, não tenho muitas opções.

- Não sou arrogante.

- É sim, extremamente na verdade.

- Mas pelo menos tenho olhos bonitos.

- Além de arrogante é narcisista.

- Mas não foi eu que reparei nos meus olhos senhorita, como foi que você falou, uma mistura de verde com azul, um coisa indefinível?

- Como você sabe disso? – Pergunto em pânico à medida que ele começa a gargalhar. – Tudo bem, não importa, por favor, esqueça isso.

- Vamos recomeçar. – Respondeu cessando o riso. – Meu nome é Victor Lefroy e tenho 16 anos, moro com meus pais aqui desde sempre e fui designado para transportar "Princesinha do papai" para todo lugar.

- Não me chame de princesa nunca mais!

- Tudo bem, agora é sua vez.

- Meu nome é Davina NymphWater tenho 15 anos, sempre morei em Londres e acabei de me mudar para chácara do meu avô e agora tenho um garoto arrogante narcisista no meu pé.

- Nunca mais me chame de narcisista. – Falou e me deu um beijo. Meu primeiro beijo. Fiquei sem reação. Tem um garoto me beijando. Um mordomo. Sem minha permissão. E sem nenhum compromisso. Estou arruinada. Minha nossa! O empurro e corro de volto para casa segurando o vestido. Não sei se ele está atrás de mim. Dou a volta na casa e entro pela cozinha. Onde varias pessoas trabalham muito para fazer um jantar. Não parecem notar minha presença, então sigo pela cozinha até chegar à sala e subo a escada rapidamente para que ninguém note minha presença. Bato na porta do quarto de Caroline e ela abre rapidamente.

- O que aconteceu? – Ela perguntou e então eu reparo como eu devo parecer uma louca.

- Aconteceu uma coisa que não posso reverter e você não pode contar para ninguém.

- Vamos entre. – Entro no quarto e ela fecha a porta sento na cama e falo:

- Victor Lefroy me beijou.

- Quem é Victor Lefroy?

                - O meu mordomo.

                - O loiro de olhos azuis?

                - Esse mesmo.

                - Pelo menos é bonito. Impressionante como os mordomos daqui são bonitos, parece até que foramarrancados de um livro.

                - Caroline!

                - Não tem problema ter tido esse beijo, mas você não pode contar para ninguém. Pelo menos não foi pior. – Ela olha para mim e vê que não ajudou, então continua. – Eu também já tive o meu primeiro beijo, isso não vai interferir em nada, então aja naturalmente. – dou um abraço nela e volto para meu quarto.

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Hello everybodys aqui quem fala é da terra, pra varia estamos em guerra... tive que comentar esse capitulo pra falar que amo beijos surpresa (quer dizer, amo escrever beijo surpresa, porque quando isso acontece comigo eu fico sem reação e não consigo nem correr). EU sei que isso é algo que não aconteceria de verdade no seculo 19 (que deveria ser o tempo em que o livro se passa), mas espero que vocês tenham gostado porque eu adorei.

BEIJINHOS, LU! 

A Herdeira das BorboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora