Capitulo 1 (A Garota de sapatos pretos)

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Um dia chuvoso, com nuvens carregadas de raios e trovões centenas de gotas geladas caindo sobre o chão. Sinto cada gota cair e escorregar sobre meu rosto. Não consigo me levantar, Acho que estou chegando ao fim desse dia, vou voltar novamente em outra vida. Acho que dessa vez para mim não existe outra vida. Ninguém mais se lembra de mim. Não existo para eles, não sou mais oque eles chamavam, todos se foram. Todos! Menos eu, seria uma injustiça se eu não tivesse sobrevivido naquele lugar. Sinto meu sangue se esvair sobre a água que cai no chão. Eu estou deitado. Sim, estou. O meu rosto esta chão. O vento passando sobre os rasgos de minha roupa e a dor que esta em minhas costas. Não sei mais quanto tempo ainda me resta, estranho pensar sobre a morte, quando posso eu mesmo me dizer que eu estou morto. Se é que meu tempo não chegou ao fim, Minha visão esta ficando escura, sinto meu corpo querendo parar. Acho que preciso dormi, e isso vai passar. Deve ser um dos meus pesadelos. Agora parando pra pensar, me lembrei da reserva que fiz no hotel de lady Val dine, Nesse horário lá em Londres deve estar com o sol brilhante a sacada do meu quarto.

- Ha, maldito dia para se levantar da cama. E ainda por cima ser pego de surpresa pelo o homem que eu estou procurando. Outra pergunta a me fazer no momento que acordar. De onde e quando ele saiu com toda aquela força. Pareço que eu estou acabado e muito por sinal. Tomei uma surra como dizia o mordomo de minha casa. Levantei-me devagar. Retirando o meu rosto do chão, olhei de meu tronco até aos meus pés e pude ver com clareza. O que ele tinha feito comigo, mas não está na hora de me lamentar. Tenho que dar um jeito de sair dessa chuva que acabei de tomar um banho. Se continuar nesse ritmo meu sangue que estão saindo pelos os cortes ira se condensar com a agua e descer viela abaixo.

Olhei aos arredores de onde eu estava e percebi que tinha algumas construções e elas eram pequenas e logo de vista, mesmo com as minhas vistas embaçadas eu consigo ainda ver alguma coisa. Preciso me levantar e sair dessa chuva de vento e gotas geladas.

O problema seria como eu caminharia até um local árido e seco para me secar e me curar, passei a mãos nas pequenas construções que havia ao meu lado e segui em frente, passo por passo, até me deparar com um portão de ferro mássico todo enferrujado, parecia que um caminhão carregado tinha derrubado esse mesmo portão que eu estou apoiando. E que lindo portão que ele se encontra, A cada instante que passa minha visão melhorava aos poucos, eram a necessidade e circunstância que aos poucos eu estava me acostumando. Meu corpo estava mais Frio que um corpo em um necrotério, minhas pernas bambas a cada passo parecia querer parar. O que eu irei fazer se quando eu me soltar desse portão eu venha a cair de novo. Não tenho nenhum apoio no momento para me segurar, Só o que eu vejo é uma estrada e um monte de arvores sendo balançadas pelo o vento. Não Vejo-me casa em volta ou algum tipo de construções .

Isso não importa! Tenho que sair dessa chuva de qualquer jeito, Afirmei as minhas pernas e segui a estrada, caminhei por debaixo das arvores para poder não me molhar mais. Afinal eu já tinha me molhado. O pior não era estar encharcado de agua, E sim os ferimentos que eu estava sentindo. Eu estou entrando em estado de choque se eu não encontrar abrigo, Esse tempo e essas condições que eu me encontro não são favoráveis para a minha saúde. Vejo-me acabado nesse lugar, sem ninguém que eu conheço por perto, sem nada que eu possa fazer ou alguém para me auxiliar a estancar esses cortes, acho que vou acabar sendo enterrado como indigente em um pais estrangeiro , Não estou o meu passaporte , Não estou com dinheiro, não estou com exatamente nada nos meus bolsos, Que dia é esse que eu estou tendo

Se eu continuar assim, não chegarei aos meus 25 sem antes passar por uma cadeira de rodas e uns encaminhamentos medico para fisioterapia em minhas mãos. Chega de reclamar e pensar sobre o que ainda não aconteceu, tenho que dar um jeito de sair dessa chuva, mas como eu vou sair de uma estrada que eu não estou acostumado a passar e aonde eu vou me abrigar até essa chuva passar.

O Colecionador de IlusoesOnde histórias criam vida. Descubra agora