Meus faróis estavam quebrados, eu dirigia uma estrada que não enxergava, mas eu tinha um plano em mente, a música estava alta, eu ainda conseguia ouvir os gritos dos policiais, me dizendo qual era a lei.
Inclinei a cabeça para fora do carro, já que estava sem a porta do motorista.
Gritei:
T: Eu sou a lei, babacas!–Sorri com maldade.
Recoloquei-me no carro e apontei a arma para trás, sem ver exatamente para onde. O carro era preto e blindado, a escuridão também ajudava a camuflar.
Atirei três vezes enquanto olhava o retrovisor, o vidro do carro mais próximo havia sido atingido, ele perdeu o controle e bateu nos outros dois. Virei a rua quando percebi que havia os ocupado.
Desci os olhos para a estrada, a única luz da estrada vinha com velocidade na minha direção, fiz uma careta. Como já esperado, a pressão me levou para trás.
Eu me encontrava na década de 60, em uma vila calma, era uma tarde gostosa, o céu estava alaranjado, eu sorria para as pessoas que passavam por mim, elas me olhavam de cima para baixo e franziam a testa. Desci os olhos para o chão e vi que meus pés faziam pegadas de sangue, desfiz o sorriso.
Estava prestes a entrar e uma loja de chapéis. O dono já era um senhor, calvo e sorridente, fechou a porta na minha cara e virou a plaquinha pendurada na porta, agora a loja estava fechada. O senhor sorriu e deu um tchauzinho para mim.
Mulheres passaram e deram risadas.
Imitei a risada delas de forma debochada, elas voltaram os olhos para mim, que antes não estavam, e pararam de rir. Olhei para trás e vi um palhaço alegrando uma criança, as risadas não eram para mim.
O palhaço me encarava com uma cara brava, a criança chorava e sua mãe foi aconselhá-la e ao ouví-la apontou para mim furiosa, os policiais me viram e começaram a correr atrás de mim.
Eu corri, mas eles me pegaram, e me chacoalharam.
Abri os olhos lentamente, e pisquei para entender, sim, eu havia batido o carro.
Aqueles olhos de esmeralda me analisavam com desespero. Sua boca formava as palavras em câmera lenta. Fiquei ali, sem ouvir o que ele dizia.
Um beijo me trouxe à realidade. Arregalei os olhos e entrei em desespero. Com as mãos em seu ombro, o afastei.
Analisei seu rosto com a respiração ofegante.
Sua testa sangrava. Seus olhos encontraram os meus da mesma forma boba de anos atrás.
L: Ops...Oi T3ddy. -Falou e sorriu.
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Eu tenho um plano - L3ddy
FanfictionSentados na beira daquele prédio, de frente ao pôr do Sol, eu perguntei se ele queria voltar. Ele quis ficar e aceitou viver o risco de que sua vida poderia ser destruída à qualquer momento, ele gostava de estar comigo, e prometeu não desistir de mi...