Antes de começar, quero dizer que não achei algum vídeo com a tradução da música em português, se vcs tiverem interesse: The Japanese House- Cool Blue. A letra condiz muito com o capítulo.
Luba era o meu melhor amigo, e o meu primeiro amor, meu primeiro verdadeiro amor, depois que ele se mudou, eu não tinha motivos para querer acordar, eu não tinha forças para me manter forte quando as mesmas desgraças aconteciam comigo, eu não era feliz até conhecer ele, ele me salvou de mim, ele me fez feliz, e nós namoramos.
Depois que ele se mudou, eu escolhi caminhos errados, e me tornei o que sou hoje, quando eu soube que ele estava de volta próximo da onde eu ficava, que já não era o mesmo lugar que antigamente, eu bati na sua janela, e ele me deixou entrar. Nós fugimos naquela madrugada.
Sentados na beira daquele prédio, enquanto assistíamos o nascer do Sol, eu perguntei se ele queria voltar, ele quis ficar, ele aceitou viver o risco de que sua vida poderia ser destruída à qualquer momento, ele gostava, e prometeu não desistir de mim.
Mas como toda promessa de amor, essa também foi falha. Nós fomos pegos em um assalto armado, e fomos condenados à 5 anos de prisão.
Ele disse que estava cansado, e queria uma vida segura comigo, queria ter uma família e uma vida monótona, não que eu não queira ter filhos, eu não seria a segurança máxima deles, não os bancaria com dinheiro limpo, e eles seriam prejudicados, eu arruinaria suas vidas, porque não nasci para ter essa vida.
Demorou para que eu o convencesse de fugir de lá, prometi que depois disso, eu o deixaria, e, por mais que tenha doído em mim, eu o deixei.
T: Eu não me afoguei, bati o carro, babaca.- Comecei a levantar.
L: Eu não sabia se tu estava respirando, babaca.-Sorriu.
T: Você está bem?
L: É sério que tu tá perguntando isso pra mim?-Riu.
Ele levantou e estendeu o braço, segurei sua mão e levantei.
T: O que? Não, dá uma licencinha aqui por favor -O empurrei para o lado com as mãos delicadamente-Estou falando com a escuridão, minha velha amiga.
Eu mexia os braços e falava baixinho com a escuridão.
T: Então, como eu estava dizendo, antes desse indecente me cortar...
Ouvi seu riso sarcárstico.
L: Tu sempre foi bom com amizades. O que aconteceu com os outros, mortos ou presos?
Me virei para ele, que sorria de braços cruzados. Ele subiu os olhos com pressa quando nossos olhos se encontraram.
T: Estava olhando pra minha bunda?
L: O que?- Riu com nervosismo e sua expressão ficou séria, ele parecia tentar ser sério. –Eu estou pensando em como vou concertar essa merda que tu fez no meu carro. Achei que me deixaria em paz.
T: Luba – Me aproximei- Você quer dinheiro?
Coloquei a mão no bolso da calça, peguei sua mão e coloquei minha carteira nela. Sua mão estava fria, ele estava com frio.
Ele analisava minhas ações com uma expressão indignada, boquiaberta.
L: Como tu ousa ser tão...
Tirei a jaqueta, dei a volta nele e a coloquei com delicadeza nas suas costas.
Quebrei a tranca de um carro encostado com um chute, sem quebrar a janela.
T: Ah, você me deve uma balaclava.
L: Foda-se.
Sorri, e liguei o carro. A chuva começou a embaçar o vidro, e eu não podia ver se ele já havia ido, eu esperaria. Abaixei o vidro, ele estava caminhando, com a minha jaqueta, devagar, na chuva, o capuz cobria seu rosto.
O acompanhei devagarzinho com o carro. Ele acelerou os passos como se pudesse ir mais rápido que eu. Soltei uma risada boba, ele parou, eu parei o carro junto. Abri um sorriso, ele se manteve sério.
L: Eu não vou entrar.
T: Tudo bem, eu só estou te acompanhando. Não quero que se meta em encrencas quando descobrirem que o carro que bateu com o do bandido foi o seu, eles vão te fazer perguntas, e eu não quero que me entregue.
L: Aquele carro não é meu. –Voltou a andar.
Voltei a dirigir.
T: Então eu não te trouxe problemas, trouxe problemas ao papai.
L: Esse carro não é do meu pai.
T: Luba, eu sei que é do seu pai.
L: Esse carro não é do meu pai!
T: Então de quem é?
L: Eu...Eu não sei.
Soltei uma risada fraca.
T: Você roubou ele?
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Eu tenho um plano - L3ddy
FanfictionSentados na beira daquele prédio, de frente ao pôr do Sol, eu perguntei se ele queria voltar. Ele quis ficar e aceitou viver o risco de que sua vida poderia ser destruída à qualquer momento, ele gostava de estar comigo, e prometeu não desistir de mi...