Com as mãos espalmadas na parede do banheiro, Erica chorava copiosamente enquanto a pressão forte da água do chuveiro castigava sua pele sensível.
A sensação de derrota persistia em castiga-la. O gosto amargo da impotência a esmagava intensamente, sufocando-a.
O que poderia fazer? Como poderia agir?
Não seria hipócrita em dizer que não o desejava. Brian mexia com ela de certa forma, entretanto não se sentia confortável em estar sendo coagida, aliás, ninguém se sentiria.
Respirando profundamente, enrolou-se na toalha e em seguida saiu do banheiro.
Ainda era capaz de sentir os efeitos do toque dele em seu corpo. Podia escutar os sussurros de Brian em seu ouvido, as palavras firmes e ao mesmo sexy.
Erica mordeu os lábios em frustração. Sua cabeça encontrava-se tão confusa, assim como suas emoções.
Enquanto vestia sua lingerie ouviu seu telefone tocar. Apressou-se em atender:
- Erica falando.
- Erica, sou eu. Eliza.
- Oi, Eliza. – sentou-se na cama. Sua pele estava toda arrepiada em decorrência do ar frio que a abateu. – Está tudo bem?
- Ora, eu que pergunto. Estou na empresa, onde você está?
Erica suspirou pesadamente.
- É uma longa história. – respondeu em tom baixo. – Estou em casa.
- Mas... – calou-se por alguns instantes. – Certo, agora estou longe do curioso do Mathews. – comentou ela, entediada. – Você está passando mal ou algo do tipo? – quis saber com voz sussurrada.
- Mais ou menos. Você veio de taxi para a empresa?
- Argh! Fui obrigada. – respondeu sorrindo safada. – Estou com a cabeça explodindo, mas tenho bastante fofoca pra te contar.
Erica soltou uma risadinha.
- Eu supus que você tivesse sua perigosa. – comentou entre risos. – Quando você for almoçar, poderia pegar meu carro e trazer até mim?
- Seu carro está aqui?
- Sim.
- Por que? O que está acontecendo, Erica?
Erica voltou a suspirar.
- Explico quando você chegar aqui. – respondeu esfregando os olhos cansados. – Está com a chave do seu carro?
- Está na minha bolsa. Por que?
- Ótimo! Você vai precisar para abrir o meu, Eliza. Como você imagina trazer ele até mim, mulher?
Ela gargalhou.
- Nossa! Eu esqueço que temos o mesmo modelo de carro. – comentou ainda rindo. – Foi mal, mas ainda estou com a mente lenta.
Foi a vez de Erica sorrir.
- Estou até com medo de descobrir o que você andou aprontando.
- Que nada! Foram somente loucuras saudáveis.
Ambas gargalharam.
- Está bem. Esperarei você daqui a pouco.
- Logo estarei aí amiga. Agora vou desligar, pois a carranca do Mathews está começando a me assustar.
Erica gargalhou alto.
- Espero que ele não tenha escutado isso, Eliza. – brincou fazendo-a sorrir.
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Um Cafajeste no meu pé (Livro 2 da série Cafajestes_ APENAS DEGUSTAÇÃO )
RomanceLIVRO ÚNICO (APENAS CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO) Sentir-se bem em estar sozinha, sempre foi o que Erica mais priorizou na vida. Recheada de dramas que permeavam sua infância e adolescência, ela carregava a convicção de que era melhor estar só do que m...