Capítulo 6

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Com as mãos espalmadas na parede do banheiro, Erica chorava copiosamente enquanto a pressão forte da água do chuveiro castigava sua pele sensível.

A sensação de derrota persistia em castiga-la. O gosto amargo da impotência a esmagava intensamente, sufocando-a.

O que poderia fazer? Como poderia agir?

Não seria hipócrita em dizer que não o desejava. Brian mexia com ela de certa forma, entretanto não se sentia confortável em estar sendo coagida, aliás, ninguém se sentiria.

Respirando profundamente, enrolou-se na toalha e em seguida saiu do banheiro.

Ainda era capaz de sentir os efeitos do toque dele em seu corpo. Podia escutar os sussurros de Brian em seu ouvido, as palavras firmes e ao mesmo sexy.

Erica mordeu os lábios em frustração. Sua cabeça encontrava-se tão confusa, assim como suas emoções.

Enquanto vestia sua lingerie ouviu seu telefone tocar. Apressou-se em atender:

- Erica falando.

- Erica, sou eu. Eliza.

- Oi, Eliza. – sentou-se na cama. Sua pele estava toda arrepiada em decorrência do ar frio que a abateu. – Está tudo bem?

- Ora, eu que pergunto. Estou na empresa, onde você está?

Erica suspirou pesadamente.

- É uma longa história. – respondeu em tom baixo. – Estou em casa.

- Mas... – calou-se por alguns instantes. – Certo, agora estou longe do curioso do Mathews. – comentou ela, entediada. – Você está passando mal ou algo do tipo? – quis saber com voz sussurrada.

- Mais ou menos. Você veio de taxi para a empresa?

- Argh! Fui obrigada. – respondeu sorrindo safada. – Estou com a cabeça explodindo, mas tenho bastante fofoca pra te contar.

Erica soltou uma risadinha.

- Eu supus que você tivesse sua perigosa. – comentou entre risos. – Quando você for almoçar, poderia pegar meu carro e trazer até mim?

- Seu carro está aqui?

- Sim.

- Por que? O que está acontecendo, Erica?

Erica voltou a suspirar.

- Explico quando você chegar aqui. – respondeu esfregando os olhos cansados. – Está com a chave do seu carro?

- Está na minha bolsa. Por que?

- Ótimo! Você vai precisar para abrir o meu, Eliza. Como você imagina trazer ele até mim, mulher?

Ela gargalhou.

- Nossa! Eu esqueço que temos o mesmo modelo de carro. – comentou ainda rindo. – Foi mal, mas ainda estou com a mente lenta.

Foi a vez de Erica sorrir.

- Estou até com medo de descobrir o que você andou aprontando.

- Que nada! Foram somente loucuras saudáveis.

Ambas gargalharam.

- Está bem. Esperarei você daqui a pouco.

- Logo estarei aí amiga. Agora vou desligar, pois a carranca do Mathews está começando a me assustar.

Erica gargalhou alto.

- Espero que ele não tenha escutado isso, Eliza. – brincou fazendo-a sorrir.

Um Cafajeste no meu pé (Livro 2 da série Cafajestes_ APENAS DEGUSTAÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora