Capítulo 3 - Goods Girl's

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Malia
O dia começou realmente cedo, se é que eu posso dizer que começou, já que ainda está de noite. O peso sobre minhas pernas estavam me impedindo de levantar, mas não deveria estar tão pesada já que ... ah merda. Eu esqueci completamente que estava na casa do Scott e que ele me obrigou a deixar um espaço na cama... Com uma certa dificuldade, eu consegui tirar seus pernas sobre a minha, e me levantei lentamente para não acordá-lo, como se isso fosse adiantar.

━ Onde você vai ? Não sei se você percebeu, mas ainda está de noite. ━ A voz meia rouca do Scott fez com que eu parasse no meio do quarto.

━ Eu vou pra casa, meu pai deve estar preocupado, então.. Obrigada por me deixar ficar aqui, e por me emprestar sua roupa. Nós nos vemos na escola ━ Eu me aproximei da porta e quando estava perto da maçaneta, senti sua mão sobre a minha.

━ Deixa pelo menos eu te levar, você não pode sair assim sozinha, é perigoso demais. ━

━ Scott, não se preocupe, eu sei me cuidar. Eu fiquei sozinha durante oito anos, não é como se eu fosse uma criança inofensiva perdida na floresta. ━ Eu fui obrigada a sorrir, e antes que ele pudesse responder eu me retirei, com passos rápidos, evitando que ele viesse atrás de mim.

Eu sempre gostei de ir pela floresta, afinal, é o lugar que eu conheço como a palma da minha mão, e é um lugar que eu me sinto bem, livre. Hoje a lua não é cheia, com sorte eu ainda consigo ter total controle de mim, e sei que não vou machucar ninguém! A neblina forte consegui me impedir de enxergar com clareza, e os barulhos de passos fez com que eu acelerasse o passo, talvez tivesse sido melhor se eu tivesse aceitado a carona do Scott.

A ventania se fez presente, as folhas secas que a minutos que estava no chão, agora está voavam por todo lado, meu cabelo bate com força sobre meu rosto. Eu senti uma presença bem atrás de mim, mas quando eu me virei, só vi a escuridão, mas o susto foi maior assim que eu retornei minha caminhada.

Eu consegui ver uma silhueta masculina um pouco a minha frente, e lentamente a pessoa se aproximou de mim. Eu senti minha pele gelar, meu coração acelerado, e a respiração ofegante.

— Eu sinto muito por te assustar, essa não foi a minha intenção! — Eu percebi que estava estranha, e pude escutar meu rosnado, tentei o máximo controlar minha respiração, e pensar em algo que não fosse atacar aquele belo moço.

— Sabe, eu poderia facilmente te matar. — As palavras saíram sem meu concedimento. Eu estava preparada para seguir meu caminho quando a mão gelada tocou minha pele, fazendo com que uma sensação estranha se formasse em meu corpo.

— Não, você poderia facilmente tentar, assim como todos. — As palavras dele saírem em tom de deboche e após elas serem ditas, o rapaz sorriu e piscou.

— Você é muito abusado, sabia? agora já pode soltar meu braço, e me deixar ir embora? Ou eu vou ter que usar a força pra isso? — Não foi preciso de muito para que ele soltasse, o sorriso permaneceu em seus lábios, ele me era familiar, mas de onde? — Obrigada! — Eu disse enquanto me afastava deixando o belo moço desconhecido para trás.

— Ainda vamos nos encontrar, Malia. — Assim que ele disse meu nome uma sensação estranha me dominou, como ele sabia meu nome? Quem é ele? Eu paralisei ali mesmo, e quando girei meu corpo novamente encontrei a escuridão, e nenhum sinal dele.

****
A resto da noite passou rápido, depois do episódio estranho que eu passei, fui direto para casa e com sorte meu pai estava dormindo, então eu não teria que passar por todos aqueles discurso de pai. Eu fui direto pro meu quarto, e me joguei na minha cama observando o teto que possui algumas luzes que meu pai havia colocado quando eu era pequena.

you keep me without chains | SCALIA HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora