Ele acendeu o cigarro e me olhou, fiz uma expressão de desaprovação. Ele apagou.
T: Por que tudo, menos isso?
L: Porque meu pais fumavam muito, foi assim que minha mãe teve câncer de pulmão.
T: Mas ela está bem.
L: Porque ela parou.
Ele balançava os pés.
T: Mas o álcool poderia causar danos tão graves quanto.
L: É que-Peguei sua mão. -Eu não quero te privar de tudo, afinal tu é a lei.
T: Você é minha lei. –Empurrou meu livro para o lado e me deu um beijo.
Um beijo intenso e carinhoso. Minhas mãos estavam em seu rosto e as suas no meu pescoço.
Ouvimos os policiais invadirem com gestos brutos.
T3ddy arregalou os olhos e sorriu lindamente. Ele parecia gostar de sentir medo, ou de arriscar sua vida.
L: T3ddy que merda!-Sussurrei querendo gritar.
Ele riu e fez sinal que eu ficasse em silêncio.
T: Eu tenho um plano. -Sussurrou.
Fiz que sim com a cabeça.
Seus dedos brincavam com seus lábios, ele estava flertando. Mordi meus lábios e ele sorriu para mim.
L: T3DDY! –Gritei em sussurros.
T: O que?!
L: O plano, qual é?
T: Ah sim..Precisamos descer.
L: O que? Os policiais estão lá!
T: Você prefere sair daqui escalando?-Falou com ironia, mas seus olhos acabaram apontando para algo-Com aquela corda ali?
Ri de nervoso.
L: Ta falando sério?
Ele fez que sim com a cabeça.
T: Mas nós não precisamos sair do nada.
Policial narrando
Eu os procurava, com passos lentos e cuidadosos, nós nos dividimos para procurar.
-Adolescentes idiotas. –Resmunguei andando.
Levei um susto ao ver um vulto, ao colocar a lanterna na direção, vi que era um homem moreno, uniforme preto como o meu, um topete de cantor sertanejo e uma barba bem feita, sua expressão era séria.
Mesmo estando perto de mim ele me fez atender o rádio.
-Não tem nada por aqui, câmbio.
-Você está do meu lado, não precisa do rádio.
Novamente meu rádio tocou.
-Me desculpa, câmbio. - E voltou a circular.
Diminuí os olhos e fiz que não com a cabeça.
Ele estava caminhando para a saída.
-Ei!
Ele virou.
-Eu não conheço você, por que não veio com a gente?
Ele abriu a boca para responder mas seu rádio tocou. Ele falou e desligou.
-Preciso ir, câmbio.
Ergui as mãos com a arma enquanto ele estava de costas, uma mão forte abaixou meu braço e uma arma apontava para minha cabeça.
Eu não me movi, ele pegou minha arma, e colocou algemas nas minhas mãos que doíam com a pressão que ele colocava para juntas elas nas minhas costas, me derrubou no chão com um trupeçar, e saiu. Tudo em pleno silêncio.
Ele saiu andando devagar, era loiro, e mais alto que o moreno, que já estava mais próximo da saída, de costas para o amigo, rodopiou a arma e o loiro soltou uma risada besta.
T3ddy narrando
L: Acho que eu ainda tenho jeito. –Ouvi sua voz convencida dizer.
Ele girou a arma com o indicador e atirou no vidro da porta. Recuei com tudo para trás.
Estendi a mão para ele me dar a arma, ele a jogou para dentro do shopping.
T: Eu poderia precisar, babaca.
L: Tu tem à mim.
Os outros policiais ouviram o barulho e vinham correndo na nossa direção, nos mandando ficar parados.
Peguei a mão de Luba e entramos no carro.
L: Eu sou a lei, babacas!
Sorri.
T: Da última vez que fiz isso perdi meu carro blindado.
Os dias passaram, e o Luba não voltou para casa.
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T: Isso é um assalto, todo mundo no chão! –Gritei com firmeza.
Peguei os salgadinhos, as bebidas e o dinheiro. Sai.
Entrei no carro com Luba e tirei a balaclava. Ele começou a dirigir.
Gemi de cansaço.
L: É chato precisarmos especificar que é um assalto, tu tá com uma arma.
Ri.
T: Tem razão, da proxima vez eu envio uma carta antes de assaltar, marcando o horário e descrevendo os assaltantes.
Ele riu.
L: Talvez seja melhor manter o bordão.
T: Talvez pudéssemos criar uma lei, eu entraria gritando "Eu sou a lei!"
L: Não deixaria claro que tu é um assaltante.
T: Ah, obrigado pela balaclava. Preciso esconder minha beleza estridente para entrar no modo assaltante.
Ele estava cantando a música do rádio, e eu o interrompi.
T: Você quer fugir da cidade, e tentar recomeçar uma vida?
Ele me olhou com olhos curiosos.
Depois de um breve silêncio, ele sorriu.
Olhei para a estrada, um caminhão vinha tentando se equilibrar. Uma pressão muito forte. Uma dor, e eu apaguei.
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Eu tenho um plano - L3ddy
FanfictionSentados na beira daquele prédio, de frente ao pôr do Sol, eu perguntei se ele queria voltar. Ele quis ficar e aceitou viver o risco de que sua vida poderia ser destruída à qualquer momento, ele gostava de estar comigo, e prometeu não desistir de mi...