Chapter 18 | I'm Really Don't Know Him.

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Três dias.

72 horas.

829.440 minutos.

49.766.400 segundos.

Deuses.

Como eu calculei isso?

Deve ser por que eu não tenho nada para fazer, e por que esse seja o tempo que eu estou aqui. Presa nessa casa - ou cabana -, com Harry e sua obsessão maluca por mim.

Por que eu o abraçei aquele dia?

Dó.

Pena.

Caridade.

Ou por ser trouxa.

Talvez todas as opções acima.

Escutei a porta do meu quatro ser destrancada - sim esse maluco me tranca no quarto - e logo uma figura alta entra.

- Mon Ange. - ele disse com a voz um pouco mais rouca que o normal. Como a de alguém que acabou de acordar. - Sei que está acordada.

Como estou deitada na cama, com pelo menos umas quatro ou cinco cobertas acima de mim, me senti um pouco protegida. Londres e seu frio escaldante.

- Sou toda á ouvidos. - respondi, nem me dei ao trabalho de olhar para o mesmo.

Harry suspirou.

- Okay. - murmurou com a voz arrastada. - Quando resolver sair desse emaranhado de cobertores, desça pois seu lanche da tarde está pronto. Deixarei a porta aberta. - falou por fim, e eu escutei seus passos indo até a porta.

Quando ele saiu, suspirei, saindo de baixo daquele mar de cobertores.

Me levantei - mesmo estando um frio dos infernos - e fui até a cômoda do quarto, olhar meu rosto, que estava o mesmo: Pálido e opaco. Bem parecido com a cor dos meus olhos.

Caminhei até a porta, porque, felizmente eu estou com um pijama de lã e mais um moletom. Então, sem frio algum.

Coloquei minha mão na maçaneta e a girei, percebendo que estava mesmo aberta. Saí daquele sótão e desci as pequenas escadas que tinham lá.

Acabei quase caindo.

Okay, talvez nem tão pequenas assim. Eu diria médias. Ou grandes.

Mal tinha colocado os pés no chão, e já senti o cheiro de chocolate e hortelã invadir minhas narinas, juntamente com duas mãos em minha cintura.

Harold.

- Se está assim agora, nem imagino quando passar uma noite comigo, amour. - sussurrou em tom de deboche em meu ouvido.

Revirei os olhos, tentando me soltar.

- Está com fome, não? Bem, depois de comer, vamos dar um passeio lá fora. Está nevando. Sei que gosta de neve. - ele disse saindo de trás de mim, e indo para minha frente. - Okay? - perguntou e moveu sua mão para meu rosto, o acariciando. - Está pálida.

- Eu sou pálida. - murmurei.

Ele sorriu.

- Mais pálida que o normal. Parece a Isabella Swan. - falou olhando no fundo dos meus olhos. Seu olhar era tão penetrante. Impossível de se desviar.

É tão peculiar o efeito que ele tem sobre mim.

- Okay. - respondi simplesmente.

Ele alargou seu sorriso.

- Minha dama. - ofereceu seu braço.

Sorri levemente. Estava praticamente hipnotizada por suas orbes verdes.

PSYCHOPATH  |  Harry Styles (EM HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora