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Youngjae era um garotinho sensível que sofria de depressão. Ele achava que a vida não tinha motivos para ser vivida, ainda mais diante de tudo que acontecia com ele.

Garotinho não é a palavra ideal para defini-lo, já que o mesmo tinha quase 17 anos, porém ele agia como um garotinho e, no abrigo em que ele vivia, era tratado como se fosse um.

Sua vida nunca foi fácil, desde pequeno ele sofre pela falta de sua mãe, que morreu quando o mesmo era apenas uma criança indefesa, e por isso teve de viver no orfanato da cidade.

[...]

Jackson estava muito feliz. Era seu primeiro dia como voluntário no abrigo. Seu sonho sempre foi ajudar pessoas ou cuidar de crianças e agora era isso que iria fazer.

Já havia arrumado tudo. Iria passar uma semana lá. Preferiu optar por dormir lá já que o lugar era um pouco afastado do centro.

Chegando no local ele foi apresentado para as crianças que segundo ele eram os seres mais fofos do mundo.

Uma senhora que era encarregada de cuidar das crianças naquele horário havia dito a Jackson que uma das crianças não estavam ali. Segundo ela não era bem uma criança pois já tinha 16 anos.

— Senhora Park — uma garotinha apareceu correndo parando entre os dois tentado recuperar o fôlego.

— O Youngjae está chorando e disse que não quer comer e nem ver ninguém hoje.

— Mais uma de suas crises não é? — Senhora Park disse fazendo a garotinha balançar a cabeça positivamente.

— Jackson, já que está aqui para ajudar, vá até Youngjae e tente ajudá-lo e não pense que vai ser fácil — a senhora disse olhando para Jackson com tristeza ao falar do garoto.

A garotinha que avisou sobre o menino Youngjae guiou Jackson até seu quarto que estava com a porta fechada diferente de todos os outros daquele corredor.

Jackson bateu na porta ouvindo Youngjae dizer que não queria falar com ninguém. Então girou a maçaneta com um pouco de medo, abrindo a porta e entrando em seguida.

Ao abrir a porta ele encontrou um menino que mais parecia um anjinho vestido com um moletom rosa e calças rasgadas. Seus olhinhos estavam vermelhos assim como seu nariz.

— Eu sei que não quer falar com ninguém mas eu só quero ajudar — Jackson disse ainda com receio da reação do garoto.

Jackson fez um gesto como se estivesse pedindo permissão para sentar na cama apenas recebendo outro gesto de Youngjae indicando que ele podia sentar.

— Quem é você? — Youngjae perguntou baixinho e se não fosse o silêncio que se instalava no local Jackson nem teria escutado.

— Eu me chamo Jackson, sou o novo voluntário daqui — Jackson disse com um sorrisinho no rosto.

— E por que está se preocupando comigo? Eu não mereço isso, mereço morrer — Youngjae disse baixo ainda de cabeça abaixada.

— Ei garotinho, não fique assim, todos merecem viver, e mesmo que a vida pareça não ter sentido, sempre deve haver esperança — Jackson disse levantando a cabeça do menino com o dedo indicador e dando um sorriso amigável a ele.

sensible | jackjaeOnde histórias criam vida. Descubra agora