Mais um dia

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Vyolet
Droga! Acordei de novo.
Enquanto me lamentava no meu subconciente fui me arrumando pra mais um dia na minha "querida escola". Desci com cheiro de pão queimado.
Pai ----bom dia filha, fiz umas torradas pra tomarmos café da manhã. Queimou so um pouquinho...
Eu ----bom dia, so um pouquinho? Então a torrada e de chocolate?
Pai ---- depois que sua mãe morreu nada mais é igual
Eu ---- é, perdi a fome pai, desculpa vou indo pro colegio
Pai ---- ok, mais so se levar uma torrada
Eu ---- ta bom. Peguei uma torrada, chamei o motorista do meu pai e fomos a caminho da escola joguei a torrada dentro da bolsa.
Enquanto estavamos a caminho ainda fui lembrando da cena de minha mãe morrendo, isso me doia ela morreu se foi nunca mais vou ver teu sorriso todas as manhãs, sentir o cheiro de cokies a tarde com um copão de chocolate quente.
Quando percebi ja estava em lagrimas e ja tinhamos chegado na porta da escola.
Eu ---- obrigada filipe, avisa ao meu pai que eu vou voltar andando
Pai ---- você quem manda
Entrei na escola e os olhares e os cochichos começaram,ja estavam me encomodando quando eu vejo um sorriso de longe, aquele sorriso me feria por que eu sabia que so eramos amigos eu presa em meu transe quando ele vem fala comigo
Gabriel ---- oii princesa, que que foi que ta tristonha??. Falou e fez cara de preocupado.
Eu ---- que nada bobão, to bem sim. Falei e sorri
Ele me olhou desconfiado, mas acabou acreditando, fomos em direção a sala e então passamos todas as aulas converssando sobre coisas aleatoria.
Acabou as aulas eu e Gabriel estavamos ja do lado de fora.
Biel ---- eai princesa você não vai embora não?
Eu ---- sim Filipe ja vem me buscar. Menti um pouco, eu queria ficar sozinha pra pensar, ficamos em silencio por um tempo até que ele quebra o assunto.
Biel ---- você parou com aquilo neh pricesa??
Eu ---- hã? Aquilo oque??. Me fiz de desentedida
Biel ---- você sabe...os cortes, você sabe que gosto muito de você e quando você se machuca, acaba me machucando junto.
Eu ---- eu sei, parei sim. Outra mentira, você de via gostar de mim do jeito certo, não so como amiga.
Biel ---- ta bom anjo, eu vou indo pra casa, qualquer coisa e so me ligar.
Eu ---- ok biel.
Ele beijou o topo da minha cabeça e foi.
Passei numa sorveteira que ficava de frente pra escola, pedi um açaí ate dar o tempo do biel chegar em casa e eu não trombar com ele.
Fui tomando açaí e andando e percebi que ja não estava mais no rumo de casa, mas como ja estou aqui por que não continuar a andar sem rumo, sem problemas, apenas eu... livre.
Tinha uma decidona e uma rua longa e alta mais eu estava corajosa hoje então apenas fui...
Chegando na entrada do bairro, muitos moleques me cercaram e apontaram armas pra mim.um deles gritou...
Serzinho ---- patrão, uma mina tentando entrar no morro e a filha de um verme ai, deixa entrar ou mata.
Um cara alto branquinho moreno com os olhos escuros abriu espaço nos muleque que me barraram e disse.
O tal do patrão ---- oque você ta fazendo aqui?. Ele me olhou serio, parecia que ele estava vendo o fundo da minha alama.
Eu ---- des- desculpa eu estava apenas andando e vim parar aqui. Gaguejei e ele me olhou friamente e disse.
Patrão: deixa ela entrar eu conheço o pai dela.
Eu ---- não conhece não. Olhei pra ele confusa
Patrão ---- ok, pergunta pra ele sobre o Miguel, quer saber Matias, liga pro pai dela vir buscar ela e avisa que ela vai ta em casa.
Matia ---- ta bom cara ja to ligando.
O tal do Miguel me olhou po um tempo e disse
Miguel ---- vem pra casa, seu pai ja ta vindo e não e bom a filha de um policial ficar aqui na favela sozinha.
Eu ---- ok, mas se você tentar alguma coisa eu tenho spry de pimenta e não vou ter medo de usar em você.
Ele apenas sorriu e balançou a cabeça positivamente, e fomos em direção ao topo do morro, não demorou mutio e chegamos num casão com uma bela vista pra morar,ou morrer estava presa nos meus pensamentos quando vejo ele me olhando ja na porta.
Miguel ---- entra ai, ve se fecha o portão
Eu ---- ok. Entrei dentro de sua casa.
Miguel : ---- senta, ou vai querer ficar de pé? Não vou ficar falando oque é pra você fazer não. Me olhou serio
Eu ---- ta calma ue. Tirei o casaco de frio que eu estava usando por conta do calor e sentei. miguel ficou me encarando se sentou do meu lado eu fingi que não vi, fiquei olhando pros lados ate que ele pergunta.
Miguel ---- seus pulsos ainda ardem. Olhei pra ele assustada, puts meu braço ta amostra
Eu ---- oiie? Doque você ta falando disfarcei.
Matias ---- o pai da garota chegou...
Eu ---- ata, xau matias e xau Miguel. Entrei no carro e apenas fui embora no silencio com meu pai
Miguel

Eu segui com o olho ate o carro do policial virar, escuto matias falando algo, mais não entendo.
Eu ---- Cara repete que eu to com a cabeça em outro lugar
Matias ---- mo gata neh. Olhei pra ele serio
Eu ---- se loco tio não e pro teu bico. Digo dando um taoa em sua cabeça.
Matias ---- calma parça so tava falando
Eu ---- ta mano mas o pai dela e policial e parça nosso ou seja ela não e pro nosso bico, se contenta com as vadia daqui
Matias ---- tranquilo cara ja acostumei, agora vamos que temos que resolver um bagui ai.
Decemos o morro abaixo mas não conseguir esquecer aquela garota e seus pulsos , que droga cara vou ter que parar com isso sem apego sem sofrimento.

a Suicida e o Dono do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora