Chapter 3

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     Louis P.O.V

         Escuto meu celular despertar com a música Hear Me Now do Alok, Bruno Martini feat. Zeeba. Me levanto rapidamente, com um entusiasmo estranho - já que é raro eu acordar disposto em dias de trabalho -, faço minha higiene pessoal e vou a procura de uma roupa, obtenho por colocar uma calça skinny, uma camiseta com a frase "The Future Is Now" , e meus velhos vans surrados.

         Antes de descer para garagem, faço um chá rápido, com torrada e geleia de goiaba. Pego minha BMW e vou tranquilamente à loja. Chegando lá encontro minha mãe, arrumando algumas prateleiras e colocando alguns doces nas vitrines.

- Mamãe? Oque faz aqui hoje? Pensei que tivesse ido visitar sua amiga - Estranho a sua presença, mas vou até a mesma e dou um beijo estalado em sua bochecha.

- Oh ... me esqueci de te avisar Boo, eu não vou mais, ela disse que tinha algo a resolver com seu filho - Dizia e fazia algumas anotações - Se você não se importar ficarei aqui hoje, enquanto você faz as entregas. Tudo bem?

- Sem problema algum mamãe - Sorrio para ela. Pego as anotações e caixas com os doces que serão entregues, e levo-as para a van. Destravo as portas de trás, coloco tudo lá dentro e regulo a temperatura - isso ai, um regulador de temperatura, muito eficaz a propósito, já que era horrível ter que ficar indo e voltando sempre para poder buscar algo que tivesse ficado na loja, e quando ia todas as entregas, elas estragavam-se -, arrumo as coisas, e tranco tudo.

- Pensei que você iria achar ruim, já que você odeia tanto fazer as entregas.. - Diz minha mãe num tom risonha, e ajeita seus cabelos num rabo de cavalo. E era verdade, eu odiava, já que muitos dos clientes eram esnobes e mesquinhos, muitas vezes nem um "obrigado" diziam, e isso me deixava irritadissimo, já que eu não podia nem retrucar um "agradecer é bom e eu gosto".

- Bem, se fosse em qualquer outro dia eu acharia mesmo, mas hoje por incrível que pareça eu acordei com um bom humor. E espero que eu continue assim até o fim do dia - Sorrio, e vou para o lugar do motorista na van, me arrumo e ponho cinto - Já vou indo, porque se já não bastasse nem dizerem "obrigado" eles daqui a pouco vão reclamar pelo atraso de um segundo que eu tiver. - Manobro a van para sair da garagem, e escuto minha mãe gritar um "se cuide", e vejo-a acenar.

****

         Quase no final do dia, e com o crepúsculo vespertino a dar seus indícios de começo da noite, tenho quase todas as entregas concluídas. Só me restava mais uma, e algo nela me deixava muito intrigado, pois seu endereço era muito familiar, só não conseguia reconhecer. Selecionei o local no GPS, e segui as instruções do mesmo.

         Ao chegar lá, me supreendo ao me deparar com o lugar, era a tão renomada empresa, que tinha vistos dias atrás. Fico alguns minutos parado ali dentro da van, imaginando o quão burro fui por não ter reconhecido antes. Me dou por vencido, e enfim decido sair e pegar as coisas no compartimento de carga, fazendo isso, entro no hall da entrada e vou direto a recepção.

         Enquanto ando, percebo várias olhares sob mim, só não sabia se eles estavam me achando bonito ou por eu estar com uma roupa quaisquer num local requintado como aquele. Dou de ombros, e continuo a andar, avisto a recepcionista conversando no telefone, e tento chamar sua atenção tossindo. Vejo-a me olhar de cima a baixo, como se estivesse me analisando, reviro meus olhos, e espero ela vim me atender.

- Boa tarde, oque desejas? - Diz sem nem ao menos olhar em meu rosto - vagabunda -

- Tenho uma entrega aqui, em nome do Sr. Styles. Queria saber aonde eu à deixo? - Digo meio rapidamente e com tom de irritação, aquelas caixas estavam pesando e aquela moça não estava ajudando com essa demora.

 A Forbidden Passion (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora