I point my finger but it does me no good
I look in the mirror and it tells me the truth
Why all these lessons always learned the hard way?
Is it too late to change?
- Katy Perry
Nessa segunda-feira, houve a troca de uniformes. Aqui no Colégio Versalhes usamos um sistema muito semelhante às escolas japonesas: na primavera-verão usamos o uniforme de verão, e no outono-inverno usamos o uniforme de inverno. Embora a mudança seja bem sutil - como cor, tecido e textura - os coordenadores e o pessoal do Grêmio Estudantil fazem o maior escândalo com os alunos que não seguem corretamente o calendário.
E foi aí que eu me toquei sobre a semana de trocas de uniforme. Essa semana é também conhecida como “Semana de Estudos”, onde todos os professores fazem revisão geral das matérias do primeiro trimestre de aulas. Enfim, é a semana que antecede as avaliações trimestrais. Eu, que estava tão concentrada com os treinamentos para a missão de resgate da Área 239, “surtei” ao me dar conta que não estudei absolutamente nada.
Assim como eu, muitos alunos sofrem da tal “Tensão Pré-Prova”. É algo que eu tenho desde os onze anos de idade. Posso ir para um curso, tomar café o dia inteiro, abolir todos os computadores ou TV’s e celulares de casa e virar a noite estudando. A frase: “Para quem estudou está fácil.” nunca surtirá efeito em mim.
Em questão de notas e provas, eu sempre me dediquei muito. Não que eu seja um daqueles alunos que passa os fins de semanas e as férias estudando. A dedicação vale a pena no final, quando você olha a sua nota e percebe que irá passar de ano mais cedo que os outros. Por isso é sempre bom você começar com o pé direito no primeiro trimestre.
Carol decidiu, então, criar um grupo de estudos. Chamou-me, além de Juliana, Alice e o Thiago Cavalli. Ele é o garoto que tira as melhores notas da nossa classe, e porventura, Carol pediu-lhe que entrasse.
Hoje é o primeiro dia de estudos no nosso grupo. Seguindo o calendário de avaliações, estamos nos focando em matérias de exatas: matemática e química. Juliana está tentando me ajudar a resolver um problema de geometria. Percebo muitas vezes que ela se irrita comigo durante suas explicações. Tenho a leve sensação que me considera uma burra da matemática. Isso é uma das coisinhas que me irrita na Juliana. Ela pode ser santa e tal, mas não seguir suas mesmas opiniões ou pensamentos deixa-a irada.
— Não é assim que se faz. – ela vocifera, irritada. – Você prestou atenção nessa aula?
— Deixa que eu explico para ela, Juliana. – diz Carol, pedindo que a ruiva sente-se em outra carteira. – Eu e a Alice também estamos tentando achar o “x” desta questão aqui.
Subitamente, ouço o barulho de alguém batendo na porta:
— Pode entrar! – exclama Alice, sem tirar os olhos de sua folha de exercícios.
O ser continua batendo na porta, de forma insistente. Estou começando a ficar irritada. Noto que ele está fazendo uma sequência de notas musicais na madeira. Há algumas risadinhas no fundo, que reconheço de algum lugar. Perco a paciência e dirijo-me até a porta. Quando eu vou colocar a mão na maçaneta, os engraçadinhos começam a puxar a porta para trás. Travamos uma briga entre eu e dois idiotas da pré-escola.
Finalmente crio impulso e puxo agressivamente. Sou jogada para trás da parede, enquanto um deles se segura na maçaneta. Saio de trás e olho para Guilherme:
— O que é que vocês querem?
— Viemos estudar! – diz Guilherme, recompondo-se e entrando na sala. Coloco o meu braço direito na frente dele, impedindo que ele avance. – Tá! Viemos falar com o Thiago.
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Paralelo
Ciencia FicciónHenrique Martin e Rafaela Escarlate são dois jovens estudantes, habitantes da metrópole Light City. Ambos tiveram uma forte relação no passado, porém atualmente tratam um ao outro como meros conhecidos. No entanto, um acontecimento sobrenatural e...