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• Barbara

E lá estava eu, olhando para o nada pensando na vida. Já não sentia mais a dor da bicada da galinha, o beijo que recebi no dedo tinha mesmo sarado. Sorri involuntariamente. Mas quê merda eu estou pensando, até parece que o beijo daquele caipira iria resolver, a dor passou porque não foi nada de mais.

- Filha. - vejo minha mãe vir até mim, ela estava com minha roupa, aqui eu vim para cá.

- Sim. - me levanto do chão.

- Vá se trocar. - ela me dá minha roupa. - Liam te levará para dar queixa ao assalto que sofreu e também para comprar roupas, eu deixei o dinheiro em cima de sua cama. Olha não é muito, então compre o necessário.

- Tá bem. - assenti e entrei para dentro da cama.

Não vi Liam no caminho, para o quarto que estou hospedada. Entro nele que é um quarto simples, cama no canto do quarto, um armário pequeno do lado da cama e uma estante perto da porta. Deixo a roupa na cama e pego as notas de cem que estava lá, contei e só havia duzentos dólares. Com isto só da para comprar quatro pares de roupa, a menos que as roupas aqui sejam baratas e se for baratas, não são de qualidades.

Acabo bufando frustrada, deixo o dinheiro na cama e tiro a roupas de Liam, visto meu único para de lingerie, me sinto mais confortável com ela. Assim não terei uma certo caipira olhando de relance para o bico dos meus seios. Pois é, ele não sabe disfarçar, percebi as olhadas dele, até parece que nunca viu mulher assim. Deve que não mesmo, só loucas como eu para ficar assim perto dele.

Término de me arrumar calçando minhas botas de cano curto, eu estava bem mais apresentável do que quando cheguei aqui. Arrumo meu cabelo deixando em um coque mau feito. Pego os míseros duzentos dólares colocando em meu bolso da calça que estou. Saí do quarto trombando em alguém no corredor, com uma muralha isto sim, só não fui parar no chão por milagre.

- Opá. - sinto uma mão na minha cintura.

- Tu não olha para onde anda? - digo irritada com ele, eu também tiro sua mão da minha cintura, não me lembro de ter pedido ajuda a me equilibrar.

- Ah, mas ieu tava passando, se atiro neu. - ele dá um passo para trás, melhor assim.

- Até parece. - passei, indo na frente dele.

Eu sentia seu olhar queimar sobre mim, eu não estava rebolando. Mas sabia que ele secava meu traseiro. Para provar isto, parei no corredor antes de descer as escadas e ele trombou em mim.

- É pelo jeito eu é quem me atiro nas pessoas. - viro meu rosto vendo ele com a boca aberta, praticamente babando.

- fez de proprosito. - ele chacoalha a cabeça.

- Sim, para ter a certeza que estava olhando minha bunda. Você é um tarado pervertido mesmo. - dei os ombros descendo os degraus.

- Ieu? Tarado não. - diz na defensiva.

- Ah sou eu então. - eu gesticúlo com as mãos nos ombros.

- é muito chata, tem qui i sim bora logo.

- E você não acha que eu desejo isto também, ainda mais do que você. - chegamos na sala. - Assim não vejo essa tua cara feia.

- Ieu num sou feio, coisa ninhuma. Tu se acha muito mocinha, só porque é de cidade grande.

Passei pela porta, querendo bater a mesma na cara dela, mas não deu.

- Eu não me acho não. - cruzo os braços, como uma garota birrenta.

O Caipira  || Liam Payne ||Onde histórias criam vida. Descubra agora