Capítulo 1

12.7K 728 63
                                    

     Meu nome é Nyele, tenho 16 anos.

   Trabalho na taverna do meu pai, um homem que é muito respeitado por saber negociar, ele manteve nossa família bem, sendo que aqui onde moramos a Baía da Hidra, é um lugar um tanto difícil de se viver, pelo fato de ser dominada por piratas, os H...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Trabalho na taverna do meu pai, um homem que é muito respeitado por saber negociar, ele manteve nossa família bem, sendo que aqui onde moramos a Baía da Hidra, é um lugar um tanto difícil de se viver, pelo fato de ser dominada por piratas, os Hidra, oque deu nome ao lugar como pode se ver, eu sou filha de cigana por isso as roupas e os adereços, me orgulho muito disso. Bom, nada de mais acontecia na minha rotina, eu só servia as mesas, às vezes (quase sempre rs) acontecia uma briga entre os homens, seja por uma mulher ou por estarem muito bêbados, eu apenas ria de longe enquanto os outros tentavam separar ou resolver oque estava acontecendo, minha mãe os atendia no balcão, ela era linda, meu pai teve sorte.
       Nessa manhã eu acordei pronta para mais um dia normal, sem esperar que algo aconteça, olhei o mar pela janela, navios partiam a todo momento, mas por algum motivo hoje eles estavam parados, não tinha movimento nas docas a rua do cais estava quase vazio sem os navegantes.
- Nyele! Venha logo!
      Minha mãe me chamava, parecia ter alguma coisa acontecendo pelo tom de sua voz. Desci apressada com meu vestido preferido, passei só um batom pra não me sentir tão nua, fui até ela que estava sentada em uma mesa, me sentei e dei um beijo em seu rosto.
Nyele- Oque houve mãe ?
Mãe- Você não deve servir as mesas hoje me ouviu ?
Nyele- Por que, oque está acontecendo?
Mãe- Algo vai acontecer, não reparou no cais ? Me escute, fique em seu quarto.
Nyele- Sim, mãe.
        Comi oque tinha de café da manhã e subi, logo ouvi os homens chegando,a algazarra de sempre, risos altos e conversas, eu apenas fiquei lendo e olhando o horizonte pela janela, o céu estava lindo, como eu queria poder ter uma vida diferente, estava cansada dessa vida pacata, quero ter algo a mais, quero conhecer lugares novos, pessoas novas, fiquei um tempo pensando em minha cama, então dormi.
         Acordei com batidas na porta, já estava escuro, as estrelas brilhavam como nunca, fui até a porta e era meu pai.
Pai- Por que ficou no quarto ? Precisei de você hoje.
Nyele- Mamãe disse que era pra mim ficar aqui.
Pai- Sua mãe está só preocupada com mais um de seus pressentimentos, não ligue, desça e me ajude lavando os copos e servindo as mesas.
Nyele- Pai, por favor.
Pai- Tudo bem, só um pouco, depois você pode subir novamente.
Nyele- Então tá, mas se eu ficar com problemas com a mamãe eu vou dizer que você que mandou.
Pai- Eu me viro, pode deixar.
        Desci seguindo ele, que foi para trás do balcão, fui em direção a cozinha e comecei a lavar a louça. Após eu terminar, fui até uma mesa pegar os pedidos e comecei meu trabalho, fui e voltei das mesas algumas vezes, as conversas não cessavam, estavam bem ativos hoje, ao contrário do que imaginei por causa da rua, fui pegar outra leva de cerveja pra mesa de uns marujos e quando voltei a mesa distribuindo as bebidas, a taverna toda ficou em silêncio com um grito de um dos homens.
Homem- Ele e sua tripulação estão vindo!
        Foi tudo oque disse, mas de quem ele estava falando ? De repente um homem entra pelas cortinas seguido de outros.

     Ele era belo, nunca o tinha visto, olhei para meu pai, ele parecia espantado, minha mãe ficou paralisada, até então o homem não tinha olhado para mim, mas um de seus companheiros me viu, ele falou no ouvido do capitão que lhe entregou a másca...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

     Ele era belo, nunca o tinha visto, olhei para meu pai, ele parecia espantado, minha mãe ficou paralisada, até então o homem não tinha olhado para mim, mas um de seus companheiros me viu, ele falou no ouvido do capitão que lhe entregou a máscara e se virou em minha direção, deu um sorriso de lado e começou a caminhar até mim, o encarei, pois não sou de abaixar a cabeça, do nada meu pai entrou na frente do homem e todos se espantaram.
Pai- Oque deseja senhor ?
        O homem o olhou com seriedade, minha mãe veio correndo em minha direção e me pegou pelo braço.
Mãe- Venha minha filha, você deve subir imediatamente.
Nyele- Por que, quem é ele ?
Mãe- Não faça perguntas, vai.
        Segui até a escada e olhei para trás meu pai parecia aflito e minha mãe em desespero, subi rapidamente e fechei a porta, respirei fundo e fui até a janela para olhar a entrada e as pessoas estavam saindo da taverna, fiquei preocupada, não sabia oque estava acontecendo, comecei a entrar em pânico, quem seria aquele homem para todos os saírem dessa forma ? De repente eu lembro, ele era Vega, líder dos piratas que dominavam a Baía, "Os Hidra" por isso a serpente tatuada, cada um deles tem uma no corpo, mas oque ele estaria fazendo aqui pessoalmente ? Então batidas são feitas na porta e eu corro para abrir, é meu pai, ele está com uma expressão que eu não sei descrever.
Pai- Vamos Nyele.
Nyele- Oque está acontecendo pai ?
       Ele não me respondeu apenas pegou minha mão e me levou. Quando chegamos a taverna alguns dois homens seguravam os braços de minha mãe, na hora fui em cima deles, meu pai tentou me segurar mas eu fui mais rápida, quando estava a centímetros deles e ergui minha mão para atacar, seguraram meus cotovelos e minhas mãos, eu resisti e me debati para chegar até minha mãe que chorava, eles então pressionaram atrás dos meus joelhos me fazendo ficar ajoelhada e para eu não me levantar as mãos que seguravam os meus cotovelos pressionavam meus ombros pra baixo, eu já não tinha como escapar, mas mesmo assim tentava soltar meus pulsos, um dos homens que me segurava riu e falou.
Homem-  Essa é brava senhor. Há há há.
         Vega deu um leve riso e com um sorriso malicioso se aproximou de mim, virei meu rosto e ele com suas lâminas delicadamente colocou em meu queixo me fazendo virar novamente, ele ergueu meu rosto e riu do mesmo modo que antes.
Vega- Vai ser muito divertido doma-lá.- pressionou a lâmina um pouco na minha pele a fazendo pingar algumas gotas de sangue em meu decote.
        Todos riram e eu o olhei com desprezo.
Vega- Não me olhe assim que eu apaixono,- piscou o olho pra mim e os piratas riram- levem-na ao navio.
Mãe- Não!!!
       Olhei para meu pai e vi que ele recebia um saquinho que tilintou quando Vega jogou pra ele. Ele me vendeu! Nem tentou os impedir quando me levantaram e levaram pela porta, ao contrário da minha mãe que tentou mas foi segurada por meu pai, olhei uma última vez para ela e virei meu rosto para Vega a minha frente, ele andava despreocupado e eu só pensei que de qualquer forma eu iria escapar ou ia tentar mata-lo.

Amor pirata Onde histórias criam vida. Descubra agora