Sem voz

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Quando se fala da cidade de Paris, pensamos no glamour que envolve a dita cidade dos apaixonados. A esplendorosa Torre Eiffel e suas luzes noturnas com seus jardins e espelhos d'agua iluminados. O Museu Du Louvre que nos leva a conhecer artistas e artes famosas por sua beleza ou feiura, depende do olhar. A exuberância do Arc de Triumphe, ou Arco do Triunfo, construído em 1806 pelas vitórias militares conquistadas por Napoleão Bonaparte. 

Sem falar nas ruas e cafés, sofisticadíssimos que só encontramos em Paris. E claro, não podemos de forma alguma deixar de fora a bela arquitetura que só a cidade luz possui. E é ai, que eu entro nesta história. Eu Clarice Dantas, sou jornalista e fotografa de formação, tenho vinte e nove anos e trabalho como editora em uma revista de arquitetura.

Desde que, começamos a ouvir nos corredores da revista, que duas editoras seriam selecionadas para fazer uma reportagem fora do país, mas especificamente na França, junto com estudantes da melhor universidade de arquitetura do país, minha colega Lili e eu, começamos a trabalhar duro.

Passamos quase um mês, trabalhando tal qual duas loucas, quase que vinte e quatro horas por dia, para sermos as escolhidas. Projetamos uma maquete em 3D idêntica ao Louvre, e discorremos minuciosamente sobre cada detalhe arquitetônico que o museu possui. Fizemos uma matéria na coluna semanal de três páginas. 

Nosso diretor ficou impressionado e acabou admitindo que não teria ninguém melhor que nós para fazer à reportagem. Nós acompanharíamos um grupo de alunos de arquitetura selecionados para participar de um curso, nada menos, nada mais, que em Paris. Um sonho não é?

Passamos semanas programando nossa viagem, os lugares que visitaríamos e o que faríamos nas nossas horas de folga. O tão esperado dia finalmente chegou, desembarcamos no aeroporto de Orly em Paris, sentindo toda aquela euforia de início de viagem. Nos unimos com a turma para a chamada, ao todo estávamos em quinze pessoas.

Durante a espera para o resgate de bagagem, começou uma discussão no grupo. Uns, querendo ir para o hotel dormir um pouco depois de horas de voo. Outros, dizendo que não devíamos fazer isso, e sim, aproveitar o tempo livre e visitar alguns lugares, afinal estávamos em Paris. Mais que depressa me intrometi na discussão.

— Concordo, vou junto com quem for sair, quero aproveitar tudo que tenho direito.

— Estou dentro. — disse Lili toda empolgada.

— Ótimo. — falei pegando minha mala e a puxando para a porta de saída do aeroporto.

Entramos no carro que foi contratado para fazer nosso traslado durante os próximos três dias, o motorista nos levou para o hotel, para que fizéssemos nosso Chek-in e deixássemos nossas bagagens. Somente oito pessoas dos quinze formados pelo grupo, decidiram sair para um tour. Marcamos de nos encontrarmos quinze minutos depois na recepção do hotel. Lili e eu, só deixamos nossas coisas e descemos ansiosas para ver o que à cidade luz tinha para nos oferecer.

Quando todos chegaram, foi um murmurinho só, todos querendo decidir para onde devíamos ir primeiro. Torre, Arco do Triunfo, Avenida Champs- Élyssées, Museus e muitos outros lugares... Era uma falação desenfreada.

Ficou decido que iríamos primeiro dar uma volta na famosa Torre Eiffel, e para lá fomos nós. Quando o carro nos deixou na entrada de aceso à torre, todos diziam, "ah", "oh", "que coisa mais linda". Mas a verdade era que não tinha como não ficar de queixo caído ao olhar para aquilo. É deslumbrante! Uma monstruosidade de ferro, colocados um em cima do outro em meio há um jardim esplendoroso.

Subimos a torre, ansiosos para olhar à maravilhosa cidade de Paris. Pense na magnificência que é ver tudo lá de cima, a cidade toda iluminada. Olhei para o grupo e todos se encontravam em estado de contemplação.

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