Capítulo 03: Compras perdida
— Essa menina precisa comprar roupas! - A senhora Pauline Renaudet comenta, sentada na cadeira da mesa de jantar.
Lembra daquele café da manhã do avião? Imagine aqui na mesa, maior e com mais coisas, como estava frio eu só estava de calça jeans, uma blusinha de alcinha preta e por cima uma blusa de moletom, onde eu morava não era tão frio assim, por isso não tenho casaco suficiente. Olhando da janela do meu quarto eu conseguia ver neve, mas como a mãe de Levon parece me deixar ocupada durante toda minha vida, eu ainda não consegui nem descer e ir lá fora.
— Imagine os jornais! - Ela coloca a mão fina sobre as têmporas, massageando e olha em seguida para Levon, que está olhando seu celular. — Você já leu os jornais?
— Estamos tomando café, mãe. Leve Aina para comprar roupas logo após o café. - Olho para Levon, ele está lendo o celular, não está digitando, meu celular apita uma mensagem e sei que é Luis.
Pego meu celular, ele está me dando bom dia, dou uma risadinha e digito falando sobre a senhora chata querendo comprar roupas pra mim. "Acho que amanhã vou sair de moletom só pra ela surtar.", ele manda uma risada e eu tenho que segurar a minha.
— Pelo menos parece que ela tem algo em comum com você! - A senhora Renaudet aponta para mim balançando a cabeça negativamente. — Não larga o celular nem para tomar um café da manhã.
Levanto a cabeça e olho Levon, que está digitando, ele olha para mim e depois meu celular e olha para a mãe dele.
— Olha só, não vamos precisar nem fazer exame de DNA. - Ela diz, irritada. Abro os olhos espantada, ela achava que ele não era meu pai? Minha mãe nunca mentiria, ela deixou no testamento quem era e que queria que ele cuidasse de mim.
— Mãe... - Levon chama a atenção dela, que pigarreia, limpando a boca na toalha de tecido. — Compre também um celular novo para ela.
O quê? O que tem meu guerreiro? Já tenho ele há 3 anos, apesar de estar trincado e se eu for tirar foto, com o trinque deixa a foto parecendo que tem uma fina névoa. Não preciso nem de filtro. Ele liga, manda mensagem e recebe, isso quando tenho crédito.
— Vou chamar a Rachel, para comprar roupas para ela. Como eu disse, ela sabe se vestir. Combina tão bem com você. - Porque ela está aqui mesmo? A mãe dele não tem casa não? — Vai ser um longo dia. - Ela suspira, limpa a boca com a toalha e olha para a empregada que está de estátua perto da porta, faz um movimento com a mão, como se pedisse para retirar os pratos dela.
Sim, pratos no plural, porque embaixo do prato dela, tem outro prato, será que eles lavam? Porque nem sujou nada. A empregada se adianta, pegando o carrinho e indo até a senhora Renaudet, retirando os pratos dela. Quando ela termina, a senhora chatonilda se levanta, deixando a toalha em cima da mesa.
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Herdeira do Império
RomanceApós a morte de sua mãe, a doce Aina é obrigada a morar com seu pai, um homem que ela nem sabia que existia e que vem a ser Levon Renaudet, um bilionário excêntrico. Obrigada a largar sua vida para entrar em um mundo de luxo e regras as quais ela nã...