Coincidência ou Destino?

58 6 0
                                    

- Agora terei um guarda-costas? - Questionei. Era só o que faltava. Amanhã farei dezoito anos, isso mesmo, poderei ter mais liberdade em minhas escolhas, e então irei para onde tiver vontade.

- É isso ou você não vai. - Rebate. Eu quero tanto ir, que terá que ser com um guarda-costas mesmo.

- Está bem mãe. - Dou-me por vencida.

- Sei que Algustus lhe acompanhará, mas ainda assim tenha cuidado. - Ele pede. - Lembre-se das aulas de autodefesa. - Ele pede.

Foi nessas aulas que conheci Austin, que além de trabalhar na guarda real do reino Watson, quando tem um tempo livre, ensina autodefesa para algumas pessoas. No prim dia que o vi, encantei-me pelo seu jeito calmo e atencioso. Conforme tive mais algumas aulas, apaixonava-me mais. Percebia que ele tratava-me diferente, com mais cuidado e sensibilidade. Acabou que ele convidou-me para sair, e eu fui escondida. Fizemos um pique-nique na floresta, e em alguns segundos nos encarando ele beijou-me. Depois desse dia, nos encontrávamos direto na floresta, e em um desses momentos, sentados na grama, encostados em uma árvore ele pediu-me em namoro. Desde então namoramos, até hoje. Mas voltando ao assunto. Meu pai é o que mais se preocupa comigo, minha mãe vive ocupada em as suas reuniões com mulheres de alguns reinos, para ser bem conhecida pela classe alta. Vou para meu quarto, me arrumar. Escolho um vestido roxo, que combina perfeitamente comigo, tomo um banho e o visto. Termino de me arrumar, e aguardo Algustus. Depois de vinte minutos, ele chega.

- Desculpa a demora Senhorita Johnson, é que estava um pouco ocupado com coisas da guarda real. - Se explica.

Ele é bem atrapalhado, e eu me divirto bastante. Ele é loiro de olhos castanhos claros e se eu não estivesse apaixonada por Austin, certamente teria me apaixonado por ele.

- Vamos? - O chamo e ele assente com a cabeça.

- A senhorita está linda como sempre. - Elogia-me. - Desculpe-me o atrevimento...

- Tudo bem Gus. - O interrompo. Sim, dei esse apelido a ele e só eu o chamo assim. - E já falei para você parar de me chamar de Senhorita. Me chame apenas de Allison. - Ele concorda com um sorriso. Vamos até a carruagem que nos espera do lado de fora do castelo, a antes de entrar ouço meu pai gritar:

- Não se esqueça das aulas. - De autodefesa, completo mentalmente. Ele sempre diz isso. - Tome cuidado.

- Está bem pai. Já cresci, sei me virar sozinho. - Reviro os olhos e partimos.

O caminho era um pouco longo, e Gus me distraía como podia. Ora contava piada, ora perguntava se eu queria algo ou se estava bem. Finalmente a carruagem parou, e descemos. A praça é bem movimentada, e o vale é lindo. Com suas árvores, carregadas de flores que parecem tão frágeis. Suas ruas de pedras, e uma bela iluminação. Com pessoas vendendo coisas, outras cantando e dançando, e algumas fazendo coisas engraçadas, que com certeza não há como não rir. Realmente, é um ótimo lugar para se morar. Transmite uma sensação boa. Chego até a imaginar como seria, Austin e eu casados, morando nesse lugar. Ora, pelos céus! Casamento me lembra ao baile, e a um príncipe que com certeza é muito esnobe, e terá um monte de mulheres a seus pés.
Sento em um dos bancos da praça, e observo as pessoas ao redor.

Cristopher Narrando

Estou aqui há uma hora, como faço todos os dias, desde que meus pais morreram. As pessoas pensam que foram causas naturais, mal sabem elas que eles foram envenenados, alguém conspirou contra eles. Primeiro foi minha mãe, e meu pai tentou encontrar o assassino, mas parece que ele o encontrou primeiro, e o envenenou, provavelmente para que ele não fosse descoberto. Fingi que não sabia de nada, e não toquei no assunto, com ninguém. Estou com uns papéis na mão, resolvendo assuntos do reino. Todo dia venho aqui, e fico horas resolvendo várias coisas, que me deixa sobrecarregado. Dentre esses papéis, encontro um que me chama a atenção. Leio algumas notícias, e dentre elas, uma bem interessante, já que as demais as vejo todos os dias. Haverá alguns músicos tocando, na praça do vale Wolture. Com certeza irei, pois faz um tempo que não ne divirto. Quando estava com meu pai, ele me mantinha ocupado, ensinando-me tudo o que podia sobre o reino, e como lidar com pessoas de outros reinos. Percebo que já está escuro e provavelmente os músicos já estão chegando para tocar. Decido ir me arrumar, pego algumas roupas velhas, que pedi para um dos empregados providenciar, pois irei como um simples camponês, assim ninguém me reconhecerá. Pego meu cavalo, e vou para o vale que fica próximo ao reino, o que não irá demorar para eu chegar. Após um tempo cavalgando, chego a praça que a propósito é muito bonita. Coloco meu cavalo em baixo de uma árvore, e dou uma volta pelo vale. Vejo uma jovem sentada em um banco, e percebo que ela está inquieta. Provavelmente também está a espera dos músicos, reparo o quão bonita ela é. Com seus cabelos longos, voando com o vento. Ela é simplesmente, encantadora. Decido me aproximar, e percebo que há um guarda, que a propósito para ser bem jovem para ser da guarda real, ainda assim sento ao lado dela. O guarda se aproxima, e ela o lança um olhar ameaçador.

- Ah não Gus! Agora você não vai deixar ninguém se aproximar de mim? - Ela reclama. - Vá procurar uma garota, ou se divertir. Prometo que não falarei para meus pais. - Ela propõe.

- Está bem. - Ele responde, animado. - Mas volto logo, qualquer coisa grite, ou não se esqueças das tais aulas que o Senhor Johnson disse. - Acrescenta.

- Está bem, eu sei me cuidar. Vá se divertir. - Ele assente sorrindo, e se retira.

- Olá Senhorita? - A encaro.

- Johnson, Allison Johnson. - Estende a mão, e eu deposito um beijo nela, como comprimento. - E você, como se chama? - Penso em falar meu nome, mas lembro-me que estou disfarçado.

- An... - Pense rápido, Cristopher. - Sou Henrique, Henrique Stewart.

- Bom senhor Stewart, pode me chamar só de Allison.

- Então Allison, a senhorita...

- Você, me chame de você. - Sorriu e eu assenti com a cabeça.

- An... Então Allison, você é de onde? - Olho no fundo de seus olhos, que são lindos.

- Sou de Darmanys. - Desvia o olhar.

- Mas, como? - Fico confuso. - O reino é diferente de seu sobrenome? - Fico ainda mais curioso. Todos os reinos, tem o nome do sobrenome de seus reis e rainhas, e assim é a regra.

Hum, será que alguém quebrou as regras? Não percam os próximos episódios! (risos) E comentem aí, o que estão achando do livro. É realmente, bem diferente do que estou acostumada a escrever.

Até que A Vingança Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora