Capítulo um

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Bom essa história conta a vida de Josh um garoto com seus recém 18 anos. E isso inclui toda uma trama , repleta de drama, indecisões, romances, comédia e tudo que se tem direito. Só pra constar, ele é de Peixes então drama básicamente é seu sobrenome. Sem mais delongas, vamos ao que interessa. Uma boa e divertida leitura a todos.

Josh nunca foi um garoto como os outros, e sempre soube disso. Desde sua infância sabia que tinha algo que o tornava Diferente, especial. Sabia que era incomum. Nem ele mesmo sabia explicar ou identificar o que o fazia ser tão diferente, porém sempre soube e carregou esse sentimento! Tanto em seu consciente, quanto em seu coração e gostava disso, da sensação que lhe causava.

Ali estava Josh, sentado em uma cadeira desconfortável, dura e fria. Ouvindo xingamentos e palavras que lhe cortavam a alma, proferidas por um alguém que nem se quer teve o trabalho de o conhecer antes de dizer tais coisas como:
- Você é um péssimo filho e um neto pior ainda, sinônimo de desgosto familiar é definido ao lhe encarar. Se exite uma ovelha negra, bom ela é VOCÊ.!
E eu só pensava, o que há de errado comigo? Por que sempre estrago tudo? Tais perguntas martelavam em meus pensamentos como uma estaca gigante bate em uma madeira de uma construção cívil. Por fim levantei-me, olhei para meus tios, suspirei e fui para meu quarto. Arrumaria minhas malas e partiria naquela mesma semana, o mais breve.
A noite finalmente chegou, deitei-me e rapidamente uma onda de pensamentos me invadiram, uns bons, outros ruins e alguns extremamente ruins. E por um breve momento eu pensei importar-me com tudo que estava acontecendo. Realmente, foi apenas por um momento, como num piscar de olhos, não me importava mais. Não me importava com a situação nem com as pessoas nela envolvidas, elas não se importavam comigo. Era simples assim, como acordar, eu apenas não me importava mais.
Depois dessa conclusão adormeci, um sono agitado infelizmente. Algo me esperava amanhã e eu podia sentir.
Levantei, arrumei a cama como fazia algumas vezes, nunca liguei muito pra esse tipo de coisas, só que hoje não era um dia comum. Demorei um pouco para sair do quarto e quando o fiz, nossa! Uma sensação ruim percorreu todo meu corpo, uma mistura de tontura, pernas bambas e borboletas no estômago, engoli em seco, caminhei em direção as escadas, mais parecia a marcha para algum funeral. O meu funeral, um peso nas pernas tomou conta de mim, desci lentamente pedindo a Deus: Senhor, daime forças. Enfim cheguei ao fim de seus onze degrais, fiz o nome do pai e como em uma câmera fotográfica, tive uma visão panorâmica do local. Respirei fundo, aliviado apenas minha avó estava lá, fazendo o café concentrada em seu pensamentos, nem me ouviu chegar. Apenas abracei ela pelas costas e disse em seu ouvido:
-Sinto muito por tudo que aconteceu, não queria que fosse dessa forma, pode não parecer mais eu AMO você. Desculpa, vai ser melhor assim, realmente irei embora.
Quando concluí essas palavras pude sentir suas lágrimas caindo sobre minhas mãos e os passos no assoalho acima de nós aumentarem, passos pesados. Nessa hora quis correr, me atirar pela janela da cozinha, sair correndo pelo quintal e ir de encontro ao rio dos santos e deixar que a correnteza me levasse. Não o fiz. Minhas pernas estavam imóveis, pareciam pesar uma tonelada, outra vez a sensação de desconforto me invadiu, sentia como se houvessem milhões de borboletas em meu estômago, debatendo-se umas contras as outras.
Os passo ficaram mais altos, eram meus tios, Carlos e Luna. Desceram as escadas como verdadeiros coronéis, os "DONOS" da verdade, era uma coisa louca, pois também pareciam aqueles agentes federais secretos, como os do FBI ou da CIA.
Pararam de frente pra mim, perdi a fome na hora. Carlos tomou a palavra, pigarreando até que rompeu o silêncio, já que a tensão era algo impossível.
-Já liguei para sua mãe, comprei sua passagem, seu ônibus sai hoje as 17h, tempo suficiente para arrumar suas coisas, despedir dos seus amigos e Sumir das nossas frentes.
Com um nó na garganta, consegui pronunciar algumas palavras meio que engasgadas.
Então disse:
-Vai ser isso mesmo? Serei enchotado como um cão sardento? Quer saber? Tudo bem! Melhor assim, o tempo vai mostrar a verdade que ninguém mais quer enxergar. Só uma pessoa aqui me amou de verdade! Essa pessoa é minha vó, já pedi minhas desculpas a quem realmente me importa!
Ao concluir essas palavras, Carlos com uma veia pulsante em seu pescoço gritou:
- Cala a boca!! Cala essa maldita boca muleque, antes que eu quebre seus dentes!
Luna o conteve, segurando-o pelo braço, com um sorriso malicioso de leve no canto da boca, afinal, seu plano estava dando certo. A vaca maldita e manipuladora estava jogando todos contra mim. Apenas sorri, não sei como , acredito que foi Deus, respondendo minha prece e me dando foças.
- Quer saber? Vou tomar meu café na rua e aproveitar o tempo que me resta com meus amigos!.
Fiz a curva por eles, subi as escadas, de três em três degrais até o final,  corri em direção a porta, sai, respirei fundo e curti o ar fresco.
Fui de encontro aos meus amigos na pracinha da cidade, aproveitei pra tirar fotos, rir, espairecer minha mente, eles não sabiam que eu mudaria naquele dia, despediram de mim, me fizeram feliz sem saber e isso  não vou esquecer. Voltei para casa, minha hora aproximava-se rapidamente. Caminhei observando os detalhes da cidadezinha, e quando dei por mim já estava em casa. Suspirei. Abri a a porta lentamente, e caminhei sem fazer barulho até chegar ao lavabo, pelo reflexo do espelho vi Luna e Carlos ao lado de minha vó que estava deitada. Pareciam dois cães de guarda, pitbulls pra ser mais exato. Enxaguei meu rosto e pude ouvir Luna Sussurrar:
- Ele ainda está aqui! Que vá logo!.
Conferiu o relógio e sorriou, olhou para Carlos que estava imóvel, dormindo eu acho.
Fiz o que tinha que fazer, sequei o roto, ainda com os olhos no espelho, vi que ela me observava, era a deixa perfeita e então falei:
- Já estou de partida, o sentimento de repulsa e a mínima vontade de olhar na sua cara, bom é extremamente recíproco "querida". Fica com Deus vó, está na minha hora.
Peguei minha bolsa, observei a vadia ficar vermelha de raiva, RI confesso, ela parecia um pimentão vermelho. Só pra provocar, com minha bolsa nas costas, olhei para trás e lá estava ela na janela novamente me observando, apenas disse:
-Vacas do inferno são as mais engraçadas, vigiam seus adversários como se já tivessem ganho o jogo. Bom , o tabuleiro vira, te cuida Mona! Beijos de luz nessa sua vida sem graça.
Coloquei os fones e sai andando, só parei quando cheguei na rodoviária.
Na boa? Me senti o Senhor Universo! Dentro do ônibus, já acomodado em minha poltrona, com a cabeça encostada na janela comecei a pensar: -Uma nova etapa na minha vida começa amanhã, novas pessoas, novas histórias. Conita, minha cidade acaba de perder um conterrâneo por tempo ilimitado, perdeu um sorriso, uma vida. Que agora irá aventurar-se ao longe no desconhecido... Que Deus esteja comigo!
Então o motorista deu a partida.
Ele estava indo para Fericon e eu? Bom eu estava rumo ao próximo estagio da minha vida e prestes a conhecer meu novo"Eu".

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