1º»Submisão«

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        "Muitos vivem simplesmente.. Não precisam de amor, muito menos de dinheiro, simplesmente de seus puros sentimentos"

- Mãe, pode me passar o sal? - Ela pegou o vidrinho e me entregou

- Filha, pode estender a roupa no varal para mim? Eu estou com dores, não consigo me esticar - Sorri

- Claro que posso mãe, essa tarefa é uma das melhores - Ela riu

- Como pode gostar tanto de nossa vida? É tão pobre e medíocre - Sorri e segurei a mão dela

- Mãe, eu gosto de nossa vida simples no campo, não precisamos de mais nada além de nós, eu amo a senhora - Ela sorriu

- Menina tola, deveria arranjar um marido rico, para lhe tirar daqui e me deixar morrer - Fiquei a olhando

- Mãe, eu amo você, não irei lhe abandonar, mesmo que eu arranje um marido, não irei, me recuso a fazer isso - Ela sorriu - Acabei - Falei ao comer o ultimo pedaço de carne, me levantei e recolhi os pratos, fui ate a pia e comecei a lavar com a água da chuva

- Filha... É... - Olhei para a porta vendo um homem, parecia ser um capataz - O que é isto? - Minha mãe perguntou

- Isso é do Coronel Jung, Leia, amanhã virei cedo buscar a nova sinhazinha - Andei ate a porta e peguei o envelope de minha mãe

- O que significa isto? Eim? Não quero nada que venha daquela Fazenda - Joguei o envelope no chão - Vá embora e não volte novamente - Ia fechar a porta mas ele impediu

- Esta cometendo um erro senhorita - Falou

- Solte a porta - Ele a soltou e eu fechei sentindo meu peito subir e descer rapidamente - Mãe arrume suas malas, iremos para a Fazenda da tia Liliti - Passei por ela e fui ate nosso quarto

- Filha, tenha calma, não deve ser nada - A olhei

- Eu não gosto do Coronel Jung, aquele homem é frio, as palavras que ele diz, o modo em que em trata as pessoas, rude, se ele é assim... Não gosto nem de imaginar o filho - Ela segurou meu rosto

- Tome um banho, nao se preocupe tanto meu amor - Beijou minha testa e eu respirei fundo

- Eu estou com medo, algo dentro de meu peito avisa para não ir com esse capataz - Ela se sentou na cama e eu fiz o mesmo

- Não pense tanto meu amor, apenas vá, se for para o seu bem, eu ordeno que vá - A abracei

- Não quero ir, mas eu irei, irei porque você quer - Ela assentiu

   Me levantei e fui para a banheira, fechei as cortinas, fui abrindo meu vestido aos poucos, desatei as cordas do meu espartilho, minhas roupas foram ao chão, coloquei meus pés e me sentei sentindo a água morna relaxar meu corpo.

   Coronel Jung, é um homem... Frio, rude, impiedoso, cada vez que eu passo em frente a sua Fazenda, la esta ele, com seu charuto na mão, me observando pegar algumas maçãs na árvore, bom... Não posso dizer muito, ele já me ajudou, quando eu cai do cavalo, ele impediu que o mesmo me machucasse. Mas isso foi a muito tempo.

        (~*~)

- Você vai ficar bem mãe? - Ela afirmou com a cabeça e eu respirei fundo - Me leve até o Coronel - Subi no cavalo e o capataz logo se pôs atrás

- Se segure - Assenti e segurei nas rédeas do animal

   Ele balançou as rédeas e o cavalo correu, não demorou muito e já estavamos na frente da casa, desci do animal e levantei meu vestido para nao se arrastar pela terra.

- Onde está o Coronel? - Perguntei para uma das mucanas e ela me olhou - Ele me chamou, por favor, onde ele está? - Ela apontou para a portas vermelhas - Obrigada - Subi meu vestido e abri as portas, ele levantoiu o rosto

Marriage•J-HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora