Prólogo

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Prazer meu nome é Henrique Dímas, apelidado pateticamente como "rique".

Minha infância não foi fácil, isso é um fato fundamental para a minha "biografia", morava em uma cidade bem pequena de 40 habitantes. Meus pais brigando em casa, bullying na escola e na rua por causa do meu fisico magro e usar óculos fundo de garrafa, plantaram em meu coracão, uma semente que a medida que eu ia crescendo, a sede de vingança aumentava 10 vezes mais. Escutei e presenciei coisas que me influenciou aos meus 17 anos, cometer minha primeira maldade...
Era uma tarde de sábado, 7 de fevereiro de 2015. Fizeram um churrasco em "familia", chamaram a nojenta e fofoqueira da Beth e seus pirralhos da casa ao lado, a morte deles era o que mais desejava, e se por um acaso me perguntar o por que do meu ódio por eles, te respondo "não sei". Ícaro, apesar de ter somente 09 anos, não era uma criança muito inteligente. Já estava anoitecendo naquele dia, e os energúmenos se sentaram na varanda da frente para conversar, chamei o pequeno fedorento pra "brincar"na churrasqueira. A churrasqueira era dessas estilo baú arredondado que tem uma pequena chaminé em  seu topo. O chamei na varanda de trás, com um sorriso e com muita simpatia perguntei "vamos brincar de churrascaria?", ele alegre  disse que sim. A churrasqueira ainda estava bem aquecida, eu estava ciente disso, coloquei uma touca e um avental de minha mãe, disse a ele que era meu ajudante e pedi para ele conferir se a churrasqueira estava pronta sabendo pela lógica que ele iria usar as mãos, mas a altura da churrasqueira era um pouco grande para ele então juntei o útil ao agradável, enquanto se esticava e ficava na ponta dos pés para conferir, fechei a tampa com um braço e com a outra mão encostei o rosto dele na superficie quente da churrasqueira...
Naquele momento tudo passou devagar e senti minhas pupilas dilatando, ouvindo aquele grito e acompanhando suas lágrimas descendo em seu rosto, me senti com um gosto de quero mais. Mas infelizmente tudo o que é bom dura pouco, rapidamente sai do meu êxtase, só senti meu ombro sendo tocado por uma mão fedida a carne e gordura do gordo de seu pai, em um empurrão me jogou pra trás. De imediato, minha mãe me levou e me trancou em meu quarto, voltando a cena da droga mais intensa e prazerosa. Eles felizmente voltaram para casa.
Meu pai só entrou no meu quarto 3 dias depois do ocorrido, não saia pra nada. Lembro-me de uma única frase que ele me disse "Você é o maior desgosto da minha vida" simplesmente sorri e respondi "você será o grande gosto da minha", ele me olhou com um olhar de estranheza, pois no fundo descobriu que eu não era mais o mesmo.

Continua...

O Nascer Da MaldadeOnde histórias criam vida. Descubra agora