As vezes nossa vida se torna tão monótona e igual, que já levantamos da cama sabendo como vai ser o resto do nosso dia.
Foi por isso que Eduard Bernard decidiu mudar.
Meu pai estava mais ansioso do que o de costume, e já havia me acostumado com ele andando de um lado para o outro enquanto aguardávamos o voo.
Ele ficava assim sempre que íamos visitar a minha mãe, na minha terra Natal, Halifax, Inglaterra.
Eles haviam se separado há três anos, e o pai não havia superado, e tenho quase certeza que, a mãe também.
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"Roses have thorns, but still they're beautiful"
Lembro me vagamente da última vez que estive nesse lugar.
Deveria ter uns quatorze anos, e estava me despedindo dos meus amigos.
Três anos se passaram, e é impressionante como o lugar permaneceu o mesmo. Os prédios e edifícios continuaram intactos, as pessoas pareciam lembrar de mim e sem contar da minha sorveteria preferida que ainda continuava a uma quadra da casa da minha mãe.
-Eddy, como você cresceu! -ela havia engordado, e seu olhar estava caído - Senti tanto sua falta!
A abracei e lhe disse que continuava bela como de costume, e não estava mentindo, minha mãe sempre foi uma mulher muito atraente, um dos motivos de ter deixado o meu pai um pouco inseguro.
Ficamos ali, sentados na varanda conversando de todas as novidades que nos tinham acontecido, e percebi uma leve preocupação no seu olhar, mas resolvi não incomoda-la com isso agora.
Subi, e notei que o meu quarto continuava o mesmo, repleto de livros e com adesivos colados na parede branca.
-Ei! Porque não veio falar comigo? - Érica, minha irmã mais nova resmugou, escorada na porta.
-Esqueci que você morava aqui, peste - me levantei da cama com um sorriso malicioso - Sentiu minha falta? Sim ou Claro?
Ela me bateu e depois me abraçou.
-Pra falar a verdade, só sinto a falta do seu dinheiro quando alivio sua barra. - ela disse erguendo a sobrancelha.
-Bom,para sua infelicidade, isso não irá mais acontecer.
-Pena que eu não acredito! Até mais, vou ver meu namorado! - ela saiu do quarto rindo.
- Como é? Como assimnamorado? - berrei, mas como imaginava, ela não voltou para me dar explicações.
Algumas horas se passaram e eu fui tomar um banho quente, já que o clima havia esfriado.
A casa estava silenciosa demais, supostamente a Érica não havia voltado, e minha mãe provavelmente estava dormindo. Significava que era a hora perfeita para ler ou para conversar com o Hunter, meu amigo de Londres.
Fiz as duas coisas.
Até que meu pai apareceu
-Filhão, se arruma pois vamos sair! - ele disse
-Não posso ficar aqui? - questionei
- Não, sua mãe faz questão de que todos saiam juntos. - ele abriu um sorriso, e me convenceu de que seria legal.
Fomos para um restaurante italiano, um dos preferidos da minha mãe, e esperamos até que a nossa comida chegasse.
-Eddy, aquela não é a Agatha Schade? Uma menina que tinha uma quedinha por você? - disse Érica num tom de deboche
-An... - me inclinei para vê de quem ela falava - Porra! Ela me viu.
A garota acenou para mim, e levantou-se, se dirigindo em minha direção.
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Oi gentee! Me chamo Lívia, tenho 14 anos, estou no 9° ano e espero que vocês gostem do capítulo!
