Capítulo 7

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Capítulo: Ligação inesperada, beijo inesperado.


narrado por:
| ANGEL |


Aquela luta seria engraçada! O ruivo era persistente e desviava com facilidade dos meus ataques. Bufei quando ele desviou de um chute nas bolas.

Ele riu achando graça da minha - falsa - frustração — Algum problema, gatinha?

O ruivo indagou fazendo gestos, parei, saindo da posição de ataque. Olhei seu sorriso enquanto o via bagunçar seus cabelos cacheados de um lado para o outro. Já disse que ele é lindo? As sardas se destacavam na pele branca.

Sério, estou com muita pena de acabar com alguém tão gostoso.

— Para ser sincera, sim — suspirei meio triste, abaixando meus olhos, encolhi os ombros voltando a olhar para o homem com a maior cara de pau do mundo — Você é tão lindo, não queria te matar...

Ele pareceu surpreso com minhas palavras, depois começou a rir copiosamente. Sorri de lado achando graça da ingenuidade dele, comecei a caminhar em sua direção.

— V-você é tão engraçada — disse sem fôlego, secando algumas lágrimas que caíram do seus olhos enquanto ria — Pode vir, princesa!

Estão de prova! Ele que pediu.

Continuei caminhando, ficando em guarda, com os punhos em frente ao rosto — Desvie se for capaz!

Avancei sobre ele, o ruivo desviou pela esquerda, mas o que ele não esperava era dar de cara com meu manto de energia negra. O homem pulou de susto quando deu de cara com a nuvem de fumaça.

Todavia, uma vez preso em minhas teias, é impossível escapar.

— Oh! — bati palmas e rindo, achando divertido ver aquele rostinho bonito contorcido em pânico — Gatinho, eu te disse para desviar. Olha só, você está preso agora!

Neguei com a cabeça, juntando as sobrancelhas, com um biquinho nos lábios, como se estivesse muito triste pela situação do homem. Puxei uma adaga encoberta de Aconitum mostrando para ele o líquido grosso e roxo escorrendo da ponta da lâmina. Sorri ao ver seu pânico aumentar

— Eu prometo que não vai doer nadinha, gatinho — apontei a adaga para o abdômen dele — pelo menos não em mim!

O grito que o ruivo deu pareceu ficar mais baixo à medida em que eu reconhecia aquele cheiro. Era familiar.

Virei-me devagar para ver de onde vinha aquele maldito cheiro e o vi.

E parece que ele também me viu. Senti as memórias, os sonhos. Tudo me atingiu com grande força enquanto vi o sorriso daquele imundo aumentar.

Robert Kassio estava alí, o homem que comandou o ataque sangrento, em carne e osso. Ele deu um sorriso debochado, acenando com uma das mãos para mim.

Minhas pernas estavam paralisadas, de repente começaram a se mover. O ódio que tanto carrego crescia ainda mais a cada passo em sua direção. Trevas rosnou inquieta, querendo sair, mas consegui impedir a transformação. Parei, ficando de frente para o maldito.

— Ora, ora — diz dando um passo à frente, não recuo — Se não é a pequena Trindad?

Droga! Como eu queria tanto socar a cabeça dele no asfalto até sair o cérebro e depois jogá-lo num tanque cheio de piranhas assassinas depois matá-lo com uma bala na testa.

— Se não é o carniceiro — digo fria, não deixando de dar um sorriso doentio, tombei minha cabeça para o lado aumentando meu sorriso quando o vejo perder a compostura. Ele me olha mortalmente e me ataca com um soco, desvio facilmente.

A Guerreira Negra - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora