Capítulo: Ligação inesperada, beijo inesperado.
narrado por:
| ANGEL |
Aquela luta seria engraçada! O ruivo era persistente e desviava com facilidade dos meus ataques. Bufei quando ele desviou de um chute nas bolas.
Ele riu achando graça da minha - falsa - frustração — Algum problema, gatinha?
O ruivo indagou fazendo gestos, parei, saindo da posição de ataque. Olhei seu sorriso enquanto o via bagunçar seus cabelos cacheados de um lado para o outro. Já disse que ele é lindo? As sardas se destacavam na pele branca.
Sério, estou com muita pena de acabar com alguém tão gostoso.
— Para ser sincera, sim — suspirei meio triste, abaixando meus olhos, encolhi os ombros voltando a olhar para o homem com a maior cara de pau do mundo — Você é tão lindo, não queria te matar...
Ele pareceu surpreso com minhas palavras, depois começou a rir copiosamente. Sorri de lado achando graça da ingenuidade dele, comecei a caminhar em sua direção.
— V-você é tão engraçada — disse sem fôlego, secando algumas lágrimas que caíram do seus olhos enquanto ria — Pode vir, princesa!
Estão de prova! Ele que pediu.
Continuei caminhando, ficando em guarda, com os punhos em frente ao rosto — Desvie se for capaz!
Avancei sobre ele, o ruivo desviou pela esquerda, mas o que ele não esperava era dar de cara com meu manto de energia negra. O homem pulou de susto quando deu de cara com a nuvem de fumaça.
Todavia, uma vez preso em minhas teias, é impossível escapar.
— Oh! — bati palmas e rindo, achando divertido ver aquele rostinho bonito contorcido em pânico — Gatinho, eu te disse para desviar. Olha só, você está preso agora!
Neguei com a cabeça, juntando as sobrancelhas, com um biquinho nos lábios, como se estivesse muito triste pela situação do homem. Puxei uma adaga encoberta de Aconitum mostrando para ele o líquido grosso e roxo escorrendo da ponta da lâmina. Sorri ao ver seu pânico aumentar
— Eu prometo que não vai doer nadinha, gatinho — apontei a adaga para o abdômen dele — pelo menos não em mim!
O grito que o ruivo deu pareceu ficar mais baixo à medida em que eu reconhecia aquele cheiro. Era familiar.
Virei-me devagar para ver de onde vinha aquele maldito cheiro e o vi.
E parece que ele também me viu. Senti as memórias, os sonhos. Tudo me atingiu com grande força enquanto vi o sorriso daquele imundo aumentar.
Robert Kassio estava alí, o homem que comandou o ataque sangrento, em carne e osso. Ele deu um sorriso debochado, acenando com uma das mãos para mim.
Minhas pernas estavam paralisadas, de repente começaram a se mover. O ódio que tanto carrego crescia ainda mais a cada passo em sua direção. Trevas rosnou inquieta, querendo sair, mas consegui impedir a transformação. Parei, ficando de frente para o maldito.
— Ora, ora — diz dando um passo à frente, não recuo — Se não é a pequena Trindad?
Droga! Como eu queria tanto socar a cabeça dele no asfalto até sair o cérebro e depois jogá-lo num tanque cheio de piranhas assassinas depois matá-lo com uma bala na testa.
— Se não é o carniceiro — digo fria, não deixando de dar um sorriso doentio, tombei minha cabeça para o lado aumentando meu sorriso quando o vejo perder a compostura. Ele me olha mortalmente e me ataca com um soco, desvio facilmente.
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A Guerreira Negra - DEGUSTAÇÃO
Hombres Lobo"Matar ou morrer. Essa é a realidade dos lobos. Fortes e temidos por todos, matam sem remorso e sem pestanejar, tiram todos que atrapalham seus planos." No atentado à vila dos lobos das Trevas, há os que sofreram, agonizando, durante o ataque dos Ka...