Andei com cautela até o quarto e peguei a arma na gaveta e deixei Davi trancado lá.
Ele fez sons de bebê.
L: Ei, vai ficar tudo bem, ta bom? Eu já volto.
Ao caminhar pelo corredor vi parte de um tecido azul escuro, eram policiais. Encostei a arma na cabeça dele com leveza.
Ele olhou pelo canto dos olhos.
-Merda. –Largou a arma.
Franzi a testa e tirei um canivete do seu bolso de trás.
L: Que tipo de policial é esse? –Resmunguei baixinho.
Guardei o canivete no meu bolso de trás.
-Parado! –Ouvi um grito de trás.
Eu já estava parado, então não me movi.
Ele atirou em uma caixa de mudança, próxima a mim.
Tive um espasmo.
L: Eu estou parado!
-Abaixa a arma e solta meu parceiro!
Eu virei para ele, agachei e deixei a arma no chão, com muita calma. Chutei ela para longe.
L: Tudo bem-Coloquei as mãos para trás.
Antes do policial me prender eu peguei o canivete e furei sua mão.
Ele b3rrou. (risus)
Eu dei a volta nele e cerquei seu pescoço.
Ouvi um chute forte na porta da frente.
T3ddy me olhou curioso.
T: Eu sabia.
Ele foi sem medo na direção do cara armado e tirou sua arma com um super golpe que aprendeu comigo.
Nocauteei meu refém com uma pancada no ombro e deixei ele cair.
T3ddy levou o homem já não mais armado à uma cadeira e o prendeu com as algemas.
Recuou e me olhou. Fiz que sim, aprovando. Ele cruzou os braços e desfez o sorriso, entrando no papel de durão.
T: Por que ia nos prender?
-Eu não sou...
Antes que o homem terminasse de falar T3ddy lhe deu um soco, sua boca começou a sangrar.
T: Eu sabia, seu merda.
Segurei seu braço, suas veias estavam saltadas.
L: Precisamos ouvir ele.
O homem cuspiu sangue no chão para falar. Fiz cara de nojo.
-Eu fui mandado para ir atrás desse ai. –Apontou com o queixo para mim.
L: O que...?
T: O que?
T3ddy me olhou confuso.
L: Eu não sei do que ele está falando.
-O carro que você roubou, seu idiota.
T3ddy levantou o braço para bater nele novamente, eu o interrompi.
L: Espera um pouco. Eu tenho perguntas, está tudo sobre nosso controle.
Olhei intencionalmente seus olhos, e nós conversamos sem dizer uma palavra. Foi como um "está tudo bem, eu te amo" Ele soltou um sorriso bobo e encarou o chão. Eu sorri e mordi os lábios.
-Vocês vão flertar ou me interrogar?
T3ddy riu.
T: Você vai interrogar ou deixar a gente flertar?
O homem assentiu com ironia e cuspiu mais sangue.
L: Para de fazer isso.
Respirei calmo, afundando em pensamentos.
L: Começamos por: por que querem me matar por causa de um carro?
O homem riu.
-Você não viu o que tinha debaixo do banco? Tudo nosso por direito de conquista.
Desfranzi a testa e encarei o canto do cenário, pensativo. T3ddy me olhou.
L: Nós não estamos mais com o carro, nem sabíamos do dinheiro, eu roubei por questões pessoais.
T: Por que deixariam um carro com dinheiro largado na rua?
-Era uma troca, do nosso chefe ao chefe adversário. O seu namorado cabia na descrição do homem que pegaria o dinheiro.
T: E quem estava me seguindo?
-Provavelmente alguém que trabalha pro adversário, e viu você andando com ele.
T3ddy jogou a cabeça para trás e fechou os olhos, cobriu o rosto com as mãos e abriu um sorriso triste e sarcástico.
Ri desapontado com a minha atitude.
L: Desculpa.
T: Olha, fala pro seu chefe que vamos devolver o dinheiro ok?
-Estão dispostos à negociar? Ele mataria vocês depois.
L: O que você sugere?
-Que se matem, porque ele não vai deixar vocês viverem em paz até trazerem o dinheiro.
Lambi os lábios para falar. T3ddy franziu a testa com ironia.
T: Quer assistir à dois suicídios?
L: Nós vamos negociar.
O homem cuspiu mais sangue.
-Não vão pegar o dinheiro pra vocês?
L: Não!
T: Vamos, uma parte.
Falamos ao mesmo tempo.
O olhei indignado.
T: To brincando amor, chega de problemas.-Sorriu.
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Eu tenho um plano - L3ddy
FanfictionSentados na beira daquele prédio, de frente ao pôr do Sol, eu perguntei se ele queria voltar. Ele quis ficar e aceitou viver o risco de que sua vida poderia ser destruída à qualquer momento, ele gostava de estar comigo, e prometeu não desistir de mi...