Capítulo 10

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Andei com cautela até o quarto e peguei a arma na gaveta e deixei Davi trancado lá.

Ele fez sons de bebê.

L: Ei, vai ficar tudo bem, ta bom? Eu já volto.

Ao caminhar pelo corredor vi parte de um tecido azul escuro, eram policiais. Encostei a arma na cabeça dele com leveza.

Ele olhou pelo canto dos olhos.

-Merda. –Largou a arma.

Franzi a testa e tirei um canivete do seu bolso de trás.

L: Que tipo de policial é esse? –Resmunguei baixinho.

Guardei o canivete no meu bolso de trás.

-Parado! –Ouvi um grito de trás.

Eu já estava parado, então não me movi.

Ele atirou em uma caixa de mudança, próxima a mim.

Tive um espasmo.

L: Eu estou parado!

-Abaixa a arma e solta meu parceiro!

Eu virei para ele, agachei e deixei a arma no chão, com muita calma. Chutei ela para longe.

L: Tudo bem-Coloquei as mãos para trás.

Antes do policial me prender eu peguei o canivete e furei sua mão.

Ele b3rrou. (risus)

Eu dei a volta nele e cerquei seu pescoço.

Ouvi um chute forte na porta da frente.

T3ddy me olhou curioso.

T: Eu sabia.

Ele foi sem medo na direção do cara armado e tirou sua arma com um super golpe que aprendeu comigo.

Nocauteei meu refém com uma pancada no ombro e deixei ele cair.

T3ddy levou o homem já não mais armado à uma cadeira e o prendeu com as algemas.

Recuou e me olhou. Fiz que sim, aprovando. Ele cruzou os braços e desfez o sorriso, entrando no papel de durão.

T: Por que ia nos prender?

-Eu não sou...

Antes que o homem terminasse de falar T3ddy lhe deu um soco, sua boca começou a sangrar.

T: Eu sabia, seu merda.

Segurei seu braço, suas veias estavam saltadas.

L: Precisamos ouvir ele.

O homem cuspiu sangue no chão para falar. Fiz cara de nojo.

-Eu fui mandado para ir atrás desse ai. –Apontou com o queixo para mim.

L: O que...?

T: O que?

T3ddy me olhou confuso.

L: Eu não sei do que ele está falando.

-O carro que você roubou, seu idiota.

T3ddy levantou o braço para bater nele novamente, eu o interrompi.

L: Espera um pouco. Eu tenho perguntas, está tudo sobre nosso controle.

Olhei intencionalmente seus olhos, e nós conversamos sem dizer uma palavra. Foi como um "está tudo bem, eu te amo" Ele soltou um sorriso bobo e encarou o chão. Eu sorri e mordi os lábios.

-Vocês vão flertar ou me interrogar?

T3ddy riu.

T: Você vai interrogar ou deixar a gente flertar?

O homem assentiu com ironia e cuspiu mais sangue.

L: Para de fazer isso.

Respirei calmo, afundando em pensamentos. 

L: Começamos por: por que querem me matar por causa de um carro?

O homem riu.

-Você não viu o que tinha debaixo do banco? Tudo nosso por direito de conquista.

Desfranzi a testa e encarei o canto do cenário, pensativo. T3ddy me olhou.

L: Nós não estamos mais com o carro, nem sabíamos do dinheiro, eu roubei por questões pessoais.

T: Por que deixariam um carro com dinheiro largado na rua?

-Era uma troca, do nosso chefe ao chefe adversário. O seu namorado cabia na descrição do homem que pegaria o dinheiro.

T: E quem estava me seguindo?

-Provavelmente alguém que trabalha pro adversário, e viu você andando com ele.

T3ddy jogou a cabeça para trás e fechou os olhos, cobriu o rosto com as mãos e abriu um sorriso triste e sarcástico.

Ri desapontado com a minha atitude.

L: Desculpa.

T: Olha, fala pro seu chefe que vamos devolver o dinheiro ok?

-Estão dispostos à negociar? Ele mataria vocês depois.

L: O que você sugere?

-Que se matem, porque ele não vai deixar vocês viverem em paz até trazerem o dinheiro.

Lambi os lábios para falar. T3ddy franziu a testa com ironia.

T: Quer assistir à dois suicídios? 

L: Nós vamos negociar.

O homem cuspiu mais sangue.

-Não vão pegar o dinheiro pra vocês?

L: Não!

T: Vamos, uma parte.

Falamos ao mesmo tempo.

O olhei indignado.

T: To brincando amor, chega de problemas.-Sorriu.




Eu tenho um plano - L3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora