capítulo único

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pov Hoseok

Apoio as minhas mãos nos joelhos assim que paro em frente a casa de Taehyung, meu melhor amigo. Assim que ele ligou, vim correndo.

O mesmo ligara pra mim com a voz chorosa me pedindo ajuda pela terceira vez na semana.
Ele está assim desde o término com a namorada - que fora há umas quatro semanas atrás, só para constar - . Ele quase não saia de casa, estava muito sensível e ainda mais fica se lamentando por não ter sido um "bom namorado"; Tae foi um ótimo namorado, para início de conversa. A garota com quem ele namorava também era legal, mas muito babaca e possessiva, tornando o relacionamento difícil.

Toquei a campainha e fui atendido quase que imediatamente, como se já estivessem me esperando há algum tempo. Quem me atendeu foi a mãe dele com uma expressão preocupada.

-Hobi! Ainda bem que você chegou. O Tae se trancou no quarto e não sai nem pelo amor de Deus. - falou exasperada.- Por favor, me ajude. - pediu curvando a coluna em um ângulo perfeito de 90 graus. Arregalei os olhos e a ajudei a ficar ereta novamente.

Eu estava envergonhado. A Sra. Kim nunca se curvara assim tão formalmente pra mim.

-Claro que irei, Sra. Kim! Não precisa se preocupar, afinal, eu sou o melhor amigo do Tae, certo? - falei com um sorriso calmo no rosto e ela balançou a cabeça freneticamente, concordando.

Ela abriu a boca pra falar algo, mas foi interrompida por seu celular que tocava escandalosamente, pediu com que eu esperasse e assim fiz. Passou-se algum tempo e ela voltou bufando e batendo o pé. A Sra. Kim era realmente fofa quando queria.

Soltei um risinho nasal por ela estar em "outro mundo" e só então ela lembrou da minha presença na sala. Às vezes ela era bem desligada também... IBGE já constatou oficialmente que o Taehyung puxou a mãe.

-Desculpe Hoseok, mas me ligaram da clínica e eu vou ter que trabalhar hoje. - ela falou juntando as coisas dela pela sala.

A Sra. Kim trabalhava como dentista em uma clínica duas a três vezes por semana. Ela era um mãe muito boa, apesar de ter que fazer tudo sozinha.

Minha mãe trabalhava consigo na clínica como ajudante e ambas se conheciam desde a alfabetização, eram melhor amigas desde novas. A amizade das duas é uma das coisas mais bonitas que já vi.

-Sinto muito mesmo por não poder ficar, mas o trabalho me chama. - ela falou terminando de juntar as coisas dela e eu assenti. - Ajude o meu filho,- falou e segurou minhas mãos.- estou contanto com você! - beijou minha bochecha e se afastou, indo até o hall e acenando para mim. - Fighting, Hobi! - fechou a mão em punho e depois sorriu, logo após saindo.

Subi as escadas que levavam ao porão, onde ficava o quarto do Tae. Sempre achei exagero o quarto ser lá, mas não pude fazer nada.

Afinal, estamos lidando com Kim "só faço o que quero" mas não pode ouvir a mãe gritando que já corre Taehyung.

Ri do meu pensamento idiota e fui chegando perto do quarto, notando o som que tocava alto Crying, das Sistar. Revirei os olhos com tamanho exagero e bati na porta, alto o suficiente pra que ele ouvisse. O volume do som foi baixado e ouvi um "Quem é, porra?" abafado por causa da porta fechada. Soltei uma risada percebendo o aparente estresse do Tae.

Falso hétero • TaeSeokOnde histórias criam vida. Descubra agora